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Pós Stricto Sensu

Acervo de Dissertações - 2022


Autor(a) Ana Carolina Tosetti Davanço
Orientador(a) Maria do Carmo Romeiro
Título FINTECHS: TIPIFICAÇÃO NO MERCADO BRASILEIRO
Resumo Diante dos desafios e nichos de mercado, as fintechs apresentam serviços financeiros inovadores, ágeis e, geralmente, mais baratos do que os ofertados pelos grandes bancos. Em sua maioria, as fintechs têm modelo de negócio em formato de startups, operando em segmentos como crédito, meios de pagamento, investimentos, cartões, câmbio, dívidas, seguros, entre outros. Esse contexto revelou a complexidade de conceituação desse organismo empresarial, o que motivou o desenvolvimento dessa pesquisa com o propósito de evidenciar dimensões, categorias e atributos que expressassem uma tipificação das fintechs brasileiras. Assim, esta pesquisa objetivou a) evidenciar dimensões, categorias e atributos que contribuíssem para estruturar uma tipificação das fintechs brasileiras; b) evidenciar facilitadores e/ou obstáculos presentes em seu ambiente de atuação; c) evidenciar elementos diferenciadores das fintechs em relação às grandes organizações bancárias; e d) apresentar uma estrutura descritiva das fintechs por meio de uma tipologia. A pesquisa, de natureza exploratória, utilizou abordagem qualitativa, por meio da aplicação de 15 (quinze) entrevistas semidiretivas com fundadores e gestores de fintechs, e também a avaliação de especialistas acerca dos elementos presentes na tipologia delineada neste estudo. As manifestações dos gestores acerca do ambiente de atuação e gestão das fintechs revelaram um forte alinhamento com a estrutura da tipologia delineada durante a construção do referencial teórico deste estudo, evidenciando, contudo, a oportunidade de um refinamento do resultado final da tipologia proposta nesta pesquisa. Assim, 11 (onze) dimensões compuseram a tipificação das fintechs no mercado financeiro, a saber, modelo de negócio; área de atuação ou produtos; configuração de tecnologias e ferramentas emergentes aplicadas; tipo de contribuição à sociedade; escalabilidade nas fintechs do tipo startups; público-alvo; regulação; inovação; relacionamento com os bancos; relacionamento com as bigtechs e as redes sociais; Interação com o ecossistema de inovação, detalhadas em categorias e atributos. Em paralelo, manifestações acerca de facilitadores e obstáculos postos às fintechs, trouxeram uma avaliação positiva dos gestores acerca da evolução das ações regulatórias necessárias para que a fintechs se estabeleçam no setor, evidenciando o aceno do Banco Central para abrigar as fintechs e tratar com flexibilidade a barreira regulatória, o que tende a ampliar a competitividade no setor e promover maior segurança ao mercado. Também, as oportunidades de incubação e mentorias proporcionados por espaços de inovação de empresas privadas e públicas (hub), contribuem efetivamente para o tratamento de dificuldades nas funções de gestão, como marketing, financeiras e outras enfrentadas pelas fintechs em seu percurso inicial.
Palavras-Chave Fintechs. Startups. Sistema financeiro. Gestão e Regionalidade. Inovação.
Ano 2022
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Autor(a) Edgard Ciasca
Orientador(a) João Batista Pamplona
Título ADOÇÃO DE ECOINOVAÇÕES NO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS PELOS CAMINHONEIROS AUTÔNOMOS NO BRASIL
Resumo Em meio a crescentes preocupações mundiais, relativamente às mudanças climáticas, as ecoinovações assumem um papel fundamental na compatibilização entre as necessidades econômicas e preservação do meio ambiente de forma sustentável. Neste cenário, embora fundamental, o transporte dos bens produzidos por um país é reconhecido como uma das principais fontes de emissões agressivas ao meio ambiente. A matriz do transporte de cargas brasileira baseia-se em rodovia, sendo responsável pelo transporte de 61,1% do total dos bens movimentados. Em 2019, o modal rodoviário emitiu mais de 78 milhões de toneladas de CO2, equivalente a 40% das emissões de gases de efeito estufa oriundos de todo o setor de transporte. A elevada idade média da frota nacional estimada em 14 anos é apontada como raiz do problema, sendo esta influenciada pela idade média da frota operada por caminhoneiros autônomos, a qual supera os 20 anos de uso, não obstante movimentar a metade do volume total transportado. Veículos fabricados há mais de dez anos não incorporam tecnologias limpas, apresentando consumo de combustível e emissões maiores em até 30%. Ecoinovações complementares técnicas e não técnicas, quando aplicadas em veículos antigos, reduzem os impactos negativos ao meio ambiente. Este trabalho, realizado de forma qualitativa, utilizando-se de pesquisa documental e entrevistas realizadas junto a líderes de categoria e caminhoneiros, identificou e avaliou a adoção de ecoinovações no transporte rodoviário de cargas efetuado por caminhoneiros autônomos no Brasil. Os resultados apontam para um baixo nível de adoção das referidas ecoinovações, devido à incapacidade de geração de excedentes de renda auferida pelo transportador, bem como a ineficácia ou inexistência de políticas públicas que direta ou indiretamente possibilitem o acesso de caminhoneiros às ecoinovações, cujos efeitos benéficos abrangem tanto o aspecto econômico quanto o ambiental.
Palavras-Chave Ecoinovações; Transporte Rodoviário de Cargas; Caminhoneiros autônomos; Redes Organizacionais e Inovação; Inovação
Ano 2022
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Autor(a) Felipe Venâncio Silva
Orientador(a) Celso Machado Júnior
Título INCUBADORAS DE EMPRESAS DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS: A RECENTE EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC.
Resumo Programas de incubação desempenham funções essenciais na preservação das empresas em seus estágios iniciais oferecendo assessoria, treinamentos, além de estrutura física para o início de suas operações. As empresas incubadas são geradoras de postos de trabalho capazes de contribuir com a economia regional. Parcela significativa das incubadoras de empresas existentes no Brasil são geridas por Núcleos de Inovação Tecnológica que, por vezes, são denominados de Agências de Inovação e instaladas em Universidades Públicas. Essas incubadoras são um exemplo do modelo da Hélice Tríplice em que a universidade, o governo e a empresa atuam em conjunto, visando a promoção da inovação tecnológica, baseada no conhecimento gerado pelas Universidades Públicas. O presente trabalho tem como objetivo geral analisar os elementos do processo de incubação promovido pela Universidade Federal do ABC. Os elementos a serem analisados são especificados através dos seguintes objetivos específicos: analisar o processo de seleção de empresas para incubação promovido pela Universidade Federal do ABC; analisar os serviços oferecidos pela Universidade Federal do ABC às empresas incubadas; e identificar as dificuldades encontradas pela Universidade Federal do ABC no processo de incubação de empresas. Para o atingimento do objetivo proposto, o trabalho realizou uma pesquisa descritiva e exploratória com uma abordagem qualitativa, tendo como lócus a Incubadora de Base Tecnológica da UFABC (ITUFABC), gerida pela agência de inovação InovaUFABC. As técnicas de coletas de dados empregadas foram a observação, análise documental e entrevistas semiestruturadas, realizadas com o diretor e a ex-diretora da InovaUFABC, com o servidor técnico administrativo responsável pela operacionalização da incubadora e com as empresas incubadas na modalidade residente. Para a análise documental e das entrevistas, foi empregada a técnica de análise de conteúdo. Como resultados, constatou-se que a seleção de empresas é realizada através da publicação de editais de fluxo contínuo em que se procura avaliar os projetos candidatos através de critérios como: grau de inovação; viabilidade e maturidade do projeto; capacidade mercadológica; e avaliação da equipe proponente. Sobre os serviços oferecidos, constatou-se que a modalidade de incubação não residente visa oferecer capacitações e mentorias para empreendedores com projetos ainda incipientes, enquanto a modalidade residente tem se limitado a oferecer apenas infraestrutura às empresas com projetos com um nível de maturidade mais adiantado. Já as principais dificuldades do programa de incubação constatados, foram os problemas relacionados à falta de servidores, morosidade e excesso de burocracia no processo de ingresso das empresas e a falta de acompanhamento em diversos aspectos da incubadora às empresas incubadas.
Palavras-Chave Inovação. Hélice Tríplice. Incubadora de Empresas. Núcleo de Inovação Tecnológica.
Ano 2022
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Autor(a) Mauricio Luiz Gonçalves Martiniano
Orientador(a) Celso Machado Junior
Título ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE SEMIJOIAS: DA COOPERAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO ATÉ A COMERCIALIZAÇÃO.
Resumo Apesar da existência de competitividade entre as empresas de um mesmo setor, é possível observar que em determinadas localidades, empresas que manufaturam produtos comuns se associam com a finalidade de estabelecer um polo de atividade econômica, formando, assim, os Arranjos Produtivos Locais (APL). Referidos Arranjos são caracterizados como aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais, os quais desenvolvem atividades econômicas específicas e que apresentam vínculos entre si. Essa atuação proporciona ganhos de eficiência coletivos, que individualmente tais agentes não teriam possibilidade de obter. Neste sentido, este estudo busca contribuir com essa área de pesquisa estudando o APL de Semijoias de Limeira/SP, objetivando compreender a interação do respectivo arranjo, analisando sua estrutura e como ocorre dependência entre os atores, bem como identificar como a governança instituída suporta a coordenação dos envolvidos. O presente estudo adquire maior importância em virtude de o segmento de semijoias estar ganhando espaço no cenário mundial. A cidade de Limeira/SP tem se destacado nesse segmento por abrigar todas as etapas da cadeia produtiva, sendo responsável por quase 70% da produção nacional de joias folheadas. Em relação aos aspectos metodológicos, o estudo é caracterizado como qualitativo e quantitativo. Os resultados da pesquisa indicaram que o APL estudado não abarca uma articulação conjunta de interação e cooperação entre seus atores, fato que o descaracteriza como um arranjo de sucesso. Paralelamente, os resultados possibilitam deduzir que a interação e cooperação ente empresas, com objetivos comuns, proporciona ganhos competitivos para os atores, ratificando a premissa que as empresas quando unidas em arranjos produtivos possuem largas fontes de vantagens competitivas, as quais dificilmente conseguem alcançar se atuarem individualmente.
Palavras-Chave Arranjo Produtivo Local. Governança. Vantagem Competitiva. Redes Organizacionais. Inovação.
Ano 2022
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