Está no ar, em todas as redes sociais da USCS (Instagram, Facebook, Linkedin, TikTok e Youtube) o sexto episódio do projeto “Momento COP30”, com o objetivo de refletir sobre o papel do Brasil na liderança climática global, analisando como o país pode transformar seu potencial e histórico de protagonismo em ações concretas de sustentabilidade e transição ecológica.
O Brasil sempre esteve em uma posição de destaque nas discussões climáticas globais. Com uma biodiversidade sem igual e um território imenso, o país tem o potencial para ser um líder na transição ecológica. No entanto, sua trajetória é marcada por promessas de liderança e por desafios internos complexos que, muitas vezes, dificultam a ação concreta.
O Papel Histórico e o Desafio da Liderança
O Brasil foi um protagonista na história da agenda climática global, sediando a Rio 92, que deu origem à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). Essa história nos confere uma responsabilidade e um capital diplomático únicos.
A expectativa de que o Brasil assuma um papel de liderança é ainda maior para a COP30, em 2025, que acontecerá em Belém, no coração da Amazônia. Sediando o evento em um bioma tão crucial, o Brasil precisa demonstrar ao mundo que pode conciliar o desenvolvimento econômico com a sustentabilidade. A COP30 é uma chance de ouro para o país traduzir seu potencial em ação, mas também é uma prova de fogo para superar os obstáculos que o impedem de avançar mais rápido.
Nossas Soluções e os Desafios Internos
Apesar de ter soluções inovadoras, o Brasil enfrenta dificuldades significativas para escalá-las e garantir que a transição ecológica seja justa e eficaz.
- Agricultura Regenerativa e Sustentável: O agronegócio brasileiro tem avançado com técnicas de baixo carbono, como a agricultura regenerativa e a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). O desafio, no entanto, é fazer com que essas práticas sejam adotadas em larga escala. A pressão por mais áreas de plantio, a falta de incentivos financeiros para pequenos e médios produtores e o uso de agrotóxicos ainda representam barreiras para uma agricultura de fato sustentável.
- Energia Limpa: O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com grande parte vinda de hidrelétricas. O crescimento da energia eólica e solar é promissor, mas a infraestrutura para armazenar e distribuir essa energia ainda é deficiente. A burocracia, a falta de investimentos em redes de transmissão e a dependência de subsídios dificultam a expansão acelerada dessas fontes, que são essenciais para uma completa descarbonização.
- Mobilidade Urbana e Inovação: Nas cidades, a mobilidade sustentável avança com ciclovias e transportes elétricos. No entanto, o principal desafio é a dependência de automóveis particulares, a falta de transporte público de qualidade e a infraestrutura urbana inadequada para pedestres e ciclistas. Mudar a cultura de mobilidade e investir em soluções de longo prazo exigem um esforço contínuo e coordenação entre os governos.
O Potencial de Liderança em Meio aos Desafios
Essas soluções e desafios mostram que a jornada do Brasil na agenda climática é complexa. Para assumir uma liderança global real, o país precisa superar o desmatamento ilegal, que ainda representa uma grande ameaça, e criar políticas públicas que incentivem a transição para uma economia de baixo carbono. A COP30 em Belém é a oportunidade para o Brasil não apenas sediar um evento, mas também para mostrar ao mundo que está disposto a enfrentar seus próprios problemas, transformando as dificuldades em ações concretas.
Os vídeos são produzidos por estudantes dos cursos de comunicação da universidade, por meio da UNBOX (Agência Experimental de Comunicação da USCS), com publicações quinzenais até dezembro, em todas as redes sociais da USCS. A universidade busca a contribuição de toda a comunidade acadêmica interessada, incluindo outras instituições e projetos.
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