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Pós Stricto Sensu

Acervo de Teses - 2014


Autor(a) Ademir Lamenza
Orientador(a) Profª. Drª. Raquel da Silva Pereira
Título O PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO DE CRÉDITOS DE CARBONO EM EMPRESAS INSTALADAS NO BRASIL
Resumo O Protocolo de Quioto (1997) é um tratado internacional com compromissos severos para a redução de emissões dos gases que afetam o Efeito Estufa (GEE) ao redor da Terra, objetivando a minimização dos problemas climáticos, de modo especial os advindos das ações antrópicas, aceleradas desde a Revolução Industrial, até os dias atuais. Com essa convenção, os países desenvolvidos constantes do Anexo A do Protocolo concordaram em reduzir seus níveis de emissões de GEE, em média 5,2% em relação aos níveis de 1990. Entretanto, em caso da impossibilidade de efetuar tais reduções em seus próprios países, podem investir em projetos de países em desenvolvimento, carentes em relação ao desenvolvimento social, os quais não dispõem de condição econômica para viabilizar tais projetos. Essa forma de comercialização prevista no Protocolo envolve Créditos de Carbono, considerados "moeda de troca" utilizada nas negociações de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), possibilidade de negociação entre empresas de países desenvolvidos signatários e empresas de países em desenvolvimento, que não possuem metas, mas podem comercializar projetos que visem contribuir com a redução das emissões dos GEE, fortalecendo simultaneamente as três dimensões básicas da sustentabilidade: econômica, social e ambiental. O objetivo da pesquisa é a verificação das dificuldades e oportunidades encontradas por empresas instaladas no Brasil, que fizeram a comercialização de Créditos de Carbono na gestão de seus projetos. Busca-se também a verificação do desenvolvimento dos projetos por meio de análises, evidências e compreensão, podendo ser visto como um elo de cooperação e inovação. A presente pesquisa apresenta características qualitativa e quantitativa e é classificada como exploratória e descritiva. Foi utilizado o método survey e as respostas foram analisadas com o auxílio do software SPSS. Para o embasamento do estudo teórico, partiu-se de registros disponíveis em artigos científicos nacionais e internacionais, dissertações, teses, livros, entre outros documentos. Na pesquisa documental, trabalhou-se com fontes diversificadas e dispersas, em arquivos de instituições públicas e privadas. O questionário foi aplicado para projetos disponíveis no MCTI - Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação - com universo inicial de 397 projetos, já depurados alguns inexistentes, responderam os responsáveis por 30 projetos de todo o Brasil. Foram entrevistados os representantes do Banco Mundial, da UNFCCC - United Nations Framework Convention on Climate Change -, além de consultores e representantes das empresas em questão, envolvendo todos os players dos projetos. A análise ocorreu de forma a promover a investigação de fatores determinantes para a tese, validando este estudo, que investigou projetos de Créditos de Carbono entre os anos de 2004 e 2012. A análise de conteúdo foi apoiada na verificação das informações investigadas nos documentos disponibilizados pelas empresas e por órgãos públicos. Os resultados indicam a viabilidade desses projetos e a oportunidade de negócios criada a partir do Protocolo de Quioto, beneficiando empresas instaladas no Brasil que, percebendo a possibilidade, tiveram projetos de MDL aprovados, sobretudo nos escopos de "indústria de energia", "tratamento e disposição de resíduos" e "agricultura". Pretende-se, a partir deste estudo, contribuir para que as empresas instaladas no Brasil possam desenvolver outros projetos, com viabilidade econômica, desenvolvimento social e redução de impactos ambientais.
Palavras-Chave Créditos de Carbono. Desenvolvimento Sustentável. Gases de Efeito Estufa. Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Protocolo de Quioto.
Ano 2014
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Autor(a) Alessandro Gustavo Santos Arruda
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Cristina de Faria
Título ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA EM REDES DE COOPERATIVAS DE CRÉDTIO SOB A ÓTICA DA TEORIA DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE COOPERATIVAS BRASILEIRAS E CANADENSES
Resumo Existem poucas fronteiras para o capital. Na esteira de globalização dos mercados financeiros, a homogeneização das instituições financeiras parece um processo inevitável. Será que todas as instituições financeiras são iguais? O presente trabalho objetiva comparar as estruturas de governança e os aparatos de regulação dentro do Movimento Desjardins canadense e da Rede Sidecri brasileira, identificando sua similitudes e diferenças. Utilizou-se, para tanto, a Teoria dos Custos de Transação e sua metodologia semi-formalizada que implica na análise discreta das estruturas de governança. A análise dos dois estudos de casos comprova que a evolução destas estruturas de governança ocorreu, simultaneamente à evolução do ambiente jurídico-institucional, em um processo dialético. Contudo, na mesma análise pode-se perceber que, embora evoluindo a partir de ambientes institucionais distintos, há uma tendência a homogenia destes redes, ao menos na criação de instituições ad hoc para lidar com os processos de governança e de intermediação financeira, extremamente arriscado, caso haja uma má-coordenação ou oportunismo de seus agentes centrais. Assim, ambas as redes possuem instituições específicas para lidar com estas funções, a diferença principal reside no tipo societário utilizado e na governança decorrente deste. Conclui-se que, para uma rede estratégica de Cooperativas de Crédito competir, eficientemente no mercado, gerando valor às suas cooperativas - e, consequentemente, aos seus cooperados - o Custo de Transação dos processos de intermediação financeira, somados aos custos oriundos de sua natureza política e social, devem ser iguais ou menores que os Custos de Transação das instituições financeiras enxutas, de governança hierárquica.
Palavras-Chave Circuito das Águas Paulista. Clusters Turísticos. Identidade Regional. Regiões.
Ano 2014
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Autor(a) Antonio Nunes Pereira
Orientador(a) Profª. Drª. Ana Cristina de Faria
Título O CONTROLE GERENCIAL EM REDES DE NEGÓCIOS: UM ESTUDO DE CASO NO SEGMENTO DE LIVRARIAS
Resumo A presente investigação objetiva propor uma síntese empírico-teórica de como o Controle Gerencial, sob a ótica do Modelo de Alavancas de Simons (1995), pode ser institucionalizado em uma Rede de Negócio. A tese investiga o Controle Gerencial, tradicionalmente dedicado à análise de uma empresa isoladamente, em uma rede brasileira no contexto real de seus negócios. A rede de franquias de livrarias selecionada é considerada uma das cinco maiores brasileiras, com operações no Brasil e na América do Sul. A pesquisa explanatória investiga como é realizado o Controle Gerencial em uma Rede de Negócios caracterizada por uma estrutura de franquia com franqueados independentes e híbridos (ex-empregados). A Análise de Discurso Crítica (ADC) de Fairclough (2008) foi aplicada a um conjunto de fontes obtidos por meio de transcrições de entrevistas. Por meio da ADC, é possível realizar a análise tridimensional: texto, prática discursiva e a prática social. Foram, nesse aspecto, realizadas triangulações entre falas dos entrevistados, documentos e observações no estudo de caso que propicia a investigação interdisciplinar. Por meio da pesquisa, foi possível esboçar uma proposta, transformada nesta tese, baseada na análise de práticas de gestão e controle denominados de facilitadores (forças) e dificultadores (fraquezas) para a institucionalização de Controles Gerenciais em Rede de Negócios. Ao fazer procedimentos similares ao Modelo de Dekker (2004), houve mecanismos de controles informais que não foram analisados, no caso, possivelmente relacionados à natureza formal da franquia. Assim, os resultados do presente estudo contemplam a identificação de elementos caracterizadores, facilitadores e dificultadores de institucionalização dos Controles Gerenciais em Rede de Negócios. Adicionalmente, há implicações sociais e acadêmicas - na medida em que são analisadas boas práticas e fragilidades que influenciam o alcance desejado dos Sistemas de Alavancas de Controle de Simons na Rede RAR em uma estrutura híbrida.
Palavras-Chave Análise de Discurso Crítica. Controle Gerencial. Redes de Negócios.
Ano 2014
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Autor(a) Dércia Antunes de Souza
Orientador(a) Prof. Dr. Antonio Carlos Gil
Título IDENTIDADE REGIONAL NA CONFIGURAÇÃO DO CLUSTER TERÍSTICO DO CIRCUITO DAS ÁGUAS PAULISTA
Resumo Contextualização: clusters turísticos diferenciam-se significativamente de outros clusters de negócios, pois seus produtos só podem ser consumidos na região que abriga seus estabelecimentos. A identidade regional tende, pois, a assumir notável importância na configuração desses clusters. Objetivo: construir uma teoria substantiva sobre identidade regional do cluster constituído pelos municípios que integram o Circuito das Águas Paulista. Método: a pesquisa foi delineada como um estudo de caso único, holístico e intrínseco. Para a coleta de dados, foram utilizados procedimentos de observação, entrevistas e análise de documentos. Para a análise e interpretação dos dados, foi adotado o modelo temático indutivo. Resultados: o Circuito das Águas é constituído por um núcleo básico de municípios com características de estâncias hidrominerais e os municípios periféricos a ele se integram funcionalmente. Embora a qualidade das águas constitua sua principal marca, o Circuito vem diversificando seus produtos e atraindo novos segmentos turísticos. Evidencia-se a existência de identidade regional dos atores, tanto em relação à percepção da existência do Circuito quanto à sua identificação com ele e à disposição para atuar em prol de seu desenvolvimento. Os atores demonstram forte enraizamento no Circuito, embora o desempenho de ações em prol de seu desenvolvimento não se mostrem muito presentes nas falas daqueles que não estão vinculados a entidades coletivas. A representação de um cluster não se mostra muito clara para os atores, embora não apresentem dificuldade para identificar o Circuito como uma unidade e para reconhecer a importância de ações conjuntas para sua consolidação. Uma das maiores dificuldades para a consolidação do cluster estaria, principalmente, na atuação de proprietários de grandes hotéis, que, por virem ampliando a oferta de serviços, desestimulam os turistas a buscar atrativos fora dos hotéis, comprometendo o desempenho de outros empreendimentos. A criação do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento do Polo Turístico do Circuito das Águas Paulista foi significativa para o desenvolvimento de ações em prol do seu fortalecimento e, consequentemente, para a constituição do cluster turístico. A atuação do SEBRAE e dos Conselhos Municipais de Turismo também é reconhecida como importante para o aprimoramento das ações do Circuito. O baixo nível de qualificação da mão de obra empregada no setor turístico e o baixo nível de informação dos moradores acerca dos atrativos turísticos da região são considerados fatores que dificultam o desenvolvimento do cluster. Conclusão: embora os atores regionais ainda não consigam identificar claramente a existência de um cluster, o reconhecimento da unidade do Circuito, o forte sentimento de pertença à região e a disposição para atuar em prol de seu desenvolvimento indicam a existência de uma identidade regional capaz de promover a consolidação desse cluster.
Palavras-Chave Circuito das Águas Paulista. Clusters Turísticos. Identidade Regional. Regiões.
Ano 2014
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Autor(a) José Turíbio de Oliveira
Orientador(a) Prof. Dr. Sergio Feliciano Crispim
Título MUDANÇA NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DE EMPRESAS QUE ALTERARAM SIGNIFICATIVAMENTE SEUS MODELOS DE NEGÓCIOS
Resumo O atual ambiente de negócios caracteriza-se por rápidas e profundas mudanças e amplifica a importância da estratégia como fator indutor da maior competitividade. Nesse contexto, e dentro da temática sobre gestão estratégica, o conceito de Modelo de Negócio vem ganhando crescente relevância nos estudos acadêmicos e aplicabilidade no ambiente empresarial nas duas últimas décadas, guardando forte correlação com o surgimento e desenvolvimentro da Internet. Criar e modificar os modelos de negócios por meio de intervenções em seus blocos constitutivos ganha relevância como fator de competitividade, e dentre esses blocos destaca-se a estrutura organizacional das empresas. Nesse sentido a presente tese teve como objetivo a identificação, descrição e análise das mudanças na estrutura organizacional de empresas que alteraram significativamente seus modelos de negócios. Foi realizada uma pesquisa do tipo exploratória, por meio do estudo de casos múltiplos em três empresas intencionalmente escolhidas, visando a compreensão do fenômeno com base na combinação de um conjunto de blocos componentes do modelo de negócio com uma tipologia de estrutura organizacional. Foram considerados os parâmetros de design e os fatores situacionais ou contingenciais propostos por Mintzberg, a saber: especialização da tarefa, formalização do comportamento, treinamento e doutrinação, agrupamento em unidades, tamanho da unidade, sistemas de planejamento e controle, instrumentos de vínculos, descentralização vertical, descentralização horizontal, idade e tamanho, sistema técnico, ambiente e poder. Os principais resultados extraídos dos três casos estudados foram: a) a estrutura organizacional é componente de elevada importância para alterações significativas em modelos de negócios; b) para se efetivar alteração significativa no modelo de negócio, as empresas promoveram modificações em todos os seus blocos constitutivos; c) todos os denominados parâmetros de design e fatores situacionais ou contingenciais propostos por Mintzberg para as estruturas organizacionais foram considerados quando foram promovidas mudanças significativas nos modelos de negócios; d) a não alteração nos parâmetros de design e nos fatores situacionais ou contingenciais em sua totalidade poderia comprometer os resultados esperados dos modelos de negócios; e) o tipo de estrutura denominado de Divisional apresentou-se como o mais adequado para as empresas pesquisadas que alteraram significativamente seus modelos de negócios. A pesquisa evidenciou que a utilização conjunta dos frameworks de modelo de negócio e de parâmetros de design e fatores situacionais da estrutura organizacional adotados, mostraram-se bastante funcionais para o diagnóstico de mudanças estruturais em um contexto estratégico, e pode ser replicada em outras pesquisas. A conclusão para os três casos estudados é que a estrutura organizacional é um componente fundamental e precisa ser continuamente alinhada aos modelos de negócios.
Palavras-Chave Estratégia. Estrutura Organizacional. Modelos de Negócios.
Ano 2014
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Autor(a) Magali Colconi Carrijo
Orientador(a) Prof. Dr. Silvio Augusto Minciotti
Título AROMATIZAÇÃO DE LOJAS: INFLUÊNCIAS SOBRE O COMPORTAMENTO DE COMPRADORES
Resumo Os varejistas buscam diferenciação em um cenário competitivo, chamando a atenção dos consumidores para o espaço físico onde as compras se efetivam: o ponto de venda. Incrementar a quantidade de visitantes é essencial à sobrevivência deles, justificando essa busca por distinção. Dispensar aroma no ambiente da loja está entre essas ações, procurando melhorar a atmosfera para os visitantes. Estudos sobre a eficácia dessa ação ainda apresentam lacunas, sugerindo maior investigação sobre o tema. Esta tese objetiva identificar e analisar as influências sobre o comportamento dos compradores, promovidas por meio da aromatização do ambiente interno das lojas. Primeiramente, pesquisou-se em publicações acadêmicas. Na sequência, selecionou-se uma fornecedora de sistema de aromatização e uma franquia, que concordaram em participar da pesquisa. Efetuou-se um censo nas lojas dos Shopping Centers escolhidos, para conhecimento da quantidade de estabelecimentos que aromatizam seus ambientes. Por meio de um quase-experimento, iniciou-se a pesquisa de campo, nas instalações de duas lojas similares de vestuário, de uma mesma franquia, em Shopping Centers diferentes. Na primeira semana, registrou-se o total de visitantes, sem qualquer aromatização dos ambientes. Na seguinte, uma das lojas foi aromatizada e outra não, efetuando-se entrevistas, além do registro dos visitantes. Essas informações permitem a comparação das quatro situações distintas. Entre os resultados obtidos, destaca-se que a loja aromatizada influenciou o comportamento dos indivíduos, uma vez que houve aumento de visitantes no local, além de entrevistados registrarem sensações positivas, como prazer, memórias, lembranças. Todavia, outras variáveis (atendimento, qualidade, prazo, promoções etc.) interferiram no faturamento das lojas, influenciando o comportamento dos visitantes, quando se compararam as diferentes avaliações desses indivíduos. As considerações acadêmicas e gerenciais deste estudo permitiram apontar a oportunidade para novos estudos.
Palavras-Chave Aromatização de Lojas. Comportamento do Consumidor. Shopping Center. Varejo.
Ano 2014
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Autor(a) Marcos Eduardo Zambanini
Orientador(a) Prof. Dr. Luis Paulo Bresciani
Título INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL: UMA ANÁLISE SOBRE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Resumo O presente estudo buscou identificar e analisar o processo de articulação entre empresas, centros de pesquisa, universidades, poder público e outros atores relevantes de São José dos Campos, tendo como objeto de investigação a geração e difusão de inovações como estratégia para o desenvolvimento local. Nesse sentido, a tese se configura como uma análise sobre as estratégias para ampliar o grau de competitividade de regiões, por meio de incentivos à transferência de tecnologia e à inovação, sendo justificado pela relevância do município para a região, o estado e o país, comprovada pelos indicadores de inovação apresentados neste trabalho. O estudo partiu da suposição de que o município de São José dos Campos é fortemente caracterizado pela presença da inovação como elemento central da estratégia e dinâmica de desenvolvimento local, afirmando-se como um polo de inovação configurado. O estudo dos conceitos centrais para o estudo levou à proposição teórica de um modelo de categorias de influência para um sistema produtivo local com estratégia de desenvolvimento baseada na inovação. Este modelo é apresentado como contribuição teórico-metodológica do presente trabalho, orientando o levantamento, a organização e a análise dos dados. Para o referido levantamento foram, inicialmente, utilizadas fontes secundárias, com base em dados oficiais, pesquisas anteriores e outros documentos disponíveis. Posteriormente, foi realizada uma pesquisa empírica, por meio de entrevista qualitativa semi-estruturada com treze importantes atores envolvidos neste processo. O grupo foi composto por centros de pesquisa, universidades, empresas, órgãos públicos e entidades articuladoras do processo de transferência de conhecimento e inovação no território de São José dos Campos. Os resultados obtidos confirmaram a suposição apresentada e mostram que o município possui a inovação como elemento central de sua estratégia de desenvolvimento local. O processo foi iniciado historicamente com a implantação do CTA, do ITA e da EMBRAER pelo governo federal, e posteriormente, num período recente a, pelo poder público local que assumiu a governança deste processo. Este estudo possibilita concluir também que a relação entre os atores envolvidos no processo ocorre de maneira sistêmica e articulada, sendo também influenciada pelos contatos interpessoais entre os seus gestores e quadros técnicos. Porém, verifica-se a necessidade de que os mecanismos de articulação territorial envolvam as cadeias de suprimento e de produção de modo mais abrangente, pois atualmente incluem basicamente as grandes instituições do sistema local de inovação e as grandes empresas presentes no topo destas cadeias de produção.
Palavras-Chave Desenvolvimento Local. São José dos Campos. Sistemas de Inovação. Território.
Ano 2014
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Autor(a) Marcos Takao Ozaki
Orientador(a) Profª. Drª. Maria do Carmo Romeiro
Título ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL: UM ESTUDO DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO
Resumo Este estudo teve como proposta mensurar o grau de incorporação do Planejamento Estratégico pelas administrações publicas municipais. Para tanto, foram consideradas as dimensões e variáveis definidas pelos autores que compuseram o referencial teórico da presente pesquisa. As dimensões abordadas foram, entre outras: dificuldades no processo de planejamento; aumento da capacidade gerencial e estratégica; percepção do plano; extensão do monitoramento dos objetivos e das operações; amplitude de participação dos stakeholders; centralização interna do planejamento; alocação de recursos; avaliação do nível de satisfação do plano; fatores e variáveis ambientais internas e externas relativos ao plano; participação interna versus a externa, no contexto do planejamento. O estudo teve por objetivos específicos, primeiro, descrever o processo do planejamento estratégico nas administrações publicas municipais da RMSP por meio da identificação da presença das variáveis que compõem suas diferentes etapas, incluindo seu planejamento, implementação e controle; segundo, medir o grau de incorporação do Planejamento Estratégico pelas Prefeituras a partir do somatório de pontos das dimensões integrantes das etapas da atividade de planejamento estratégico; terceiro, medir e caracterizar os conflitos no ambiente do Planejamento Estratégico; quarto, identificar possíveis fatores exógenos ao conceito de Planejamento Estratégico, determinantes do grau de sua incorporação pelas prefeituras. Em termos de metodologia de pesquisa, tratou-se de uma pesquisa descritivo-quantitativa, com caráter transversal quanto a analise de dados, coletados por entrevista pessoal junto aos gestores da atividade de Planejamento Estratégico, nas prefeituras dos municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), no período de novembro de 2012 a abril de 2013. Os resultados obtidos indicaram que 47,4% dos municípios integrantes do estudo praticam formalmente o Planejamento Estratégico, em um grau considerado relativamente elevado, em termos de pratica das atividades integrantes de seus elementos. Nesse contexto, a presença de conflitos, considerados negativos, foi menor nos municípios com a prática de Planejamento Estratégico, comparativamente aos municípios sem esse instrumental. Por fim, registre-se que a liderança do gestor mostrou-se estatisticamente significante como fator explicativo do grau de implementação desse instrumento de gestão.
Palavras-Chave Administração Pública. Planejamento Estratégico. Região Metropolitana de São Paulo.
Ano 2014
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Autor(a) Maria Helena Scalabrin Cardoso Gomes
Orientador(a) Prof. Dr. Luis Paulo Bresciani
Título A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO: GESTÃO, DIREITOS E EFETIVIDADE
Resumo Cidadania, igualdade e dignidade são valores humanos, direitos, expressos nas Constituições da maioria dos países, dentre os quais o Brasil. Entretanto, esses direitos muitas vezes são meras declarações de princípios, ou letras da Lei, distantes do que pode ser definido como Estado Social de Direitos. O presente estudo objetivou analisar a efetividade de um desses direitos: o direito ao trabalho da Pessoa com Deficiência nas organizações públicas e privadas. Mesmo tendo um caráter impositivo para as organizações privadas, e como simples reserva de vagas nos concursos públicos, não deixa de ser uma tentativa de corrigir séculos de exclusões e alijamento dos direitos das Pessoas com Deficiência. É um problema que se desvela em diferentes dimensões, uma vez que a forma com que uma determinada sociedade interage com seus membros mais fragilizados evidencia sua identidade cultural, ética, política, social e mesmo econômica. Para atingir os objetivos propostos, este estudo partiu da trajetória histórica e social das Pessoas com Deficiência, do direito ao ingresso no mercado do trabalho, e dos mecanismos de representação e fiscalização garantidores desse direito. O polo empírico buscou o desvelamento das dimensões do fato analisado, por meio de levantamento de dados de cunho exploratório, abrangendo as esferas nacional, regional e local. As pesquisas de campo, trazidas para este estudo, foram regionais e locais, analisando se o processo de adesão à Lei de Cotas foi assegurado por ações afirmativas e se resultaram em prática sistemática de contratações. Partiu-se dos estudos das ações inclusivas nos municípios brasileiros, censos nacionais e regionais IBGE/MUNIC, seguindo de pesquisas de emprego divulgadas pelo Ministério do Trabalho, RAIS/CAGED; SEADE; FIPE/MODEN, no período de 2008 a 2012. Nesses anos evidenciou-se uma retração no estoque de empregos de Pessoas com Deficiência, distantes das potencialidades de contrações das municipalidades pesquisadas. As pesquisas de campo, qualitativas, objetivaram, sobretudo, dar vozes aos sujeitos sociais diretamente afetados pelas políticas de inclusão profissional. Essas pesquisas foram direcionadas para regiões de alto desenvolvimento econômico e social, com mercados de trabalho estruturados e demandantes: a Região do Grande ABC, e a Região Metropolitana de Campinas. Como contraponto, duas regiões de baixo desenvolvimento econômico e baixa oferta de trabalho: Alta Paulista e Registro. Um recorte de estudo foi feito no município de Americana, na Região Metropolitana de Campinas, por ser uma das cidades mais inclusivas do Estado de São Paulo, quando comparado seu PIB per capita, empregos formais e o número de Pessoas com Deficiência inseridas na economia do trabalho. Os resultados encontrados apontam que a inclusão profissional caminha mais lentamente do que o esperado, por força de uma cultura não inclusiva, que alega baixa escolaridade daqueles que hoje estão no mercado de trabalho, muito embora os números de Pessoas com Deficiência que possuem educação superior são maiores do que o estoque de empregos do ano 2013 (PcDs). Os mecanismos de representação e defesa social, nas grandes localidades têm resultados inconclusos. Nas pequenas cidades eles são facilmente observados e seus resultados e mais efetivos. Nos estudos evidenciaram-se a importância e a centralidade do trabalho na vida das Pessoas com Deficiência, muito embora ainda distante do que se pode qualificar como trabalho decente e de oportunidades iguais. Como contribuição, este estudo trouxe para o debate o desvelamento de fatos econômicos, políticos, sociais e da administração do trabalho e conclui com a necessidade de reformulação das políticas ativas, para tornar a inclusão mais efetiva, eliminando as fricções nos processos de ajustes, com soluções locais, individualizadas e particularizadas.
Palavras-Chave Ações Afirmativas. Inclusão. Mercado de Trabalho. Pessoas com Deficiência. Políticas Públicas.
Ano 2014
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Autor(a) Thais Ettinger Oliveira Salgado
Orientador(a) Prof. Dr. Eduardo de Camargo Oliva
Título PROGRAMAS DE EXPATRIAÇÃO E REPATRIAÇÃO: POLÍTICAS E PRÁTICAS DE RECURSOS HUMANOS NAS TRANSNACIONAIS BRASILEIRAS
Resumo As políticas e práticas internacionais de recursos humanos são a base para os processos de uma designação internacional. No entanto, não existe um modelo específico para aplicação dessas políticas, e estudos anteriormente aplicados tiveram como foco empresas de nacionalidades estrangeiras. Portanto, esta tese de doutorado se propôs a analisar as políticas e práticas de recursos humanos utilizadas nos programas de expatriação e repatriação das transnacionais brasileiras. Contudo, a partir de uma análise qualitativa e considerando a população dessa pesquisa, que foi limitada ao Ranking das Transnacionais Brasileiras - 2011 / 2012 - levantado pela Fundação Dom Cabral - FDC - foram realizadas entrevistas in loco com 25 transnacionais brasileiras. Com as entrevistas finalizadas, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo para análise dos resultados e posteriormente, com auxílio do Software Atlas TI, foi possível analisar o objetivo desta tese. Identificou-se que a amostra pesquisada possui políticas e práticas bem estruturadas, pois nas cinco políticas pesquisadas as empresas apresentaram informações consistentes sobre as mesmas. Sendo assim, as políticas e práticas sobre Recrutamento e Seleção apresentaram como principal necessidade de expatriação, a falta de mão de obra especializada e a característica mais marcante para a seleção do profissional é a competência técnica. Em relação ao Treinamento e Desenvolvimento, o ponto mais trabalhado pelas empresas é o aperfeiçoamento do idioma. Nas políticas e práticas de Remuneração e Benefícios foi identificado que a maioria das empresas trabalha conforme as práticas da empresa sede. Nas Relações de Trabalho, apresentaram preocupação em relação aos aspectos de documentação e transferência do profissional, e também pouco cuidada em relação à comunicação com o expatriado. E em relação às Mudanças nas Funções e Plano de Carreira do Repatriado foi identificado que as empresas pesquisadas carecem de práticas de repatriação. Outro ponto interessante é que praticamente não há diferenças nas políticas em relação ao país de designação internacional, representando pouca flexibilidade na Gestão Internacional de Recursos Humanos. E finalmente, as comparações feitas entre as empresas do mesmo setor mostram que alguns setores parecem ter mais similaridades em relação ao que é praticado em sua GIRH, mas nada que fosse significativo o suficiente para dizer que há um padrão de políticas e práticas entre os setores estudados.
Palavras-Chave Expatriação. Gestão Internacional de Recursos Humanos. Repatriação. Transnacionais Brasileiras.
Ano 2014
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