Affaires Internationales Relaciones Internacionales International Affairs Affari Internazionali международные отношения
Pós Stricto Sensu

Acervo de Teses - 2016


Autor(a) Adriana Domingues Marques de Castro
Orientador(a) Prof. Dr. Silvio Augusto Minciotti
Título RELAÇÃO ENTRE PERSONALIDADE E ESTILO DE DECISÃO EM PROCESSO DE COMPRA DE ALTO ENVOLVIMENTO
Resumo O estudo da personalidade atrelada ao Marketing é de suma importância para melhor compreensão e possível previsão do comportamento do consumidor, o qual continua sendo o grande desafio do Marketing na atualidade. Apesar de se saber que a personalidade é um dos tantos fatores que influenciam os consumidores em processos de compra, não há estudo científico que avalie com profundidade a influência desta variável sobre o comportamento dos consumidores. Deste modo, o presente estudo tem por finalidade conhecer a relação entre personalidade e estilo de decisão em processos de compra de alto envolvimento. Visa, portanto, preencher parte da lacuna existente na literatura acadêmica, contribuindo para o melhor entendimento do comportamento do consumidor em processo de compra dessa natureza. Trata-se de um estudo inédito, baseado em pesquisa quantitativa exploratório-descritiva, realizada com consumidores da Região do Grande ABC de São Paulo. A tipificação da personalidade dos consumidores foi determinada com base no Eneagrama, um instrumento quem tem sido utilizado na prática por grandes organizações e que tem sido alvo de estudos científicos internacionais. Já os estilos de decisão de compra foram determinados com base na metodologia Consumers Styles Inventory (CSI), que também tem sido alvo de diversos estudos científicos internacionais. Por meio da análise de correspondência realizada, verificou-se que existe uma relação entre a personalidade dos consumidores considerados na amostra selecionada e o estilo de decisão por eles adotados no processo de compra estudado. Deste modo, geraram-se as seguintes hipóteses para processos de compra de alto envolvimento: (a) consumidores do tipo de personalidade perfeccionista tendem a adotar o estilo de decisão de confusão por múltiplas opções ou consciência de compra pelo preço; (b) os prestativos tendem a adotar o estilo impulsividade; (c) os desempenhadores tendem a adotar o estilo consciência novidade-moda; (d) os românticos tendem a adotar o estilo de decisão consciência de marca ou consciência de alta qualidade; (e) consumidores observadores tendem a adotar o estilo consciência novidade-moda; (f) consumidores legalistas tendem a adotar o estilo consumo habitual;(g) consumidores chefes tendem a adotar o estilo de decisão de compra consciência de marca ou consciência de alta qualidade; (h) consumidores mediadores tendem a adotar o estilo consciência de marca. Sugere-se a realização de estudos adicionais abordando a personalidade do consumidor em processos de compra diversos, com amostras mais abrangentes e preferencialmente representativas. Deste modo, será possível ratificarem-se as hipóteses aqui geradas, bem como investigarem-se outras possíveis relações, que evidenciem melhor o efeito da personalidade dos consumidores sobre seu comportamento de compra.
Palavras-Chave Comportamento do Consumidor. Eneagrama. Estilos de Decisão de Compra. Marketing. Personalidade.
Ano 2016
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Autor(a) Alessandra Preto Bitante
Orientador(a) Prof. Dr. Denis Donaire
Título GOVERNANÇA E SATISFAÇÃO: UM ESTUDO NOS APLS TÊXTIL E DE CONFECÇÕES E MOVELEIRO DO GRANDE ABC
Resumo O objetivo principal foi verificar se a Governança exercida nos APLs, por meio dos fatores - Estrutura, Objetivos, Funções, Mecanismos, Agentes e Requisitos - influencia a Satisfação com a Governança e como esta última influencia na indicação de Filiação para participar do arranjo. Para tanto, realizou-se como metodologia de pesquisa, um estudo descritivo de natureza quantitativa junto aos APLs Têxtil e de Confecções e Moveleiro situados no Grande ABC, tendo sido pesquisadas as empresas ativas desses APLs, num total de 86 entrevistas, 40 das quais no APL Têxtil e de Confecções e 46 no APL Moveleiro. De início, o modelo teórico proposto recorreu à Análise Fatorial Exploratória - AFE, a que se seguiu a Modelagem de Equações Estruturais, baseada nos mínimos quadrados parciais - PLS. Resultou dessas operações que os fatores propostos são componentes essenciais da Governança, que a Governança exercida afeta a Satisfação e que a Satisfação com a Governança influencia a Indicação de Filiação ao arranjo. O Net Promoter Score - NPS revelou que as empresas participantes dos APLs pesquisados não estão satisfeitas com a Governança exercida, o que levou os participantes a posicionarem-se muito mais como detratores do que como promotores, apontarem os principais problemas que enfrentam e sugerirem melhorias para que a Governança se desenvolva de forma satisfatória na condução dos objetivos coletivos desses APLs.
Palavras-Chave APLs. Fatores da Governança. Governança. Indicação de Filiação. Satisfação.
Ano 2016
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Autor(a) Darticléia Almeida Sampaio da Rocha Soares
Orientador(a) Prof. Dr. Eduardo de Camargo Oliva
Título RELAÇÃO ENTRE A CULTURA ORGANIZACIONAL E OS INDICADORES DE DESEMPENHO ECONÔMICO, AMBIENTAL E SOCIAL DE SUSTENTABILIDADE DO TRIPLE BOTTOM LINE (3BL): UM ESTUDO NAS COMPANHIAS DE ENERGIA ELÉTRICA
Resumo Esta tese é uma inserção de questões fundamentais atinentes à Cultura Organizacional e à Sustentabilidade. Diante da crescente demanda de formular novos modelos de gestão, mensurar dados confiáveis à sociedade e disponibilizar resultados com o propósito de dar continuidade sustentável aos negócios, as ferramentas de gestão Cultura Organizacional e Sustentabilidade tornam-se cada vez mais imbricadas. Não se podem dissociar essas ferramentas do seu contexto, pois, estando alinhadas, disponibiliza informações para as chamadas "partes interessadas" (ou stakeholders), isto é, os diversos públicos que exercem algum tipo de influência na companhia ou que são influenciados por ela, além de novas frentes de atuação na gestão empresarial na perspectiva da Cultura Organizacional e da Sustentabilidade. Este é, portanto, um dos expressivos desafios para as companhias e seus gestores: buscar relações balanceadas entre a Cultura Organizacional e a Sustentabilidade nas dimensões (i) econômica, (ii) ambiental e (iii) social. Esta pesquisa insere neste cenário as companhias hidrelétricas brasileiras que constituem um segmento desafiador de gestão em, pelo menos, duas vertentes: escassez de recursos renováveis e ação estratégica para o país, com abrangência de 65% da matriz energética brasileira. Esta pesquisa tem por objetivo identificar as relações entre os perfis culturais e as dimensões econômica, ambiental e social com foco na abordagem Triple Bottom Line (3BL) das companhias brasileiras do setor de energia elétrica. Este estudo tem natureza quantitativa com caráter descritivo e correlacional, considerando-se o ranking (38) das Companhias Brasileiras de Energia Elétrica - 2014 - publicado pela Global Reporting Initiative - GRI. Foram visitadas 18 companhias que estavam aptas ao escopo da amostra, com vistas ao levantamento das informações. Destas, oito estão sediadas na região Sudeste, cinco, na região sul, e cinco, na região Nordeste. Dessa forma, a pesquisa foi efetiva em três regiões brasileiras, chegando-se a um total de 741 questionários válidos, dos quais participaram sete companhias. A coleta de dados foi efetivada por uma pesquisa quantitativa do tipo survey, com a finalidade de coletar os dados primários. Como critério de seleção do modelo que melhor representa o processo da relação entre a Cultura Organizacional e Sustentabilidade, utilizou-se a estatística Desvio Quadrático Médio - DQM. Os resultados encontrados confirmam três relações relevantes: R1: Há uma relação positiva entre a Cultura forte (equilibrada) e o total de índices reportados (93,2%), ou seja, em todas as seis dimensões, quer nos Adicionais ou nos Essenciais, as médias de reporte foram maiores que as da Cultura não equilibradas, que totalizaram (73,4%). R2: A dimensão dominante da análise para a Cultura forte (equilibrada) foi a Dimensão Econômico-Essencial com (95,7) de índices reportados, e para a Cultura não equilibrada foi a Dimensão Econômico-Adicional com (80,0%) de reporte. R3: A dimensão Desempenho Social-Adicional tem o score de menor percentual reportado (66,7), no que se refere às médias entre a Cultura forte equilibrada e a não equilibrada.
Palavras-Chave Cultura Organizacional. Global Reporting Initiative - GRI. Sustentabilidade. Triple Bottom Line (3BL).
Ano 2016
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Autor(a) Diogo Martins Gonçalves de Morais
Orientador(a) Profª. Drª. Maria do Carmo Romeiro
Título MODELAGEM DO DESEMPENHO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PRIVADAS: UM ESTUDO PARA O SEGMENTO DE PEQUENO E MÉDIO PORTE
Resumo Nos últimos vinte anos, houve um crescimento significativo de instituições de ensino superior privadas no Brasil, promovendo maiores desafios aos mantenedores e gestores dessas instituições para a manutenção e desenvolvimento de seus negócios. Por outro lado, os estudos sobre gestão organizacional têm constatado a contribuição de alguns componentes desse processo para a construção dos resultados da organização, tais como orientação para o mercado, orientação para a aprendizagem, orientação empreendedora, liderança empreendedora, capital social e capital humano. Diante disso, o presente estudo se propôs a investigar o desempenho das Instituições de Ensino Superior privadas de pequeno e médio porte, sob a ótica da discussão de modelos organizacionais, por meio da construção e teste de um modelo robusto, com múltiplos fatores de influência sobre o desempenho organizacional. O estudo em nível exploratório contou com revisão bibliográfica para a identificação dos fatores de influência sobre o desempenho, assim como a identificação dos construtos, dimensões e indicadores que operacionalizam tais fatores, tradução e retradução de escalas, análise de conteúdo por meio de avaliação de especialistas e pré-teste com amostra piloto. O estudo, em nível descritivo, contou com pesquisa quantitativa, utilizando uma amostra de 161 diretores e coordenadores de instituições de ensino superior privadas de pequeno e médio porte do Estado de São Paulo, cujos dados foram tratados e analisados por meio de técnicas de análise multivariada, como Análise Fatorial Exploratória e Modelagem de Equações Estruturais. Além da validação das escalas de mensuração dos fatores de influência propostos, o presente estudo concluiu que o desempenho das instituições de ensino superior privadas pode ser influenciado diretamente pela orientação empreendedora da instituição e indiretamente pela liderança empreendedora dos dirigentes. Neste mesmo ambiente, constatou-se também a influência positiva e significante do capital humano sobre o capital social, da orientação empreendedora sobre a orientação para a aprendizagem, e da orientação para a aprendizagem sobre a orientação para o mercado. Como contribuição teórica, essa Tese expandiu a discussão sobre a os fatores de influência sobre o desempenho das Instituições de Ensino Superior privadas de pequeno e médio porte, sob uma ótica de sua modelagem, o que implicou o delineamento de um modelo mais robusto, com múltiplos fatores. Além disso, aprofundou-se na conceituação e caracterização do desempenho das Instituições de Ensino Superior privadas sob a ótica da discussão de modelos organizacionais. Como contribuição social, essa Tese evidenciou como os gestores das Instituições de Ensino Superior podem promover influenciar na melhoria da formação técnica e científica dos estudantes, nos resultados administrativos da organização e, assim, obter melhor desempenho.
Palavras-Chave Avaliação das Instituições de Ensino Superior. Desempenho Organizacional. Empreendedorismo no Ensino Superior. Gestão de Instituições de Ensino Superior. Instituições de Ensino Superior de Pequeno e Médio Porte. Modelagem de Equações Estruturais.
Ano 2016
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Autor(a) Elisandra Marisa Zambra
Orientador(a) Profª. Drª. Raquel da Silva Pereira
Título GESTÃO DE PEQUENOS EMPREENDIMENTOS RURAIS E POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AGRICULTURA FAMILIAR NO TERRITÓRIO BAIXADA CUIABANA
Resumo Este estudo teve como objetivo principal, analisar os fatores críticos de interferência na gestão de empreendimentos rurais de Agricultura Familiar (AF) no território rural "Baixada Cuiabana" (MT), sob a perspectiva das dimensões do Desenvolvimento Regional Sustentável. Para alcançar este objetivo, elaborou-se o Referencial Conceitual a partir de uma vasta investigação bibliográfica e documental acerca do Desenvolvimento Regional, Territorial e Sustentável; Políticas para o setor de AF, Gestão de pequenos empreendimentos rurais e Teoria Sistêmica. Quanto aos procedimentos metodológicos, optou-se pela a abordagem de métodos mistos, com estratégia de projeto convergente paralelo, conforme sugerido em Creswell (2013), a fim de se coletar concomitantemente dados qualitativos e quantitativos, visando à obtenção de dados triangulados sobre um mesmo objeto de investigação. Os conceitos e discussões desenvolvidos no referencial serviram de suporte na fase de identificação dos constructos, que por sua vez, permitiram o desenvolvimento de dois instrumentos de coleta de dados primários (em campo): um roteiro com questões norteadoras para ser utilizado na fase qualitativa da pesquisa e um questionário estruturado, para a fase quantitativa. Neste estudo, o território rural investigado foi a Baixada Cuiabana, localizado no Estado de Mato Grosso, Brasil. Durante a coleta de dados em campo, foram realizadas 10 (dez) entrevistas com Agentes Governamentais dos municípios pertencentes a este território e mais 04 (quatro) entrevistas com Representantes de Instituições Apoiadoras do setor de Agricultura Familiar. Os questionários foram aplicados a 134 agricultores (as) familiares que possuíam empreendimentos de AF nos municípios do território. Além dos dados primários, foram utilizados dados Secundários, extraídos de pesquisas anteriores como Censos e Bases de Dados de Ministérios do Governo Federal. A pesquisa documental em dados secundários foi desenvolvida com o intuito de complementar as informações sobre o objeto investigado. Os resultados provenientes da coleta de dados primários, em sua etapa qualitativa, foram transcritos, organizados e categorizados com o apoio do software NVivo 10 for Windows, tendo sido utilizada a técnica de análise de conteúdo. Os dados coletados na etapa quantitativa, foram tabulados com apoio do Software IBM SPSS Statistics versão 21 for Windows, a partir da técnica estatística exploratória de dados, conforme sugerido em Collis e Russey (2005), o que permitiu associações e cruzamentos de dados. Ressalta-se ainda que, os resultados provenientes de dados secundários, contemplaram a visão geral sobre as características socioeconômicas e demográficas do território investigado, bem como serviram na elaboração do panorama de programas e políticas governamentais direcionadas à Agricultura Familiar e Territórios Rurais brasileiros. Quanto aos resultados da pesquisa de campo, foram identificados os fatores de maior criticidade na AF do território Baixada Cuiabana, os quais estão relacionados à: necessidades de alternativas para geração de renda; dificuldades no acesso ao crédito; entraves no processo de comercialização da produção rural; baixa efetividade em Políticas de Assistência Técnica e Extensão Rural; baixo nível de capacitação e conhecimento em Gestão por parte dos agricultores (as) familiares e a reduzida permanência do jovem no meio rural.
Palavras-Chave Agricultura Familiar. Desenvolvimento Regional Sustentável. Gestão. Território.
Ano 2016
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Autor(a) Ivan Maia Tomé
Orientador(a) Prof. Dr. Luis Paulo Bresciani
Título ARTICULAÇÃO TERRITORIAL E SUSTENTABILIDADE: ESTUDO SOBRE O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO ABC PAULISTA
Resumo O objetivo do presente estudo foi identificar e analisar os processos de articulação territorial para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (GRSS) no ABC Paulista, visando também à construção de recomendações sobre o modelo de gestão vigente. A hipótese de que haveria expressiva articulação regional, em função dos avanços institucionais existentes na região, não foi confirmada. Durante 2004, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tornou obrigatório o Plano de GRSS (PGRSS) para todos os estabelecimentos de saúde humana e animal. A metodologia considerou a utilização de entrevistas, pesquisa documental e formulários. Primeiramente, foi aplicada uma entrevista piloto com uma especialista do setor público, posteriormente, entrevistas com representantes de órgãos públicos ligados ao GRSS no ABC Paulista. Entrevistas e formulários foram aplicados aos funcionários ligados ao GRSS de hospitais gerais públicos, de modo a mapear a implantação. O estudo buscou identificar e analisar os avanços, dificuldades e barreiras de implantação, assim como formular proposições para o funcionamento dos PGRSS, considerando as competências das instituições municipais e as estruturas de governança regional. Pelo campo teórico/metodológico foi apresentada a articulação territorial sobre a sustentabilidade focando o GRSS. Verificou-se que não há ações de apoio para o GRSS por parte do Departamento de Apoio à Gestão de Saúde (DAGS) na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC, porém há contribuições do tema a partir do Grupo de Vigilância Sanitária (GVS), da Fundação do ABC (FuABC), das secretarias municipais de saúde e dos departamentos de vigilância. O estudo de campo apontou no diagnóstico da implementação dos PGRSS, a ausência de tópicos recomendados pelo Manual da ANVISA (BRASIL, 2006a). Pelos PGRSS dos hospitais encontram-se, principalmente, dados ligados à Resolução da Diretoria Colegiada 306 (BRASIL, 2004), descartando temas do GRSS como treinamento, mensuração, despesa e indicadores, exceto o levantamento dos RSS gerados por grupo.
Palavras-Chave Articulação Territorial. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Sustentabilidade.
Ano 2016
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Autor(a) Marcilene Feitosa Araujo
Orientador(a) Prof. Dr. Denis Donaire
Título VALOR EM RELACIONAMENTOS: SUA INFLUÊNCIA NA COMPETITIVIDADE E DESENVOLVIMENTO DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE FRUTICULTURA EM ITACOATIARA/AMAZONAS
Resumo O presente estudo teve como objetivo identificar como os valores provenientes de relacionamentos entre parceiros de negócios: confiança, cooperação, comportamento, comunicação, comprometimento e compensação (6Cs) influenciam, na opinião dos fruticultores, os ganhos de competitividade e o desenvolvimento do APL (Arranjo Produtivo Local) de frutas no município de Itacoatiara no estado do Amazonas. Na visão de Cassiolato e Lastres (2003, p.27), os APLs são "aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais que apresentam foco num conjunto específico de atividades econômicas" que, no caso do presente estudo, é a produção de frutas. O estado do Amazonas conta hoje, conforme dados da SEPLAN/AM (2015), com dez Arranjos Produtivos Locais (APLs) formalizados e em funcionamento, dos quais foi escolhido como foco da pesquisa o APL de frutas, no município de Itacoatiara. As estruturas em arranjos de organizações evidenciam que nenhum negócio é totalmente independente ou autossuficiente, seja pequeno, seja grande (WITTMANN, NEGRINI e VENTUTINI, 2003; BORGES et al., 2010). Observa-se a necessidade de melhor compreender o valor decorrente das interconexões presentes nos relacionamentos entre os fruticultores. Segundo dados do IBGE (2010), o estado do Amazonas ocupa a oitava posição no ranking nacional da produção de abacaxi. O município de Itacoatiara e, mais especificamente, as vilas de Engenho e Novo Remanso (objeto do estudo), são os maiores produtores da fruta no município e também no estado. Para o alcance do objetivo proposto, utilizou-se uma pesquisa de abordagem mista (quantitativa e qualitativa) do tipo explanatório sequencial em que se busca expandir os achados de um método com os de outro método sequencialmente (CRESWELL, 2010). Os métodos de coleta de dados foram uma survey e uma pesquisa qualitativa por meio questões norteadora. No caso da survey, o instrumento de coleta de dados, composto por 54 questões, foi aplicado a 182 fruticultores do APL, cujos dados coletados foram tratados por Análise de Estatística Descritiva, Análise Fatorial Exploratória-AFE e Modelagem de Equações Estruturais baseada em mínimos quadrados parciais-PLS. O instrumento qualitativo (entrevista) foi composto por um roteiro com 8 questões norteadoras aplicadas a 8 fruticultores do APL. A etapa qualitativa teve por objetivo complementar os achados quantitativos. Os resultados permitiram confirmar as hipóteses ao concluir que os 6Cs, que formam o valor relacional entre parceiros de negócio, influenciam positivamente a competitividade e o desenvolvimento do APL de frutas do município estudado. Ainda nesse sentido, observou-se que os relacionamentos entre parceiros de negócios, considerando-se seus elementos promotores influenciam tanto os ganhos de competitividade quanto o desenvolvimento do APL, porque não apenas a etapa quantitativa como também a qualitativa evidenciaram, segundo a opinião dos fruticultores, a importância dos relacionamentos para o bom desempenho do negócio (capital social). Os ganhos de competitividade foram identificados, principalmente por meio da redução de custos e riscos com a promoção de atividades conjuntas e a existência de processos inovativos com a introdução de novos produtos, novos métodos de produção, novas fontes de financiamento e novas formas de organização. O resultado indica que, apesar de ser um APL de pequeno porte, existe desenvolvimento local, pela estrutura das casas, móveis, presença de eletrodomésticos de última geração, carros, motos de alto valor, maquinários e caminhões.
Palavras-Chave Arranjos Produtivos Locais. Competitividade. Desenvolvimento. Parcerias. Relacionamentos. Valor.
Ano 2016
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Autor(a) Marco Aurélio Sanches Fittipaldi
Orientador(a) Prof. Dr. Denis Donaire
Título A ATRATIVIDADE NO VAREJO EM CLUSTERS COMERCIAIS, ESPONTÂNEOS E PLANEJADOS, SOB O PONTO DE VISTA DO CONSUMIDOR E DO VAREJISTA
Resumo O agrupamento de lojas, planejado ou espontâneo, também conhecido como cluster comercial, tem se apresentado como uma tendência em grandes centros comerciais ou em ruas de grande movimento, por trazer vantagens, tanto para os consumidores, que dispõem da maior oferta de produtos, preços e opções de pagamento, como para os varejistas, que passam a dispor de uma maior quantidade de clientes. Entender como ocorre a atratividade que leva os consumidores a buscarem clusters comerciais planejados ou espontâneos na aquisição de um mesmo produto, na visão de consumidores e varejistas, é fundamental para a sobrevivência dos negócios. Nesse sentido, o presente estudo buscou analisar a atratividade dos clusters comerciais de automóveis da cidade de São Paulo, sendo pesquisados três espontâneos e sete planejados, por meio de uma pesquisa quantitativa descritiva junto a duzentos e quatro consumidores, e duzentos e dois varejistas, por meio de uma amostra não probabilística. Considerou-se a atratividade como a convergência da intenção de compra por parte do consumidor e a intenção de venda por parte do varejista, sendo que a operacionalização destes construtos foi realizada por meio dos 6P’s (mix de produtos, preço, pessoal e serviços, ponto e localização, promoção e apresentação), propostos por Parente. Os resultados demonstraram que há convergência, na visão de consumidores e varejistas, dos fatores apresentação, pessoal e serviços, mix de produtos e promoção em clusters comerciais espontâneos e dos fatores apresentação, pessoal e serviços e ponto e localização em clusters comerciais planejados. Com relação à atratividade foi constatado que, nos clusters comerciais espontâneos, a correlação entre a intenção de compra e a intenção de venda, que formam a atratividade, se apresentou como muito forte, diferentemente do encontrado nos clusters comerciais planejados em que a correlação se apresentou de forma moderada, segundo a opinião de consumidores e varejistas, A observância desses resultados pode trazer importantes contribuições para a competição entre clusters comerciais planejados e espontâneos, que se apresentam como formas de organização cada vez mais comuns no dia-a-dia dos negócios.
Palavras-Chave Atratividade. Cluster Comercial. Intenção de Compra. Intenção de Venda. Mix de Marketing e Modelagem de Equação Estrutural. Varejo.
Ano 2016
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Autor(a) Paulo Augusto Ramalho de Souza
Orientador(a) Profª. Drª. Maria do Carmo Romeiro
Título O DESEMPENHO DAS INSTITUIÇÕES DE MICROFINANÇAS NO BRASIL: IDENTIFICANDO FATORES DE INFLUÊNCIA JUNTO AOS GESTORES DE IMFS
Resumo As pesquisas que buscam discutir a multidimensionalidade da pobreza despertam interesse de estudos em diferentes setores acadêmicos e mercadológicos. Nesta linha, a oferta de microcrédito é apontada como uma política pública capaz de empoderar populações de suas necessidades econômicas e sociais. Assim, as instituições de microfinanças necessitam atender a critérios financeiros e sociais no ambiente de gestão ao qual estão inseridas. Para tal, essa tese possui como objetivos evidenciar componentes tangíveis e componentes intangíveis do ambiente de operação das IMFs, integrantes da ABCRED, característicos de fatores de influência e operacionalizadores sobre o desempenho dessas organizações e delinear um modelo de relações estruturais, que expresse quais os fatores de influência, sobre o desempenho das IMFs, a partir da modelagem do ambiente de oferta do microcrédito encontrado nas instituições brasileiras associadas à ABCRED. Para tal, foi realizada uma pesquisa segmentada em duas etapas a primeira qualitativa exploratória com a aplicação de entrevistas e utilização do software Nvivo 9.0 para suporte a análise dos resultados e a segunda quantitativa com o emprego da técnica de Análise Fatorial e a técnica de mínimos quadrados parciais por meio da utilização do software SmartPLS. Dentre os resultados, pode-se evidenciar à construção de indicadores em formato de assertivas, ilustrativas da dinâmica dos resultados nas IMFs e, a partir da modelagem do ambiente de gestão da instituição, a relação direta do fator orientação empreendedora com o desempenho no modelo estrutural foi confirmada, mediante um coeficiente de explicação de 33%. Por fim, é importante destacar a possibilidade de formatação de modelos estruturais do desempenho intermediados por elementos, não considerados neste trabalho.
Palavras-Chave Desempenho. Microcrédito. Modelagem. Modelos de Desempenho. Orientação Empreendedora.
Ano 2016
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Autor(a) Raul Gomes Pinheiro
Orientador(a) Profª. Drª. Maria do Carmo Romeiro
Título EMPRESAS DE SERVIÇOS CONTÁBEIS NO ESTADO DE SÃO PAULO: CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS E FATORES DETERMINANTES PARA O SUCESSO DOS NEGÓCIOS
Resumo O objetivo desta tese é identificar quais as características empreendedoras existentes nas Empresas de Serviços Contábeis (ESCs) no Estado de São Paulo podem influenciar os fatores de sucesso dessas organizações na opinião de seus gestores. A revisão da literatura identificou quatro constructos sobre Características Empreendedoras: Indivíduo, Organização, Ambiente e Processo e cinco constructos sobres Fatores de Sucesso: Estrutura do Negócio, Estratégia Competitiva, Fatores Ambientais, Fatores Temporais e Estrutura Gerencial das ESCs no Estado de São Paulo, no qual desenvolveu-se um modelo de interações dessas variáveis, submetendo a uma pesquisa empírica. Desenvolveu-se uma survey por meio da aplicação de um instrumento de coleta de dados em uma amostra não probabilística com 116 empresas respondentes, vinculadas ao Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo. Após a coleta e tabulação das respostas, foi feito tratamento estatístico com Modelagem de Equações Estruturais por meio do software PLS-PM (Partial Least Square). Obtiveram-se os seguintes resultados, contendo os indicadores relativos às características empreendedoras: Indivíduo: liderança, Administrar com eficiência os recursos (88,8%), Possuir uma rede de negócios (91,4%), Ética Profissional (90,5%) e Motivação e Eficiência (94,0%);Ambiente: Ambiente de criação, inovação e reconhecimento (90,5%), Infraestrutura interna e externa de recursos humanos, materiais e financeiros (86,2%), Liberdade de comunicação (85,3%) e Contato com órgãos representativos e respeito às políticas públicas (70,7%); Organização: Incentivos às inovações (72,4%), Planejamento e controles definidos (92,2%), Controle de recursos materiais, humanos e financeiros (91,4%), Programa que promove idéias criativas (67,2%), Desenvolvimento de estratégias competitivas (84,5%), Diversificação de produtos e serviços (85,3%) e Criação de oportunidades e reconhecimento (95,7%); eProcesso: Modelo de Negócio e Estratégia claramente definidos (90,5%), Identificação de oportunidades (92,2%), Desenvolvimento e execução de idéias (83,6%), Antecipação de estratégias dos concorrentes (65,5%), Divulgação de indicadores, mestas e resultados (75,9%), Levantamento de pontos fortes e fracos da empresa (69,8%) e Planejamento e controles definidos (79,3%). Os indicadores relativos aos Fatores Determinantes do Sucesso, foram: Estrutura Particular do Negócio: Tecnologia atualizada (96,6%), Conhecimento prévio sobre o produto e o mercado (94,8%), Conhecimento sobre o produto e o serviço ( 96,6%), Adequação dos produtos/serviços ao mercado e ao cliente (94,8%); Estratégia Competitiva e Posicionamento do Negócio: Possuir um Modelo de Negócio diferenciado do concorrente (86,2%), Possuir uma Estratégia Competitiva e um Planejamento (90,5%), Possuir uma Rede de Parcerias ( 88,8%); Fatores Ambientais: Ter uma boa localização (78,4%), Ter concorrentes no mercado (59,5%), Uma legislação adequada e políticas públicas voltadas para o setor da empresa (81,9%), Ter uma posição competitiva frente à concorrência (83,6%);Fatores Temporais: Um ambiente interno integrado e motivado (97,4%), Uso eficiente dos recursos humanos, financeiros e materiais (96,6%), Fidelidade dos clientes (94,0%), Habilidade e rapidez em adaptar-se às mudanças do ambiente (97,4%); Posição Gerencial: Administração participativa junto aos colaboradores (93,1%), Sócios e Colaboradores buscando soluções (93,1%) e Estrutura interna adaptada às mudanças do ambiente (92,2%). As hipóteses testadas foram aceitas e demonstraram que algumas características empreendedoras do indivíduo, ambiente, organização e processo influenciam o sucesso das ESCs. Os resultados obtidos contribuem para o processo de ampliação do conhecimento, a respeito do perfil empreendedor de atuação dos proprietários e gestores das ESCs junto aos órgãos de classe, acadêmicos e ao Governo; principalmente no tocante à falta de pesquisas sobre Empreendedorismo no setor de serviços contábeis e, também dos fatores determinantes do sucesso desse segmento. É importante salientar que tais características analisadas nessa pesquisa podem ser aplicadas em qualquer ramo de atividade e em diferentes tipos de empresa.
Palavras-Chave Características Empreendedoras. Empreendedorismo. Empresas de Serviços Contábeis. Fatores Determinantes de Sucesso.
Ano 2016
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Autor(a) Renildes Oliveira Luciardo
Orientador(a) Prof. Dr. Laércio Baptista da Silva
Título SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL PARA A GESTÃO PÚBLICA EM CONFORMIDADE COM AS NORMAS INTERNACIONAIS: UM ESTUDO DO MODELO VIGENTE
Resumo Este estudo, que questiona como ocorre a adequação do sistema contábil brasileiro aos padrões internacionais de contabilidade aplicados ao setor público, tem como objetivo principal compreender o modelo de sistema contábil vigente, à luz das normas internacionais de contabilidade aplicadas ao setor público. Para responder tal indagação e cumprir seus objetivos secundários, este estudo, primeiramente, levantou dados mediante a realização de entrevistas com os contadores e as pessoas envolvidas com a contabilidade e o sistema contábil em cinco Secretarias de Fazenda de Estados da Federação, selecionadas por região, sendo: na Região Norte, Pará, na Região Sul, Santa Catarina, na Região Centro-Oeste, Mato Grosso, na Região Nordeste, Pernambuco, e na Região Sudeste, São Paulo. Para a avaliação dos dados coletados, usou-se a Análise de Conteúdo, com o auxílio de software QSR NVivo10. Entre o vasto material reunido, foram identificadas questões relevantes sobre o entendimento das práticas realizadas com normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público. Em seguida, por meio de levantamento de dados nos Relatórios Contábeis dos 27 Estados brasileiros e das 16 Comunidades Autônomas da Espanha, utilizando a Análise de Cluster, combinada com o Escalonamento Multidimensional (MDS) e a Análise Categórica dos Componentes Principais (CPTCA), foi possível efetuar uma comparação entre o sistema contábil brasileiro e o sistema espanhol, com base nas IPSAS do IFAC. Houve também a aplicação de um checklist, cujo objetivo era verificar a adequação do sistema às normas de contabilidade. Os resultados, além de possibilitarem uma reflexão sobre o ambiente institucional no qual acontecem mudanças e sobre a forma como os elementos normativos ocorrem, comprovam a importância do profissional de contabilidade na convergência, identificam itens facilitadores e dificultadores para a introdução das Normas Internacionais de Contabilidade no Setor Público em âmbito nacional e apresentam contribuições para um processo de melhoria e continuidade no Brasil do modelo de sistema contábil em conformidade com as normas internacionais. Com a convergência, os Entes Federativos passarão à incorporação de procedimentos patrimoniais, alterando consideravelmente o enfoque contábil no setor público, melhorando a qualidade da informação transmitida aos seus usuários. Pode-se concluir que em alguns Estados pesquisados o sistema contábil para a administração pública brasileira apresentou vulnerabilidades de integração, falta de investimentos e inexistência de planos de melhoria contínua para a área de TI, comprometendo a conversão aos padrões internacionais. Apesar de os Entes Federativos, na sua maioria, conseguirem cumprir a primeira meta proposta pela STN, em relação à implantação do novo Plano de Contas, o Sistema Contábil Público Brasileiro ainda tem um longo caminho a percorrer para a plena convergência às Normas Internacionais de Contabilidade. Portanto, além das IPSAS que já estão sendo adotadas, recomenda-se o estudo e a execução das IPSAS 05, 06, 07,11,16, 18, 19 e 32, para que a contabilidade aplicada ao setor público cumpra o seu principal objetivo, que é informar com alto padrão de qualidade seus usuários internos e externos.
Palavras-Chave Convergência Contábil. Gestão Pública. Sistema Contábil.
Ano 2016
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Autor(a) Rosangela Sarmento Silva
Orientador(a) Prof. Dr. Denis Donaire
Título COOPETIÇÃO EM AGLOMERAÇÕES COMERCIAIS PLANEJADAS E NÃO PLANEJADAS
Resumo Esta pesquisa teve como objetivo principal identificar como ocorre a cooperação/colaboração e a competição na formação da coopetição existente em aglomerações varejistas planejadas e não planejadas, especificamente em dois segmentos do varejo - automóveis e móveis, atuantes na Região Metropolitana de São Paulo (SP). Buscou-se ainda propor um modelo de influência da cooperação e da competição na coopetição existente em aglomerados varejistas planejados e não planejados, bem como identificar a influência da Cooperação/colaboração e da competição na coopetição e se existem diferenças significativas entre aglomerados varejistas planejados e não planejados em relação à competição, cooperação e coopetição. Para tanto, como método de pesquisa foi realizado um estudo descritivo de natureza quantitativa com 535 empresas dos segmentos de automóveis e móveis: 298 empresas pertencentes aos aglomerados não planejados e 237 pertencentes a aglomerados planejados. Os dados coletados foram tratados por meio de análises de estatística descritiva, Análise Fatorial Exploratória-AFE e Modelagem de Equações Estruturais baseada nos mínimos quadrados parciais-PLS. Os resultados encontrados permitem concluir que: a competição tem menor influência na coopetição; diferente da cooperação/colaboração, que apresenta maior influência na coopetição; a competição ocorre com mais intensidade nos aglomerados planejados. Verificou-se que nas aglomerações não planejadas de automóveis e móveis os relacionamentos dominantes na coopetição dizem respeito à cooperação/colaboração, enquanto que os relacionamentos dominantes na coopetição estão ligados à competição nas aglomerações planejadas. Em relação à cooperação/colaboração e coopetição, os resultados mostraram que ambas ocorrem tanto nos aglomerados planejados, quanto nos aglomerados não planejados, embora com valores um pouco maior nos não planejados. Não há diferença estatisticamente significante entre a cooperação/colaboração em relação à coopetição nos aglomerados planejados e não planejados.
Palavras-Chave Clusters. Competição. Cooperação/colaboração. Coopetição.
Ano 2016
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Autor(a) Sibelly Resch
Orientador(a) Profª. Drª. Isabel Cristina dos Santos
Título ARRANJOS INSTITUCIONAIS E O SISTEMA DE INOVAÇÃO EM NANOMEDICINA NO BRASIL
Resumo A nanotecnologia é apontada como a próxima revolução industrial e, dentre suas áreas, a nanomedicina oferece alto valor social, impactando no diagnóstico, liberação controlada de fármacos e medicina regenerativa. O Brasil tem implementado políticas de apoio e fomento ao desenvolvimento das nanotecnologias desde 2001, integrando diferentes atores, no contexto do sistema de inovação. A transferência de recursos implica num processo de delegação. À luz da teoria da agência, parte-se do pressuposto de que o processo de delegação e os mecanismos utilizados para seleção e avaliação pelas agências de fomento e apoio à inovação no Brasil possuem características que implicam negativamente na construção do sistema de inovação no Brasil. No âmbito dos sistemas de inovação, os arranjos institucionais podem favorecer ou restringir as ações e interações entre os atores. Assim, busca-se responder: Quais são as implicações dos arranjos institucionais para a construção de um sistema de inovação em nanomedicina no Brasil? O objetivo central da tese é analisar as implicações dos arranjos institucionais para a construção de um sistema de inovação em nanomedicina no Brasil. A sessão 2.1 visa apresentar o processo evolutivo das políticas de apoio à inovação a partir da concepção dos sistemas de inovação. A sessão 2.2 procura identificar as ações desenvolvidas pelo governo brasileiro visando estimular o desenvolvimento das nanotecnologias, e mais especificamente a nanomedicina. A sessão 2.3 busca discutir as implicações subjacentes aos modelos de delegação adotados pelas agências governamentais. A sessão 2.4 concentra-se em apresentar o modelo de análise dos arranjos institucionais, discutindo. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa e exploratória. A coleta de dados foi realizada a partir de pesquisa bibliográfica, documental e pesquisa de campo, utilizando a técnica de entrevista semi-estrutura. Foram realizadas 12 entrevistas no período compreendido entre abril a julho de 2016. A análise de conteúdo resultou em 449 trechos codificados. Quanto a análise da implementação das Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação à luz da teoria da agência, identificaram-se problemas em relação a elaboração de projetos e na avaliação pelos pareceristas ad hoc que implicam numa seleção adversa pelo principal. Os processos de monitoramento e avaliação focalizados nos procedimentos e não nos resultados. Os processos de delegação concentram-se na delegação por incentivos, sem alteração das estruturas institucionais das universidades. Quanto a análise dos arranjos institucionais, identificou-se que o país tem um contingente de pessoal qualificado para trabalhar com a nanomedicina, e nos últimos anos o aporte de recursos financeiros resultou na elevação da capacidade tecnológica com a implantação de uma infraestrutura de laboratórios para pesquisa em nanomedicina. O cenário de crise econômica ameaça os recursos destinados a pesquisas, podendo levar o país a um gap tecnológico nessa área. Concluiu-se que a regulamentação e a falta de interação entre os atores são pontos cruciais para o desenvolvimento do sistema. O trabalho levanta diferentes pontos que podem contribuir com os tomadores de decisão, visando aperfeiçoar os mecanismos de apoio e fomento à inovação. A proposição do modelo de análise e os resultados exploratórios podem ser utilizados em futuras pesquisas para testar hipóteses.
Palavras-Chave Arranjos Institucionais. Nanomedicina. Política de Ciência. Sistemas de Inovação. Tecnologia e Inovação. Teoria da Agência.
Ano 2016
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