USCS participa do evento “Global Youth Climate Summit 2025”

Por Samuel Carvalho

A professora e pesquisadora Silbeth Arenas Cantillo, de 23 anos, faz parte do projeto de intercâmbio “Fortalecimento das capacidades de resiliência local”, iniciativa promovida através de uma parceria entre a USCS e a Universidade Metropolitana da Colômbia, que é financiada pela Agência Norueguesa para a Cooperação e Intercâmbio (NOREC)

De origem colombiana, ela está no Brasil desde agosto de 2024 e se destaca por seu protagonismo com enfoque de gênero e seu compromisso com temas de sustentabilidade e justiça climática.

Psicóloga, docente e pesquisadora do curso de Psicologia da Universidad Metropolitana de Barranquilla, foi uma das 500 jovens selecionadas — entre mais de 4.000 candidaturas — para participar presencialmente da Global Youth Climate Summit 2025, realizada de 2 a 5 de abril na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, Brasil. O evento reuniu 200 jovens presencialmente e outros 300 de forma virtual, de 37 nações, com o objetivo de fortalecer o protagonismo juvenil diante da crise climática no caminho rumo à COP30, que acontecerá em Belém do Pará, Brasil, em novembro de 2025.

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Durante a cúpula, os participantes elaboraram a “Declaração da Juventude de Belo Horizonte“, um documento coletivo que resume os principais compromissos e reivindicações da juventude diante das mudanças climáticas. Essa declaração foi estruturada em cinco eixos temáticos:

  • Finanças climáticas e prestação de contas.
  • Liderança e participação juvenil significativa.
  • Justiça climática e equidade.
  • Saberes tradicionais e soluções baseadas na natureza.
  • Cidades sustentáveis e transição justa.

“Trabalhei ativamente neste último eixo (Cidades Sustentáveis e Transição Justa), contribuindo com propostas focadas na necessidade de que todos os países implementem uma política nacional de prevenção das mudanças climáticas, com ênfase clara em garantir a participação cidadã em todos os níveis”, explica Silbeth.

A pesquisadora também fez um apelo para que os governos não apenas promovam, mas também monitorem se os municípios estão realmente fomentando essa participação ativa e representativa: “É urgente apoiar a descentralização do planejamento urbano, incorporando uma perspectiva interseccional que leve em conta as diversas realidades das nossas comunidades”.

A participação de Silbeth nesse importante espaço internacional reafirma o papel fundamental da juventude na construção de políticas públicas sustentáveis, inclusivas e com justiça climática.

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