Momento COP30. Episódio 04 – Como as mudanças climáticas afetam o nosso dia a dia?

Está no ar, em todas as redes sociais da USCS (InstagramFacebookLinkedinTikTok e Youtube) o quarto episódio do projeto “Momento COP30”, com o objetivo de detalhar como as mudanças climáticas já interferem no nosso cotidiano, desde a saúde e a economia doméstica até o bem-estar mental, provando que a crise climática é um problema urgente e presente.

A crise climática deixou de ser uma ameaça futura e distante para se tornar uma realidade palpável que interfere diretamente no cotidiano de cada cidadão. As consequências do aquecimento global não se limitam a fenômenos isolados; elas remodelam a saúde pública, a economia doméstica e até o nosso bem-estar mental.

A seguir, detalhamos como as mudanças climáticas já afetam o nosso dia a dia, mesmo que não as percebamos conscientemente:

Saúde, Conforto e Produtividade

O aumento da frequência e intensidade de ondas de calor e dias de calor extremo tem um efeito cascata em nossa rotina:

  • Impacto na Saúde e Produtividade: O estresse térmico compromete a saúde, especialmente de idosos e crianças, agravando condições respiratórias e cardiovasculares. Além disso, a dificuldade em ter um sono reparador e o desconforto físico reduzem a produtividade no trabalho e o desempenho cognitivo em ambientes acadêmicos, como as salas de aula.
  • Aumento do Consumo de Energia: A necessidade de resfriamento constante eleva o uso de ventiladores e ar-condicionado, resultando em um aumento expressivo no consumo de energia e, consequentemente, nas contas domésticas.

Insegurança Hídrica e Energética

O clima mais instável afeta diretamente os recursos essenciais para a vida:

  • Risco de Racionamento e Apagões: A má distribuição das chuvas — secas prolongadas em algumas regiões e temporais em outras — leva ao esvaziamento de reservatórios hídricos. No Brasil, onde a matriz energética ainda depende significativamente das hidrelétricas, isso pode causar apagões, racionamento de água e uma elevação no custo da energia.
  • Tempestades e Colapso de Serviços: O clima mais instável se manifesta em chuvas intensas e tempestades mais frequentes, resultando em alagamentos, deslizamentos e tragédias urbanas. O colapso de infraestrutura paralisa o transporte, destrói moradias e interrompe serviços básicos como o acesso à saúde e à educação.

Economia Doméstica e Saúde Pública

Os efeitos climáticos têm um impacto direto no custo de vida e na propagação de doenças:

  • Alimentos Mais Caros e Escassos: A agricultura é extremamente vulnerável. Secas severas ou chuvas em excesso destroem plantações e prejudicam a criação de animais, levando à escassez e ao encarecimento de alimentos essenciais, como arroz, feijão, leite e verduras. Esse aumento da insegurança alimentar atinge de forma desproporcional as famílias de baixa renda.
  • Expansão de Doenças Infecciosas: As temperaturas mais altas e as mudanças nos padrões de chuva favorecem a proliferação de vetores. Mosquitos como o Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya) se espalham mais rapidamente, transformando a crise climática em uma grave crise de saúde pública.

Bem-Estar Mental: A Ecoansiedade

As consequências das mudanças climáticas extrapolam o físico e o econômico, atingindo a saúde mental. Muitas pessoas, especialmente os jovens, vivenciam sentimentos de ansiedade, insegurança e medo em relação ao futuro do planeta. Esse sofrimento emocional tem um nome: ecoansiedade. Trata-se de uma resposta psicológica real e crescente à percepção das ameaças ambientais.

O Clima Está em Tudo

As mudanças climáticas não são uma abstração confinada a relatórios científicos. Elas se manifestam de forma concreta no preço do tomate, no congestionamento causado por uma enchente, no calor insuportável de um dia de trabalho e na saúde mental da população. Entender essa conexão é o primeiro passo para a conscientização e o engajamento na busca por soluções.

Os vídeos são produzidos por estudantes dos cursos de comunicação da universidade, por meio da UNBOX (Agência Experimental de Comunicação da USCS), com publicações quinzenais até dezembro, em todas as redes sociais da USCS. A universidade busca a contribuição de toda a comunidade acadêmica interessada, incluindo outras instituições e projetos.

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Para mais informações e/ou contribuições: samuel.carvalho@online.uscs.edu.br