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Pós Stricto Sensu

Acervo de Trabalhos Finais - 2023


Autor(a) Alessandra Cristina Matheus de Paiva Pereira
Orientador(a) Prof. Dr. Marco Wandercil
Coorientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título EFICÁCIA ESCOLAR E VULNERABILIDADE SOCIAL: MAPEANDO ESCOLAS NO ABC PAULISTA
Resumo No contexto educacional brasileiro, a educação é vista tanto como um reflexo dos desafios socioeconômicos quanto como uma ferramenta para superá-los. A despeito dos avanços no acesso e qualidade educacional, questionamentos surgem sobre o reconhecimento da eficácia escolar evidenciada por meio de dados provenientes de avaliações em larga escala, sobretudo as do Saeb, divulgadas à sociedade através dos resultados do Ideb. Evidencia-se que no geral, as avaliações padronizadas, concentram-se principalmente na dimensão cognitiva da aprendizagem, com ênfase em leitura e solução de problemas, cujos melhores resultados tendem a ser alcançados pelos filhos de famílias com maior capital econômico e cultural, enquanto aqueles provenientes de ambientes familiares marcados pela pobreza e baixa escolaridade, especialmente materna, apresentam resultados aquém do esperado. Diante dessas considerações emergiram questionamentos, cuja pesquisa buscou responder: Com base na interpretação de dados públicos secundários, qual seria a metodologia para identificar escolas eficazes de uma região? Quais escolas estaduais, localizadas na Região Metropolitana do Grande ABC Paulista, suplantaram o contexto de vulnerabilidade, superando as metas estabelecidas pelo Ideb nos últimos seis ciclos (2011-2021), levando em conta critérios de eficácia e equidade? O objetivo principal foi desenvolver uma metodologia baseada na análise de dados secundários para mapear escolas estaduais nesta região que superaram as metas do Ideb de 2011 a 2021, considerando critérios de eficácia e equidade. Através de métodos mistos, a dissertação apoiou-se inicialmente em uma revisão bibliográfica, seguida da coleta e análise de dados secundários sobre indicadores complexos e contextuais. O estudo, organizado em capítulos expõe, origem e aplicação dos termos 'eficácia' e 'eficiência' no ambiente educacional; traz uma revisão da literatura sobre pesquisas científicas relacionadas à eficácia escolar, publicadas em português, na década de 2012 a 2022 e apresenta um mapeamento das escolas eficazes da região metropolitana do ABC, analisando a influência e relevância de índices contextuais nas avaliações nacionais. A metodologia empregada identificou 27 escolas estaduais na Região Metropolitana do Grande ABC que demonstraram eficácia ao longo dos seis ciclos do Ideb. Como produto final, propôs-se um e-book com ferramentas e metodologias para o acompanhamento dos dados do Ideb, bem como sua utilização na elaboração de um planejamento estratégico alinhado às metas de qualidade educacional, destacando a relevância destes dados, mas rejeitando seu uso para a prática de ranqueamento.
Palavras-Chave eficácia escolar; indicadores; avaliação em larga escala; vulnerabilidade; gestão escolar.
Ano 2023
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Autor(a) Aline Alves
Orientador(a) Profa. Dra. Marta Regina Paulo da Silva
Título A FORMAÇÃO CONTINUADA DAS DOCENTES DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NO CONTEXTO PANDÊMICO (2020-2021)
Resumo No período de isolamento social a formação continuada docente foi de suma importância, acontecendo com peculiaridades decorrentes daquele momento. Por isso, a pergunta norteadora da pesquisa centrou-se em saber, como a formação continuada em serviço subsidiou a prática docente na pré-escola, durante o período pandêmico 2020-2021, segundo as percepções das docentes? O presente estudo teve como objetivo compreender como a formação continuada em serviço subsidiou o fazer docente em uma escola municipal de Educação Infantil, em São Paulo, no contexto pandêmico (2020-2021), segundo as percepções das professoras. Por objetivos específicos: 1. identificar como ocorreu a formação em serviço durante o período pandêmico (2020-2021). 2. analisar, segundo as percepções das professoras, indicadores de contribuição da formação continuada em serviço para qualificar o fazer docente durante o período de isolamento social (2020-2021) e pós pandemia; 3. verificar possíveis avanços e/ou obstáculos ocorridos na formação continuada durante a pandemia; 4. elaborar um e-book com as narrativas das docentes com o propósito de dar visibilidade às aprendizagens do professorado que estiveram à frente das demandas educacionais ocorridas nos anos 2020/2021.Tratou- se de uma investigação de caráter qualitativo exploratório. Como procedimentos metodológicos foram utilizados os relatos das experiências de cinco docentes, ocorridas nos processos formativos (2020-2021), por meio das cartas pedagógicas e investigação das pautas formativas vinculadas ao período de isolamento social. As pautas formativas e as cartas foram analisadas por meio da análise de conteúdo tendo como inspiração os estudos de Laurence Bardin. O referencial teórico, pautou-se nos trabalhos de pesquisadores/as da formação continuada, dentre eles/as: António Nóvoa, Bernadette Gatti, Francisco Imbernón, Marcelo Garcia, Paulo Freire, Selma Garrido Pimenta, assim como nas legislações que tratam dos direitos da criança em espaços coletivos. Os dados coletados revelaram que o isolamento social demandou muitas ações do professorado como o trabalho em equipe, a superação de barreiras tecnológicas e o excesso de trabalho compondo o seu fazer docente. Entretanto, diante desse cenário imposto pela pandemia, houve uma formação continuada em serviço subsidiando o trabalho do professor e professora da Educação Infantil, demonstrando que houve mais avanços do que obstáculos na formação docente ocorrida no período. A partir dos resultados, dessa investigação será elaborado, como produto educacional, um e-book com as experiências das professoras durante seu percurso formativo, construído por meio das narrativas descritas nas cartas pedagógicas.
Palavras-Chave formação continuada; pandemia; educação infantil; cartas pedagógicas; ensino remoto.
Ano 2023
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Autor(a) Aline Aparecida Souza de Carvalho Veiga
Orientador(a) Prof.a Dr.a Marta Regina Paulo da Silva
Título RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA CRECHE: PRÁTICAS QUE INCENTIVAM O RESPEITO AO “OUTRO”
Resumo A sociedade brasileira é caracterizada por suas diferenças, sejam estas políticas, econômicas, culturais e fenotípicas. Essas diferenças estão presentes já na educação infantil – primeira etapa da educação básica – e, por conseguinte, na creche, um dos primeiros espaços sociais no qual bebês e crianças bem pequenas encontram-se com seus pares e vivenciam práticas pedagógicas que podem ou não reforçar a discriminação, o preconceito e a estigmatização, que impactam na constituição da identidade e da autoestima de todas as crianças. No intuito de se ter uma creche em que todos e todas possam se sentir pertencentes, a presente pesquisa objetivou compreender, segundo as percepções das docentes e assistentes pedagógicas entrevistadas, o modo como a temática das relações étnico-raciais é trabalhada no cotidiano da creche no município de Santo André. Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, que teve como procedimentos metodológicos: a investigação documental e a realização de dois grupos focais, sendo um com quatro professoras atuantes em creche e outro com quatro assistentes pedagógicas. O referencial teórico dialogou com os estudos da sociologia da infância, da pedagogia e das relações étnico-raciais. Os resultados revelam que as creches do município de Santo André possuem ações pontuais em relação à temática das relações étnico-raciais, seja na oferta de formações em serviço, as quais são realizadas pelos(as) assistentes pedagógicos(as), seja no planejamento efetuado pelos(as) docentes, o qual não envolve todas e todos na construção de uma educação antirracista, algo que tem por consequência a manutenção do preconceito racial e da discriminação nos espaços da creche. Ademais, observam-se relatos de uma prática pedagógica marcada por dúvidas referentes a como incluir a temática das relações étnico-raciais no cotidiano da creche e, por conseguinte, como atender às crianças negras, assegurando-lhes a construção de uma identidade positiva. As assistentes pedagógicas e as docentes entrevistadas evidenciam a carência de formações acerca das relações étnico- raciais que partam da Secretária de Educação do Município, bem como a falta de materiais que auxiliem neste processo. Como produto educacional e desdobramento dessa investigação, a partir das necessidades e sugestões das participantes, elaborar-se-á um caderno de apoio pedagógico com sugestões para formação dos(as) docentes e de práticas a serem desenvolvidas nas salas referências e nos espaços das creches. O objetivo do produto é fomentar mudanças educacionais por meio da inserção de práticas pedagógicas decoloniais e emancipatórias, uma vez que a creche deve constituir-se como um ambiente de possibilidades e de combate a qualquer forma de discriminação.
Palavras-Chave creche; relações étnico-raciais; prática pedagógica; identidade negra; interculturalidade.
Ano 2023
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Autor(a) ANA LUCIA RODRIGUES CARDOSO ABRANTES
Orientador(a) Profa. Dra. Maria de Fátima Ramos de Andrade
Título ENSINO REMOTO EMERGENCIAL EMERGENCIAL SOB A ÓTICA DAS CRIANÇAS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo A pandemia causada pela covid-19 nos anos de 2020/2021 afetou diversos setores da sociedade, entre eles o educacional. O ensino remoto emergencial (ERE) foi a solução encontrada pelas Secretarias de Educação dos estados e municípios tanto do Brasil quanto de outros países para manter em funcionamento a escola, de forma que as crianças continuassem seu aprendizado e não fossem prejudicados pedagogicamente. O presente estudo tem como objetivo geral investigar, sob a ótica das crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, como foram as aprendizagens no período de ERE durante a pandemia de covid-19. Como objetivos específicos, definiram-se: analisar as experiências vivenciadas pelas crianças no período do ERE, durante a pandemia de covid-19; analisar, sob a ótica das professoras, as aprendizagens das crianças no período do ERE durante a pandemia de covid-19; analisar dificuldades e facilidades encontradas pelas crianças nas aulas remotas, seja no formato on-line ou não; elaborar, no formato de e-book, material de apoio aos professores, com estratégias consideradas bem-sucedidas sob a ótica das crianças, desenvolvidas no período do ERE. Quanto ao referencial teórico, contou- se com as contribuições de Willian Corsaro, Peter Moss e Júlia Formosinho, que tratam de questões relacionadas ao campo da educação de crianças. Além disso, utilizaram-se os estudos de Maria da Graça N. Mizukami, Delia Lerner e António Nóvoa, que discutem o conceito de aprendizagem e a função da escola e, por fim, de Luís Saldanha e Patrícia Behar, que abordam o ERE. A fim de realizar a pesquisa, optou-se por uma abordagem qualitativa e natureza exploratória. O universo investigado foi uma escola pública localizada no município de Santo André (SP) e, para a análise dos dados, utilizou-se os procedimentos da técnica denominada análise de conteúdo, desenvolvida por Laurence Bardin. De modo geral, verificou-se que a experiência vivenciada, sob a ótica das crianças, foi difícil e permeada por muitos obstáculos e desafios. Elas evidenciaram a preferência pelo formato presencial, pois facilitava o aprendizado. Com relação às dificuldades enfrentadas, as crianças apontaram a conectividade e o acesso à internet como elementos que interferiram na qualidade das aulas remotas. Ademais, mencionou-se que, nos momentos nos quais a ludicidade estava presente, as aulas foram mais motivadoras. Desse modo, constatou-se que a tecnologia, o empenho das professoras e o envolvimento das famílias foram fatores essenciais para que o ERE pudesse acontecer adequadamente. Como proposta de produto, organizou-se um material de apoio aos professores, dispondo de estratégias consideradas bem- sucedidas pelas crianças, no formato de e-book.
Palavras-Chave educação; ensino remoto emergencial; anos iniciais do ensino fundamental; formação docente; aprendizagem.
Ano 2023
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Autor(a) Andréa Moraes de Oliveira
Orientador(a) Prof.ª Dra. Elizabete Cristina Costa Renders
Título PRÁTICAS DE ENSINO ACESSÍVEIS A PARTIR DO DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM
Resumo O processo de inclusão escolar dos alunos elegíveis à Educação Especial ainda é um desafio, não só no que tange à demanda do acesso, mas também à permanência exitosa dos discentes. Nesse sentido, é necessário o suporte tanto da estrutura física quanto das ações pedagógicas, acessíveis a todos os estudantes. Partindo dessa premissa, a abordagem educacional proposta pelo Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) foi a principal base teórica para o desenvolvimento da presente pesquisa, que partiu da seguinte pergunta: Como o Desenho Universal para Aprendizagem apoia o desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas, favorecendo processos de ensino e aprendizagem acessíveis? Assim, o objetivo geral desta investigação foi identificar, descrever e compreender como o DUA pode apoiar a prática pedagógica inclusiva nos anos finais do Ensino Fundamental. Quanto aos objetivos específicos, definiram-se: (1) Identificar as principais barreiras que estudantes elegíveis à Educação Especial encontram nos processos de ensino e aprendizagem; (2) Aplicar, com as professoras e os professores participantes, as diretrizes do Desenho Universal para Aprendizagem nas práticas de ensino, garantindo a acessibilidade para todos os estudantes; (3) Construir, com as professoras e os professores participantes, um objeto de aprendizagem que os apoie no planejamento de aulas acessíveis e participativas. A pesquisa pautou-se em uma abordagem qualitativa, que se deu de forma aplicada e foi realizada com quatro professores atuantes em uma escola pública da prefeitura municipal de São Caetano do Sul, na região do Grande ABC. Para tal, utilizaram-se instrumentos da pesquisa narrativa como a carta pedagógica e a roda da conversa. Do ponto de vista teórico, o trabalho fundamentou-se nas seguintes categorias: Educação Especial, educação inclusiva, ensino acessível e desenho universal para aprendizagem. Os resultados evidenciam a importância de planejar aulas acessíveis com o suporte dos princípios do DUA, que pode contribuir para viabilizar a inclusão escolar de todos os estudantes elegíveis ou não à Educação Especial. Todavia, é necessário um processo formativo coletivo e colaborativo no contexto do ambiente escolar. Como produto educacional, desenvolveu-se uma ação formativa a ser aplicada durante o horário de formação na escola, visando à formação docente para o desenvolvimento de práticas de ensino acessíveis, favorecendo a aprendizagem de todos os educandos.
Palavras-Chave educação especial; educação inclusiva; ensino acessível; formação de professores; desenho universal para aprendizagem.
Ano 2023
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Autor(a) Ariana Silva Pessoa
Orientador(a) Prof. Dr. Leandro Campi Prearo
Título INFLUÊNCIA DO PERFIL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO NO DESEMPENHO ESTUDANTIL
Resumo A discussão acadêmica acerca da gestão educacional no país transita entre o ambiente escolar e os órgãos de maior instância dos Poderes Públicos, ambos os espaços são implementadores e monitoradores das Políticas Públicas de Educação, sendo seus gestores os principais responsáveis pelas ações organizadoras do sistema de ensino. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo analisar quais variáveis influenciam no desempenho dos estudantes do ensino fundamental do Brasil a partir da relação com o perfil de Secretarias Municipais de Educação e do perfil dos secretários municipais de educação. Trata-se de um estudo quantitativo de finalidade descritiva. Os dados utilizados para análise são advindos do SAEB, sendo microdados que não passaram por qualquer tratamento analítico. Como parâmetro para análise no que tange ao desempenho do estudante foram considerados os microdados da Prova Brasil de 2017 e 2019, e para o perfil da Secretaria Municipal de Educação, o questionário do secretário referente ao ano de 2019. A partir dos dados foi possível buscar subsídios para sustentar o estudo, que visa caracterizar os perfis da secretaria e do secretário, analisar os resultados das avaliações de português e matemática dos alunos de 5o e 9o ano e mensurar a correlação existente entre esse órgão central e o desempenho dos estudantes. Para dar conta de tal empreitada foi utilizada na análise a técnica estatística de Regressão Logística Binária. De forma geral, os resultados apontaram correlação positiva entre as caracterizações inicialmente propostas nos objetivos do estudo. Constatou-se que quando o secretário tem experiência prévia no cargo ou experiência como profissional da equipe técnica da secretaria, bem como ter na estruturação da secretaria o Fórum Permanente de Educação, o Conselho Municipal de Educação e utilizar os resultados do IDEB para determinados subsídios, dentre outras variáveis de maior impacto, influencia positivamente no desempenho dos estudantes. A presente pesquisa contribui para futuros trabalhos que pretendam analisar com especificidade a relação entre a figura do secretário municipal de educação, enquanto gestor educacional, e o desempenho estudantil. Como produto final deste estudo, foi proposta uma Carta de Recomendação Educacional que poderá servir para possíveis reflexões que possam otimizar ações gestoras que resultem no melhoramento do desempenho escolar dos estudantes.
Palavras-Chave Gestão da educação; Secretaria Municipal de Educação; Desempenho estudantil; SAEB; Políticas públicas.
Ano 2023
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Autor(a) Ariane Vitoriano Duarte Santos Nunes
Orientador(a) Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa-Renders
Título O ENSINO NA ESCOLA INCLUSIVA: APROXIMAÇÕES COM O DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM
Resumo Esta pesquisa discorre sobre o acesso e permanência dos estudantes elegíveis à educação especial nas escolas regulares. A partir disso, inicia-se uma grande demanda quanto ao acesso ao currículo por todos os estudantes. Trata-se de uma mudança de paradigma do modelo médico ao modelo social da deficiência, que compreende o ser humano como um ser social e a deficiência como resultante da interação entre as pessoas com e sem deficiência e o meio em que vivem. Nesta pesquisa, explanamos as experiências dos professores e professoras e encontramos as diferentes abordagens na prática docente, reconhecendo as barreiras e apontando um caminho possível para superá-las. A partir desse cenário, esta pesquisa pretendeu responder à seguinte questão: Como os professores de Atendimento Educacional Especializado – AEE e professores generalistas têm considerado o paradigma da inclusão em sua prática de ensino na sala regular? O objetivo geral desta pesquisa é investigar as formas de ensino declaradas como prática educacional inclusiva pelos professores e professoras no contexto da inclusão escolar. Especificamente, temos os seguintes objetivos: 1. Caracterizar e tematizar uma abordagem pedagógica inclusiva segundo a percepção dos professores de AEE e dos professores generalistas; 2. Oportunizar a reflexão de professores e professoras sobre a contribuição do Desenho Universal para Aprendizagem - DUA para a prática de ensino inclusiva e 3. Construir um objeto de aprendizagem que apoie o ensino inclusivo com base no desenho universal para aprendizagem. Os sujeitos de pesquisa são professoras de ensino fundamental que atuam na Zona Leste do Município de São Paulo e na região do ABC Paulista. Metodologicamente, trabalha com a pesquisa narrativa combinada com a pesquisa de desenvolvimento. O instrumento de pesquisa foi a carta pedagógica escrita pelas professoras, descrevendo as experiências que contribuem para a prática de ensino mais inclusiva. Como resultado, destaca-se o reconhecimento do DUA como uma abordagem curricular que valoriza a todos os estudantes. O DUA é capaz de promover uma dinâmica de ensino pautada no diálogo, no trabalho coletivo, nas trocas de experiências, no uso de diferentes ferramentas e diferentes linguagens, por meio das suas múltiplas formas ação e expressão, de acessar a informação e de manter os estudantes engajados. Ao final da pesquisa um produto educacional foi construído com base nas narrativas recolhidas e nos estudos aprofundados sobre a prática do ensino inclusivo, resultando em um E-book interativo, disponibilizado em formato online.
Palavras-Chave inclusão escolar; ensino inclusivo; currículo acessível; desenho universal para aprendizagem; formação docente.
Ano 2023
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Autor(a) Bruna Fernandes Corrêa
Orientador(a) Prof.a Dr.a Ana Sílvia Moço Aparício
Título A TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA DO CURRÍCULO PAULISTA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS – NA AULA DE LÍNGUA INGLESA: UMA ABORDAGEM DOS GÊNEROS DIGITAIS MULTIMODAIS
Resumo Os gêneros digitais multimodais fazem parte do universo dos alunos da educação básica e podem ser uma forma de vivenciar situações reais de uso da língua inglesa. Tais gêneros, quando abordados em sala de aula, podem contribuir com a aprendizagem da língua inglesa e com o desenvolvimento dos multiletramentos, pois requerem práticas de leitura e escrita adequadas às suas características. Esta pesquisa objetivou investigar como esses gêneros podem ser mobilizados pelo professor no processo de transposição didática na prática de sala de aula. O embasamento teórico pauta-se, especialmente, na pedagogia dos multiletramentos, tendo como referência o manifesto do Grupo Nova Londres e estudos de Roxane Rojo; no conceito de inglês como língua franca, com base em estudos de Jennifer Jenkins e Telma Gimenez; na noção de transposição didática de Yves Chevallard; bem como nos documentos curriculares em vigência, como a Base Nacional Comum Curricular e o Currículo Paulista. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de método intervencionista na própria prática, em que a professora-pesquisadora desenvolveu uma sequência de atividades focadas nos gêneros vídeo e comentário de YouTube, com duas turmas de 6o ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. A partir de uma lesson presente nos materiais de apoio ao Currículo Paulista — os Cadernos do Aluno e do Professor —, a professora-pesquisadora fez adaptações, utilizou recursos diversos e elaborou novas atividades, a fim de que os gêneros fossem trabalhados de maneira a simular seus contextos reais de leitura e produção. No processo de intervenção, foram utilizadas estratégias diversas, como exibição de vídeo, seleção, leitura e escrita de comentários, produção de vídeos e utilização da plataforma Padlet, para compartilhamento. As atividades realizadas contribuíram para que os alunos desenvolvessem habilidades de compreensão e produção oral e escrita em língua inglesa, na perspectiva dos multiletramentos. A intervenção gerou reflexões sobre o papel do professor na transposição didática interna dos gêneros em foco. O produto desta pesquisa consiste em um protótipo didático, que apresenta sugestões ao professor a respeito de como trabalhar os gêneros digitais multimodais em sala de aula.
Palavras-Chave multiletramentos; gêneros digitais multimodais; transposição didática; Língua Inglesa; BNCC.
Ano 2023
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Autor(a) Cacilda Oliveira da Silva
Orientador(a) Prof.ª Dra. Elizabete Cristina Costa Renders
Título BASES DE SUSTENTAÇÃO DA ESCOLA INCLUSIVA: A RELEVÂNCIA DA REDE DE APOIO NA ESCOLA
Resumo A escola necessita orientar e criar redes de apoio para que ocorra a inclusão de todos os alunos, assim como conhecer estratégias e averiguar a eficiência delas. Partindo de tal premissa, propõe-se, como objeto de estudo deste trabalho, a constituição da rede de apoio para a inclusão escolar dos alunos elegíveis à Educação Especial. Diante disso, emergiram algumas inquietações que motivaram e direcionaram o desenvolvimento desta pesquisa, cuja pergunta investigativa foi: Como tem se constituído a rede de apoio para a inclusão escolar dos alunos elegíveis à Educação Especial numa rede de ensino pública? Como objetivo geral, pretendeu-se identificar e analisar as estratégias de construção de uma rede de apoio para a inclusão escolar dos alunos elegíveis à Educação Especial. Quanto aos objetivos específicos, elencaram-se: descrever como se compõe a rede de apoio para os alunos elegíveis à Educação Especial; interpretar a percepção da equipe escolar sobre a relevância de uma rede de apoio para a inclusão escolar; desenvolver, com a comunidade escolar, um produto educacional que apoie a construção ou consolidação da rede de apoio na escola. Partindo dos objetivos apresentados, seguiu-se uma metodologia de natureza qualitativa, que buscou compreender as experiências dos participantes da investigação, por meio de um questionário de sondagem e de cartas pedagógicas que evidenciem a construção da rede de apoio para os alunos elegíveis à Educação Especial na unidade escolar. A investigação fundamentou-se nos seguintes referenciais teóricos: educação inclusiva, ensino colaborativo e gestão democrática da escola. Os resultados apontam que cada unidade escolar constrói sua rede de apoio com os profissionais e recursos que lhe são apresentados. Nesse sentido, a constituição dessa rede deve ter como referência a educação inclusiva e o ensino colaborativo, a fim de fortalecer a comunidade escolar. Contudo, faz-se necessário que: a comunidade escolar enfrente as barreiras atitudinais; tenha políticas públicas para qualificar o atendimento nas instituições de ensino, diminuindo a quantidade alunos por sala e ampliando o investimento em profissionais da educação; promova a formação inicial e continuada; desenvolva a parceria família e escola; e disponibilize horário para planejamento e diálogos reflexivos. A partir dos achados, desenvolveu- se o produto educacional, caracterizado como um guia de orientações sobre a constituição da rede de apoio para a inclusão escolar, com vistas a orientar os profissionais nesse processo.
Palavras-Chave educação inclusiva; rede de apoio; formação docente.
Ano 2023
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Autor(a) Cristiane Nunes de Oliveira Sousa
Orientador(a) Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa Renders
Título DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM COMO SUPORTE PARA O ENSINO INCLUSIVO: EM PERSPECTIVA A ACESSIBILIDADE PEDAGÓGICA PARA OS ALUNOS COM TEA
Resumo Esta pesquisa propôs a reflexão sobre a importância da prática pedagógica acessível em uma sala de aula onde há estudantes com e sem TEA, tendo como suporte o desenho universal para aprendizagem (DUA). Partiu da seguinte questão: Como construir uma prática pedagógica acessível em uma sala de aula onde há estudantes com e sem TEA? O objetivo geral foi investigar como os princípios do DUA podem contribuir para a construção de uma aula acessível em sala de aula onde há estudantes com e sem TEA. Os objetivos específicos foram: elencar e compreender a percepção dos professores e professoras sobre as principais barreiras enfrentadas pelos estudantes com TEA no cotidiano de uma sala de aula; promover a reflexão, junto aos professores e professoras, sobre o DUA como novo paradigma para a prática pedagógica acessível; construir, com base nos princípios do DUA, um produto educacional que apoie a prática pedagógica acessível em sala de aula onde há estudantes com e sem TEA. Esta foi uma pesquisa narrativa, cujos instrumentos foram a carta pedagógica e a roda de conversa. Quanto aos resultados, a partir da percepção dos professores e professoras, foram levantadas algumas barreiras enfrentadas pelos estudantes com TEA no cotidiano de uma sala de aula, como: os poucos recursos e a inexistência de apoio para trabalhar a inclusão escolar do aluno com TEA, bem como o desafio de atuar em demandas com as quais os professores ainda não possuem conhecimentos específicos. Foi possível observar também que a maioria dos professores não conhecem a proposta do desenho universal para aprendizagem. Ao final da pesquisa, foi proposto um produto educacional, intitulado “Construindo uma prática pedagógica inclusiva”. Trata-se de um site com materiais de apoio aos professores que atuam no processo de inclusão escolar de estudantes com TEA.
Palavras-Chave desenho universal para aprendizagem; estudantes com TEA; inclusão escolar; prática pedagógica; acessibilidade.
Ano 2023
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Autor(a) Eclerson Pio Mielo
Orientador(a) Prof. Dr. Leandro Campi Prearo
Título AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO: RELAÇÃO COM DESEMPENHO DOS ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo O presente estudo tem como objetivo identificar o impacto do investimento na Educação no desempenho dos estudantes do ensino fundamental (Anos Iniciais e Finais) nas esferas municipal e estadual, sendo o banco de dados analisado por município brasileiro. Ainda, utilizou-se o IDHM com o objetivo de relacionar o impacto do investimento por cidades com melhor ou pior índice de desenvolvimento humano. O estudo contou com 10.754 casos, sendo a análise realizada por meio de Modelagem de Equações Estruturais PLS, por meio de dois modelos, um utilizando os dados do Ideb de 2019 e o investimento em Educação em 2014 e outro utilizando os dados de variação do Ideb entre 2015 e 2019 e o investimento em Educação em 2014. Ambos os modelos foram moderados pelas variáveis IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), Rede de Ensino (Estadual e Municipal) e anos escolares (Iniciais e Finais). Como resultado, encontrou-se significância estatística apenas no modelo que se utilizou da variação do Ideb entre 2015 e 2019, sendo os municípios que apresentam IDHM muito baixo os que mais apresentaram explicação entre as variáveis. Mesmo encontrando resultados, é possível concluir que o baixo impacto do investimento em Educação no desempenho dos estudantes se dá pelo fato de o desempenho ser relacionado à qualidade da Educação, como a infraestrutura escolar, formação de professores e também da escolaridade dos pais. Como produto de pesquisa, uma carta de recomendação aos administradores públicos da área de educação será elaborada utilizando como base os achados deste trabalho.
Palavras-Chave avaliação da educação; investimento em educação; políticas públicas educacionais; modelagem de equações estruturais; educação básica.
Ano 2023
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Autor(a) Fabio Roberto Pierre
Orientador(a) Prof. Dr. Carlos Alexandre Felício Brito
Título GAMIFICAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO FINANCEIRA: UMA PROPOSTA PRÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo A educação financeira é um estudo interdisciplinar envolvendo as dimensões culturais, sociais, políticas, psicológicas e econômicas sobre as questões do consumo, trabalho e dinheiro. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a utilização da gamificação como estratégia pedagógica para engajar os alunos no processo de ensino e de aprendizagem sobre educação financeira. Foi utilizado o método Design Science Research, que tem como principal premissa a criação de um artefato para solução do problema, em nosso caso, o desenvolvimento de um protótipo de um jogo de tabuleiro, denominado SaveTheMoney. Os participantes da pesquisa (n = 13) foram alunos do ensino fundamental de uma escola da cidade de São Bernardo do Campo, localizada no ABC Paulista. O instrumento utilizado foi o questionário de avaliação de jogos educacionais baseado nas estratégias motivacionais do modelo ARCS, de John Keller, na área de experiência do usuário de jogos (game user experience), bem como taxonomia de objetivos educacionais de Bloom. Os principais achados foram: no que diz respeito ao domínio da motivação, a maioria dos indicadores se mostraram com um alto valor de concordância entre os usuários, uma vez que a atenção (11%), a relevância (9,9%) e a satisfação (10,5%) não tiveram um valor superior a 30% no coeficiente de variação. Ou seja, isto indica que os alunos reagiram ao jogo de forma favorável na situação de aprendizagem sobre o conteúdo proposto. Entretanto, no indicador confiança houve um alto valor de discordância – foi possível observar um coeficiente de variabilidade de 63,2%. Em relação à experiência do usuário, pode-se observar que todos os indicadores se mostraram com alto valor de concordância, pois a imersão (7,7%), o desafio (11,4%), a competência (12,5%), a interação social (11,9%) e o divertimento (14,5%) tiveram baixo coeficiente de variação. Como considerações finais, o estudo permitiu observar a possibilidade de algumas melhorias (redesign) diante de algumas dificuldades observadas ao longo da aplicação do jogo. A escolha de cartas em um jogo de tabuleiro como o componente principal de interação com o sistema de jogo, apesar de tornar a experiência mais prática e fácil, permitiu a vivência dos participantes. Como produto idealizado, construído e testado na presente pesquisa, o jogo educacional SaveTheMoney pode ser aplicado em outros contextos educacionais na educação básica, especificamente no ensino fundamental.
Palavras-Chave gamificação; educação financeira; ensino fundamental; escola; formação docente.
Ano 2023
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Autor(a) Fernanda de Menezes Angelo
Orientador(a) Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa Renders
Título A TECNOLOGIA ASSISTIVA NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: APROXIMAÇÃO COM AS DIRETRIZES DO DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM
Resumo Esta investigação insere-se no campo da educação inclusiva e tem como objeto de estudos o uso das tecnologias assistivas na escola. A questão norteadora da pesquisa foi: como o Desenho Universal para Aprendizagem contribui para a ressignificação do uso da Tecnologia Assistiva na perspectiva da educação inclusiva? O objetivo geral consistiu em identificar as contribuições dos princípios do DUA para a ressignificação do uso da Tecnologia Assistiva no processo inclusivo. Os objetivos específicos se delinearam da seguinte maneira: a) mapear e descrever como tem se dado o uso da Tecnologia Assistiva na escola. b) compreender qual é o conceito atribuído à Tecnologia Assistiva pelos/as professores/as que participaram da pesquisa. c) promover uma reflexão com base nos princípios do DUA, juntamente com professores/as, sobre o uso e sentidos atribuídos à Tecnologia Assistiva na escola inclusiva. d) desenvolver um produto educacional que promova a reflexão sobre a contribuição da Tecnologia Assistiva nos processos de ensino e aprendizagem de forma emancipatória. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que fez uso dos procedimentos da pesquisa narrativa, como as cartas pedagógicas e rodas de conversa, a fim de compreender as experiências educativas de professores/as que fazem ou já fizeram uso da TA na escola. O referencial teórico que fundamentou a pesquisa ancorou-se no paradigma da educação inclusiva, no desenho universal para aprendizagem e na tecnologia assistiva. A tematização das cartas apontou que os/as professores/as reconhecem como Tecnologia Assistiva todos os suportes e recursos disponíveis aos estudantes elegíveis à educação especial, assim sendo, não expandem seu uso aos demais estudantes. A tematização mostrou, ainda, que o Desenho Universal para Aprendizagem contribui para a ressignificação da TA à medida que privilegia a diversidade e a variabilidade dos estudantes sem categorizá- los, ofertando, a todos os estudantes, múltiplos meios de aprendizagem, considerando a Tecnologia Assistiva uma tecnologia que deve ser estar disponível a todos que dela necessitam ou desejem utilizar. O produto educacional que resultou desta pesquisa foi um e-book, o qual busca contribuir com a formação docente, apresentando o Desenho Universal de Aprendizagem e o uso da Tecnologia Assistiva como aliados à educação inclusiva.
Palavras-Chave educação inclusiva; desenho universal para aprendizagem; tecnologia assistiva; cartas pedagógicas; educação especial.
Ano 2023
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Autor(a) Gezabel Francisco de Oliveira
Orientador(a) Profa. Dra. Maria de Fátima Ramos de Andrade
Título O PROCESSO DE INDUÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE DE CRECHE
Resumo O presente trabalho tem como objetivo geral investigar, sob a ótica do professor, os desafios, as expectativas e os obstáculos que os professores iniciantes de creche enfrentam no processo de indução no contexto escolar. O problema de pesquisa está descrito da seguinte forma: Quais os desafios, as expectativas e os obstáculos que os professores iniciantes de creche enfrentam no processo de indução no contexto escolar? Como objetivos específicos, estabeleceram-se: identificar os desafios e obstáculos enfrentados pelos professores iniciantes de creche no processo de indução no contexto escolar; identificar e analisar as estratégias de enfrentamento dos professores nos primeiros anos da docência no contexto da creche; analisar as expectativas dos professores iniciantes no contexto de creche em relação ao processo de indução; elaborar um plano de ação com estratégias formativas para a indução do professor iniciante de creche. Quanto ao referencial teórico, contou-se com as contribuições de Marli André, Julia Formosinho, Carlos Marcelo Garcia, Michael Huberman, Antônio Nóvoa, Lee .S. Shulman, Denise Vaillant e H.K. Wong, que tratam de conceitos relacionados ao campo da formação docente. Além disso, lançou- se mão de documentos oficiais, a saber: Base Nacional Comum Curricular, Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil, e Diretrizes Curriculares de Educação Infantil, direcionados ao campo da Educação Infantil. Para a realização do estudo, optou-se pela pesquisa qualitativa de cunho descritivo-analítico. Como instrumentos de coleta de dados, utilizaram-se a aplicação de questionários e a realização de entrevistas. Os dados gerados na pesquisa de campo foram analisados a partir de quatro categorias: perfil dos participantes: escolha da profissão; dificuldades, obstáculos e desafios no exercício da profissão; estratégias de enfrentamento: aprendizagem da docência; e apontamentos para o processo de indução: expectativas dos professores. Por meio da análise, constatou-se que a elaboração da documentação pedagógica (planejamentos, relatórios, semanários etc.) tem sido um desafio para os professores iniciantes. Como estratégias de enfrentamento, eles têm buscado o apoio da equipe gestora e de colegas mais experientes, com a intenção de ampliar a sua formação. Por fim, em relação às expectativas, os participantes destacaram a necessidade de ampliar o conhecimento profissional sobre Educação Infantil, de aprimorar o acolhimento das crianças e das famílias e de desenvolver uma escuta mais atenta as crianças da creche. Não foram identificadas, nas falas dos docentes, ações que pudessem se caracterizar como resultantes de alguma proposta de indução propiciada pelas instituições de ensino. Logo, aponta-se a necessidade de se organizarem programas de indução para o professor iniciante que atua na creche, com vistas a favorecer o desenvolvimento de sua identidade profissional, considerando suas necessidades formativas. Como produto, elaborou-se um plano de ação com estratégias formativas para o processo de indução do professor iniciante de creche, no formato de e-book.
Palavras-Chave professor iniciante; educação infantil; processo de indução; creche; formação docente.
Ano 2023
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Autor(a) Jéssica Camila da Silva
Orientador(a) Ivo Ribeiro de Sá
Título A MOTRICIDADE E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES À PRÁTICA PEDAGÓGICA
Resumo A infância é uma fase extremamente importante para o indivíduo, pois, nesse período, são proporcionadas às crianças experiências que podem contribuir ou não às outras fases da vida. Um bom trabalho com a motricidade desde a Educação Infantil, portanto, é capaz de proporcionar à criança realizar as atividades do dia a dia para se tornar mais independente, marcando sua importância para vida da criança no hoje, seu desenvolvimento e aprendizagem, a construção da sua identidade e no caso do corpo o fato de que as crianças aprendem com todo o seu corpo. Partiu da seguinte questão: Qual a compreensão que as professores e professores de educação infantil possuem sobre a motricidade da criança e que relações estabelecem com suas práticas pedagógicas? O objetivo geral foi compreender como os professores e as professoras da educação infantil entendem a motricidade da criança e como a consideram em suas práticas pedagógicas. Os objetivos específicos foram: Identificar a compreensão que os professores possuem sobre a motricidade da criança; verificar a aplicabilidade da motricidade em suas práticas pedagógicas; construir um projeto de trabalho para as crianças da educação infantil. Nesta perspectiva, realizamos uma pesquisa descritiva e exploratória de cunho qualitativo com a finalidade de averiguar a presença, ou inexistência, do trabalho voltado a motricidade na prática pedagógica. Foi organizada em quatro etapas de pesquisa, sendo a primeira destinada à revisão bibliográfica. Na segunda etapa foram elaborados os tópicos de discussão dos grupos, já na terceira se deu em campo, com professores da educação infantil da rede privada de Santo André. Para complementar os dados obtidos da pesquisa de campo foi elaborado um questionário com base nos tópicos discutidos no grupo focal, através do Google Forms, e enviado a todos os participantes da pesquisa, via WhatsApp. Por último, foi realizada a elaboração do produto final. Quanto aos resultados, os professores entendem que psicomotricidade desempenha um papel crucial na educação infantil, pois está diretamente relacionada ao desenvolvimento global da criança. Ao final da pesquisa, foi proposto uma sequência didática, intitulado “Motricidade e aprendizagem na educação infantil: contribuições à prática pedagógica”.
Palavras-Chave formação de professores; motricidade; educação infantil. práticas pedagógicas; sequência didática.
Ano 2023
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Autor(a) JOYCE LIMA BRANDÃO
Orientador(a) Profa. Dra. Marta Regina Paulo da Silva
Título A RELAÇÃO PRÉ-ESCOLA E FAMÍLIA EM TEMPOS DE PANDEMIA
Resumo A parceria entre as instituições educacionais e as famílias, na educação das crianças, constituiu-se, ainda, um grande desafio à educação brasileira. Esse desafio, nos anos de 2020 e 2021, em decorrência da pandemia da Covid-19 e o atendimento não presencial, tornou-se ainda maior, visto a necessidade dessa relação de parceria para a manutenção dos vínculos e continuidade do trabalho pedagógico. No intuito de compreender esse cenário, esta pesquisa tem como objeto de estudo a relação entre pré-escola e família no contexto pandêmico. As questões que norteadoram a pesquisa foram: como ocorreu a relação entre a pré- escola e a família no período de 2020-2021? Quais as aprendizagens adquiridas desse momento a serem consideradas no retorno presencial? Os objetivos gerais foram compreender como ocorreu a relação entre a pré-escola e família no período de 2020-2021 e verificar quais as aprendizagens adquiridas desse momento da pandemia para o retorno ao atendimento presencial. Para atingir tal objetivo, teve por objetivos específicos: 1) identificar os canais de comunicação entre a pré-escola e família; 2) conhecer o que pensam as famílias sobre a educação dos seus filhos e filhas nesse cenário pandêmico; 3) verificar as percepções das famílias quanto às parcerias com a pré-escola e a percepção das docentes acerca da parceria com as famílias; 4) a partir dos resultados da pesquisa, elaborar um documento com algumas orientações que auxiliem as instituições nessa parceria com as famílias. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória, que teve como procedimento metodológico as entrevistas semiestruturadas com as famílias e as professoras das turmas de pré-escola que atuam com crianças de cinco anos. O referencial teórico utilizado contou com os trabalhos de Paulo Freire, Jane Margareth Castro, Boaventura Souza Santos, Carlos Gil e Marli André, dentre outros. A análise dos dados produzidos revelou que, no período pandêmico, docentes e famílias tiveram que se reinventar na construção de uma relação mediada pelas tecnologias digitais, o que permitiu a manutenção dos vínculos e a realização das propostas pedagógicas com as crianças. Contudo, demonstrou que algumas famílias enfrentaram mais dificuldades, evidenciando a desigualdade socioeconômica do município de Santo André. A sobrecarga de trabalho, tanto das professoras quanto das mães, também se fizeram presente nos depoimentos das entrevistadas, revelando o acúmulo de funções desempenhadas pelas mulheres nas esferas pública e privada. Com relação às aprendizagens desse período, docentes e mães apontam a maior proximidade entre a pré-escola e as famílias, o que permitiu às últimas conhecerem um pouco mais o trabalho realizado na Educação Infantil. Ao retornar presencialmente, espera- se que a relação entre as instituições de Educação Infantil e as famílias configure-se em uma parceria efetiva, marcada pela escuta, pelo diálogo e pela participação das famílias no cotidiano educativo, visando sua contribuição na educação das crianças. O produto educacional apresentado nesta pesquisa visa, justamente, contribuir com a manutenção desta parceria, essencial para o desenvolvimento pleno das crianças. Consiste em um caderno de apoio, em formato de e-book, destinado aos educadores e às educadoras da rede municial de Santo André. Seu objetivo é apresentar orientações acerca da manutenção de vínculos entre família e pré- escola, considerando algumas práticas que podem/devem ser mantidas após o retorno às aulas presenciais.
Palavras-Chave pré-escola; família; parceria; educação remota; pandemia.
Ano 2023
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Autor(a) Juliana Frosch
Orientador(a) Profa. Dra. Elizabete Costa-Renders
Título DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NO CAMPO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O OLHAR DAS PROFESSORAS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo Esta pesquisa apresenta uma análise a respeito da formação docente em educação especial na perspectiva inclusiva, passando pelos aspectos sociais, políticos e legais. Tem como pergunta central da investigação a seguinte: como tem se dado a formação de professores na perspectiva da educação inclusiva sob o olhar das próprias professoras? Os objetivos específicos foram: 1. Investigar a inserção dos temas relativos à educação especial e educação inclusiva nos projetos pedagógicos dos cursos de Pedagogia; 2. Inventariar as demandas do desenvolvimento profissional docente no campo da educação inclusiva na perspectiva dos próprios educadores/as; 3. Desenvolver um objeto de aprendizagem que apoie os professores no ensino inclusivo, tendo fundamentados os princípios da educação inclusiva e do desenho universal para aprendizagem. A base teórica desta pesquisa pautou-se pelos seguintes conceitos: educação inclusiva, educação especial, desenvolvimento profissional docente e desenho universal para aprendizagem. Esta foi uma pesquisa narrativa que utilizou-se de cartas pedagógicas e roda de conversa com um grupo de professoras da rede pública de ensino, oportunizando que apresentassem suas experiências em processos formativos sobre a inclusão escolar. Os resultados apontaram para a percepção da necessidade de formações constantes, houve o entendimento de que a reflexão sobre a própria prática, aliada à experiência profissional, é fundamental para o desenvolvimento profissional docente. O produto educacional, resultado desta pesquisa, consiste em uma sequência didática. Ela apresenta questões fundantes e necessárias para a atuação do docente que respeita a heterogeneidade presente em salas de aula regulares.
Palavras-Chave formação de professores; desenvolvimento profissional docente; educação inclusiva; cartas pedagógicas; desenho universal para aprendizagem.
Ano 2023
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Autor(a) Luana Grigoleti Rocha
Orientador(a) Profa. Dra. Ana Silvia Moço Aparício
Título O USO DO INSTAGRAM COMO RECURSO PEDAGÓGICO EM SITUAÇÕES DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM
Resumo Os avanços referentes à utilização das tecnologias digitais têm proporcionado experimentações e novas formas de comunicação, considerando os sujeitos aprendizes como nativos digitais, estes que dominam redes sociais (como o Instagram) e se dedicam à elaboração e visualização de publicações de textos e vídeos curtos, práticas que despertam o interesse dos alunos. Nesse contexto, considerando o uso do Instagram por esta pesquisadora, professora do ensino técnico de Administração, com o objetivo de proporcionar aos alunos engajamento e interação com o conteúdo, frente às dificuldades no período de isolamento social durante a pandemia da COVID-19, verificaram-se possibilidades de ensino e de aprendizagem na utilização dessa ferramenta. Tendo em vista compreender melhor essas possibilidades, o objetivo geral da pesquisa é identificar e analisar estratégias de uso do Instagram como recurso pedagógico do professor em situações de ensino e de aprendizagem. O estudo, de natureza qualitativa, utilizou o método exploratório, apresentando, inicialmente, uma revisão sistemática de literatura, consultando as principais bases de dados de teses, dissertações e artigos, a respeito da temática do trabalho. Além disso, foram considerados para a análise os dados gerados no perfil do Instagram da professora-pesquisadora, buscando identificar os conteúdos e suas características de publicação, bem como analisar estratégias utilizadas na utilização do Instagram como ferramenta de ensino e de aprendizagem. Os resultados evidenciam que o Instagram permite interações e possibilidades de utilização no processo de ensino-aprendizagem, sobretudo em ferramentas como stories, permitindo problematizar questões; ou como a ferramenta reels, com possibilidade de microvídeos com a utilização nano e microlearning; e também lives, aprofundando o relacionamento e proporcionando reflexões para os alunos. Como produto educacional, foi desenvolvido um curso on-line com a apresentação e orientação aos professores para utilização das principais ferramentas do Instagram como recurso pedagógico em sua prática docente junto aos alunos.
Palavras-Chave Instagram. Formação de professores. Redes sociais. Ensino e aprendizagem. Tecnologias e educação.
Ano 2023
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Autor(a) Luce Elena Diogo da Silva
Orientador(a) Profa. Dra. Sanny S. da Rosa
Título A CONSTRUÇÃO COLABORATIVA DE UM CURRÍCULO ANTIRRACISTA E DECOLONIAL EM UMA ESCOLA PARTICULAR SITUADA NA CIDADE DE SÃO PAULO
Resumo Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar como uma escola particular, que atende a uma parcela da elite econômica da cidade de São Paulo e declarou compromisso com o planejamento e execução de ações antirracistas, traduz a Lei 10.639/03 no seu currículo. Ao estabelecer a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana em todos os componentes curriculares e níveis de escolarização, a Lei 10.639/03 desafiou a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) a promover a reeducação das relações étnico-raciais, pautada na valorização das diferenças, na justiça social e na igualdade racial. Por meio de uma abordagem teórica e metodológica que se enquadra no campo das pesquisas colaborativas, esta investigação é resultado de um trabalho coletivo de (re)construção de um currículo antirracista na perspectiva decolonial, realizado com a equipe gestora de uma escola particular de elite situada em um bairro nobre de São Paulo. Nesse sentido, a pesquisa se configurou como um trabalho coletivo, que se propôs a cumprir os seguintes objetivos específicos, por meio de sessões reflexivas: a) conhecer as ações desenvolvidas pela equipe gestora, desencadeadas pelo movimento das famílias para a implementação lei 10.639/03 no currículo escolar; b) analisar, com os gestores escolares, a proposta curricular da escola, com base nas políticas de combate ao racismo; c) desenvolver, com a equipe escolar, uma revisão crítica da proposta curricular antirracista, da Educação Infantil ao Ensino Médio. O trabalho resultou na produção de três documentos norteadores para a construção de um currículo antirracista: Diretrizes para uma educação antirracista (item revisão curricular); Indicadores de avaliação (coleta de dados da percepção dos educadores sobre a pauta antirracista); apresentação dos dados e proposta de ações a curto, médio e longo prazo. Como produto final do presente estudo, propôs-se a elaboração de um "Caderno de Escrevivências" sobre a experiência de construção de um currículo antirracista com vistas a fomentar reflexões e práticas transformadoras e decoloniais em outras comunidades educativas dispostas a reverter a lógica excludente criada pela modernidade/colonialidade.
Palavras-Chave Lei 10.639/03; educação antirracista; currículo decolonial; políticas curriculares; gestores escolares.
Ano 2023
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Autor(a) Luciana Vieira da Silva
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E COORDENADORES PEDAGÓGICOS: CONHECIMENTOS, ATUAÇÃO E NECESSIDADES FORMATIVAS
Resumo A avaliação educacional recebe pouca atenção nos cursos de formação de professores no Brasil, contexto em que também se formam os coordenadores pedagógicos. Partindo dessa premissa, o objetivo geral da presente pesquisa foi compreender os conhecimentos, a atuação e as necessidades formativas de coordenadoras pedagógicas experientes do ensino fundamental, anos iniciais, em relação à avaliação. Para tal, utilizou-se a abordagem qualitativa de pesquisa, com base em entrevistas com um grupo de participantes. Os resultados mostraram que as coordenadoras pedagógicas, em geral, conheciam pouco sobre a avaliação da aprendizagem e as externas em larga escala. Seus saberes eram mais intuitivos e associados ao senso comum do que atrelados às teorias e práticas sobre o tema. A atuação das participantes secundarizava as avaliações, seja no planejamento, seja nas formações ou em reuniões e encontros. Em geral, pouco tempo era dedicado ao estudo sobre o tema e para a formação de professores. As profissionais apresentaram várias necessidades formativas e estavam desejosas de realizá-las, uma situação favorável à realização de formação continuada. Destaca-se, portanto, que a avaliação ainda não está presente de forma sistemática no trabalho dessas participantes, ou seja, o tema não é considerado prioridade no cotidiano escolar. O quadro descrito, muito possivelmente, traz desdobramentos e consequências para a aprendizagem dos alunos: as orientações dadas pelas coordenadoras às professoras, sobre práticas avaliativas, instrumentos, critérios, entre outros, podem não ser significativas para a melhoria da aprendizagem; os processos avaliativos podem ocorrer de forma aligeirada e sem a devida reflexão, entre outras questões. Os dados serão utilizados para a elaboração de uma formação continuada, produto desta investigação, e podem ser alvo de debates nas secretarias de educação das cidades do Grande ABC e outras.
Palavras-Chave avaliação; coordenador pedagógico; ensino fundamental.
Ano 2023
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Autor(a) MARIA CECILIA JARDIM
Orientador(a) Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda
Título FORMAÇÃO DE PROFESSORAS COORDENADORAS DA SEDUC/SP: ANÁLISE DE UM AGRUPAMENTO
Resumo Este estudo foi realizado com o intuito de analisar a formação de professoras coordenadoras de um agrupamento escolar, através do Projeto de Acompanhamento Pedagógico Formativo da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujos dados foram adquiridos por meio de análise documental da Resolução 46/2021 e dos Roteiros e relatórios das sessões de Acompanhamento Pedagógico Formativo. O eixo de análise considerou o alinhamento entre os roteiros e a resolução que instituiu o projeto de APF, levando em conta o planejamento, organização e desempenho dos estudantes. Os resultados mostraram que a implementação do Acompanhamento Pedagógico Formativo foi realizada com êxito, no sentido de alinhar as escolas selecionadas às diretrizes da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Apesar de aspectos positivos frente à organização da rotina pedagógica das professoras coordenadoras, o projeto mostrou-se insuficiente para fortalecer a autonomia das Unidades Escolares em relação às suas especificidades. Por esse motivo, como produto final, foi apresentado um instrumento de autoavaliação com foco na atribuição do Coordenador de Gestão Pedagógica, possibilitando que esse profissional se autoajuste às especificidades das Unidades Escolares que coordena.
Palavras-Chave políticas públicas educacionais; formação continuada; acompanhamento pedagógico formativo; Secretaria da Educação do Estado de São Paulo; professor coordenador.
Ano 2023
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Autor(a) Maria de Fátima de Souza
Orientador(a) Prof. Dr. Carlos Alexandre Felício Brito.
Título EXPERIMENTANDO VOLEITEC NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: REVELANDO AS ATITUDES E SUAS REPRESENTAÇÕES
Resumo A Educação Física Escolar utiliza-se de atividades valorizadas culturalmente num dado grupo para proporcionar uma base motora que permita aos alunos, a partir das práticas corporais, compreender, usufruir, criticar e transformar a sua realidade concreta. Com efeito, espera-se construir competências e habilidades nas aulas de educação física integrando valores e atitudes de cooperação a partir de estratégias pedagógicas que possam fazer sentido a eles. Uma possibilidade é explorar didaticamente, a partir da construção de eventos esportivos, essa construção. Assim, o objetivo geral deste trabalho é desenvolver, nas aulas de Educação Física Escolar, na modalidade de Ensino Médio, com Habilitação Profissional de Técnico (Mtec), a noção de conteúdos atitudinais, após experimentarem um evento esportivo, denominado Voleitec. A pesquisa ora apresentada classifica-se como qualitativa de natureza descritiva e interpretativa com características do Design Experiment Research (DER) como proposto por Cobb et al. (2003). Para a compreensão dos procedimentos de pesquisa existem três fases a serem elucidadas como: fase Prospectiva (prepara a DE), fase Reflexiva (conduz a DE) e fase Retrospectiva (analisa o que ocorreu na DE). O estudo foi desenvolvido no município de Santa Bárbara D ́Oeste. Os sujeitos foram selecionados intencionalmente (n=168), considerando, como critério de inclusão, somente a série inicial dessa modalidade de ensino, para que pudessem replicar essa vivência em outros contextos da cultura corporal de movimento, nos anos seguintes à sua formação. Como instrumento de pesquisa foi utilizado questionário para coleta dos dados a partir da Técnica de Evocação Livre de Palavras (TALP). A análise dos resultados foi baseada na análise de matrizes tendo como suporte o software IRaMuTeQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires). Após inserção dos dados brutos foi possível viabilizar a contagem de frequência, cálculo de Qui-quadrado (κ2), análise de similitude e análise prototípica. Na análise prototípica, o software criou um diagrama de quatro casas para representar a centralidade, bem como as suas periferias. A saliência observada, a partir dos achados, revelou a centralidade do esporte escolar como definidora dos sentidos percebidos pelos alunos após vivenciarem o evento esportivo, a qual nomeamos como os princípios básicos da Prática Pedagógica do Esporte Escolar (Hipótese da condicionalidade) quando a intenção for explorar os conhecimentos atitudinais, quais sejam: o Princípio da Organização; o Princípio da Responsabilidade; o Princípio da União, assim como o Princípio do Respeito. Com efeito, eles guiarão as atitudes dos alunos, portanto, sendo o laço organizador dos significados desprendidos dos participantes, quer sejam de forma direta (jogadores e organizadores), que sejam de forma indireta (espectadores do evento). À guisa de produto, pretende-se apresentar um material técnico-tecnológico na forma de um Guia Didático. A intenção é apresentar as diretrizes de como se deve organizar um evento esportivo escolar que possa desenvolver conteúdos atitudinais, com foco na cooperação.
Palavras-Chave Representações Sociais, Formação de Professores, Sequência Didática, Educação Física, Conteúdo Atitudinal.
Ano 2023
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Autor(a) Michele Matos de Souza
Orientador(a) Profa. Dra. Marta Regina Paulo da Silva
Título A PRODUÇÃO DAS CULTURAS INFANTIS EM CONTEXTOS BRINCANTES NO RETORNO PRESENCIAL À CRECHE
Resumo A presente pesquisa debruçou-se sobre a seguinte questão: como crianças de 3 a 4 anos produzem suas culturas, sob em contextos brincantes, no retorno presencial à creche? O estudo teve como objetivo compreender as produções culturais infantis em situações de brincadeiras no retorno presencial à creche no município de Santo André, estado de São Paulo. Como referencial teórico foram adotados os estudos da Sociologia da Infância e da Pedagogia da Infância. Trata-se de uma pesquisa de inspiração etnográfica, tendo como sujeitos do estudo crianças entre 3 e 4 anos de uma creche municipal. Os instrumentos para a produção de dados foram: a observação participante, registros escritos em diário de campo, gravações audiovisuais, fotografias, entrevistas com a professora e com a agente de desenvolvimento infantil da turma, bem como a leitura e interpretação do Projeto Político Pedagógico da instituição pesquisada e da proposta curricular municipal, permitindo, assim, o cruzamento de informações. Para a análise dos dados, inspirou-se no método de Análise de Conteúdo, proposto por Laurence Bardin. Os resultados da pesquisa revelam que, apesar de imersas no contexto pandêmico, a temática da Covid-19 não se constituiu como uma preocupação das crianças durante suas brincadeiras no retorno presencial à creche, sendo as relações familiares e os elementos das mídias/literatura infantil os temas que emergiram com mais frequência. Contudo, isso não significou que as crianças estivessem alheias aos acontecimentos e que estes não tenham impactado suas vidas, haja vista que, no retorno presencial, em 2021, segundo as educadoras entrevistadas, as crianças tiveram que reaprender a conviver com a diversidade e a brincar. A análise dos dados reitera a potência das crianças em se apropriarem e inserirem novos elementos nas informações advindas da cultura, por meio de um processo coletivo de reelaboração com seus pares. As relações entre elas foram marcadas por demonstrações de afeto e gentilezas, mas também por negociações e conflitos que logo se resolviam, dando lugar às brincadeiras. A partir dos resultados da pesquisa, pretende-se elaborar um produto educacional, por meio de um E-book, com narrativas que proporcionem visibilidade às produções culturais infantis em situações de brincadeira.
Palavras-Chave culturas infantis; brincadeira; creche; pandemia; práticas pedagógicas.
Ano 2023
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Autor(a) Neliane de Fátima Ferreira
Orientador(a) Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa Renders
Título O PAPEL FORMADOR DO PROFESSOR ITINERANTE NO CONTEXTO DA ESCOLA INCLUSIVA
Resumo O presente trabalho tematiza os desafios e avanços enfrentados pelos professores itinerantes para a promoção da educação inclusiva. Buscou-se, por meio deste estudo, responder à seguinte pergunta investigativa: Quais os desafios e avanços que os professores itinerantes enfrentam ao promover formação docente para a educação inclusiva? Assim, o objetivo geral foi investigar, em interface com o desenho universal para a aprendizagem (DUA), qual a contribuição da formação oferecida pelos professores itinerantes ao desenvolvimento profissional docente na perspectiva da educação inclusiva. Quanto aos objetivos específicos, delimitaram-se: 1. Caracterizar como tem se dado o serviço de itinerância na rede de ensino pesquisada; 2. Promover a reflexão, com os/as professores/as itinerantes e os professores/as regentes, sobre como a prática de ensino tem contribuído para a inclusão escolar; 3. Construir, com os/as professores/as, um produto educacional baseado no DUA, que apoie a prática de ensino inclusiva. Metodologicamente, a pesquisa classifica-se como qualitativa e aplicada, valendo-se da pesquisa narrativa com vistas a destacar os relatos dos docentes acerca de sua experiência educativa. Após um questionário de sondagem, foram escolhidos, como participantes, seis professores itinerantes que atuam em escolas públicas do município pesquisado. Em uma roda de conversa, na qual foi possível refletir sobre as suas experiências educativas, os educadores redigiram uma carta pedagógica, direcionada a uma professora iniciante, discorrendo sobre seu trabalho e a relevância dele para a construção da escola na perspectiva inclusiva. Como fundamentação teórica, partiu-se dos princípios da educação inclusiva, desenho universal para aprendizagem e reflexões acerca da profissionalidade dos professores itinerantes, a partir de publicações de autores renomados como Maria Teresa Eglér Mantoan, Elizabete Cristina Costa Renders e Sandra Maria Gomes Scaravelli. Os resultados apontaram para a necessidade de investimentos em políticas públicas no sentido da valorização dos professores itinerantes e da qualificação dos serviços prestados no processo de inclusão escolar. Apesar dos avanços significativos na profissionalidade e na atuação docente, ainda há desafios importantes nesse campo, tais como :a necessidade de estabelecer critérios mais claros quanto à contratação de profissionais para atendimento mais qualificado e ao desafio burocrático da atuação docente. Por fim, desenvolveu-se, como produto educacional, um material instrucional para professores itinerantes que atuam na educação especial na perspectiva inclusiva, intitulado ”Estratégias para práticas inclusivas na docência itinerante”.
Palavras-Chave inclusão escolar; formação docente; atendimento educacional especializado; professor Itinerante; desenho universal para aprendizagem.
Ano 2023
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Autor(a) Paula Gabriele Brasil de Lucca
Orientador(a) Profa. Dra. Ana Sílvia Moço Aparício
Título A LEITURA DE TEXTOS MULTIMODAIS E MULTISSEMIÓTICOS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: CONTRIBUIÇÕES DA PEDAGOGIA DOS MULTILETRAMENTOS
Resumo Desde 2020 vivemos um momento de muita reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem devido à pandemia do Covid-19. Com as escolas fechadas por mais de um ano, os professores tiveram de buscar novas alternativas, recursos e estratégias para planejarem suas aulas e se aproximarem da aprendizagem dos seus alunos. Um dos desafios encontrados, no processo de ensino e aprendizagem das crianças dos anos iniciais do ensino fundamental, foi a utilização de recursos digitais distanciando- se do uso dos livros didáticos e alternando conteúdos abordados não somente com textos escritos impressos, mas também com textos multissemióticos e multimidiáticos, veiculados por outros recursos, como áudios, fotos, vídeos, disponibilizados nas redes sociais e outros ambientes da Web. Refletindo sobre esse novo contexto e considerando que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), desde sua publicação em 2017, já defendia a perspectiva dos multiletramentos com o uso de múltiplas linguagens no processo de ensino e aprendizagem, reconhecemos a importância de (re)discutir as práticas de leitura na escola, uma vez que a leitura está presente em todo o processo de construção de novos saberes e, além disso, é um conteúdo de ensino que desencadeia a aprendizagem dos demais conteúdos, nas diferentes áreas de conhecimento, seja matemática, história, geografia, arte, etc. Tendo isso em vista, nesta pesquisa buscamos identificar contribuições da pedagogia dos multiletramentos para o ensino e aprendizagem da leitura de textos multimodais e multissemióticos nos anos iniciais do ensino fundamental. A fundamentação teórica da pesquisa está pautada em estudos, desenvolvidos principalmente por Roxane Rojo e seus colaboradores, sobre a leitura e os multiletramentos; como também nas contribuições dos pesquisadores do Grupo de Didática das Línguas de Genebra, principalmente Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly, sobre o dispositivo sequência didática de gênero textual. Trata-se de uma pesquisa colaborativa intervencionista, em que construímos uma parceria com uma colega professora e, colaborativamente, desenvolvemos uma sequência didática em sala de aula com o gênero “meme”, em uma turma de 4o. ano de uma escola pública municipal da região do Grande ABC paulista. Os resultados da pesquisa mostraram que o trabalho colaborativo realizado por meio da sequência didática, tendo por referência a perspectiva da pedagogia dos multiletramentos, com foco na leitura e produção de um texto multimodal (meme), proporcionou aos alunos, e também às professoras (esta pesquisadora e a professora colaboradora), uma aprendizagem envolvendo diferentes linguagens. O trabalho com o gênero meme envolveu as crianças, despertou a criatividade, a motivação e o interesse delas, em um contexto de ensino e aprendizagem que consideramos inovador. Após este trabalho, entendemos que não é mais possível, na escola, lidar somente com a linguagem escrita. Como produto final da pesquisa elaboramos um protótipo de ensino tendo por referência a sequência didática desenvolvida com o gênero meme. Com esse protótipo pretendemos contribuir com o trabalho do professor no ensino da leitura de gêneros multimodais e multissemióticos na perspectiva dos multiletramentos.
Palavras-Chave leitura; anos iniciais; pedagogia dos multiletramentos; gêneros multimodais e multissemióticos; trabalho colaborativo.
Ano 2023
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Autor(a) Paulo Roberto Rego dos Santos
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título AVALIAÇÃO DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR: EM DESTAQUE AS CRECHES DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Resumo O Município de São Paulo, devido sua extensa área territorial e população, enfrentou a questão da falta de vagas para as crianças nas creches. O aumento da demanda por matrículas na primeira infância, e a legislação que abrange a educação infantil, levaram a Secretaria Municipal de Educação (SME) a tomar a decisão de estabelecer convênios com ONGs e criar parceiras para a instalação e manutenção de creches, ao invés de investir na criação desses espaços, de forma que hoje no município de São Paulo existem creches diretas, indiretas e conveniadas. Este estudo teve como objetivo avaliar a infraestrutura física das creches da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo a partir de critérios próprios elaborados. Para tal, utilizou-se a abordagem qualitativa exploratória a partir da análise de quadros de tabelas, incluindo algumas técnicas estatísticas. Os resultados revelaram que a maior quantidade de convênios com ONGs, parcerias realizadas pela secretaria de educação, 88% das creches do município, abrangendo 82% dos bebês matriculados, está localizada na iniciativa privada. Nesse contexto, a rede direta possuía uma maior proporção de creches que foram classificadas nas categorias adequada e avançada, enquanto a rede conveniada esteve mais centralizada nas categorias adequada e básica. Isso pode ser justificado, uma vez que a infraestrutura da rede direta foi projetada mas não é aceitável, pois as crianças são atendidas de maneiras diferentes, configurando um processo de discriminação. Esse modelo de gerenciamento das crianças, adotado pela SME com base na privatização, não garante a equidade nas condições de atendimento entre as redes. Além disso, essa privatização da educação municipal pode gerar maior competição entre as instituições que ofertam vagas para a educação infantil, maior desigualdade no acesso, variação na qualidade de atendimento às crianças, foco nos resultados financeiros. Esse modelo pode também fragilizar o sistema público e reduzir seu controle. Esperamos que com este estudo a avaliação da infraestrutura escolar ganhe maior corpo entre os temas nas pesquisas brasileiras, possibilitando mais robustez e discussão dentro das universidades, tanto na formação inicial como continuada. Para contribuir neste debate, elaboramos o produto desta pesquisa, qual seja: “Orientações para a Montagem de Creches: Infraestrutura Física das creches”.
Palavras-Chave avaliação; gestão; creche; educação infantil; infraestrutura; convênios; qualidade.
Ano 2023
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Autor(a) Priscila de Castro Garcia
Orientador(a) Prof.ª Dra. Maria do Carmo Romeiro
Título PROFISSIONALIZAÇÃO DO GESTOR ESCOLAR: UM ESTUDO SOBRE CONTEÚDOS E PROCEDIMENTOS DA FORMAÇÃO EMPREENDEDORA
Resumo A gestão escolar é um tema latente na educação brasileira, sendo um objeto de estudo para diversos autores. Atendo-se a essa questão, a gestão dos centros educacionais torna-se ponto fulcral para discutir a qualidade da educação e pensar no reverso do fracasso, orientando práticas para a solidificação de elementos produtores direta ou indiretamente do sucesso escolar dos estudantes. Portanto, evidencia-se que o profissional da gestão escolar necessitaria estar imbuído de características, para além da formação de base (a pedagogia), que o auxiliarão na tomada de decisões assertivas sobre o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes. Evidenciando o problema dessa pesquisa: com quais conteúdos e procedimentos formar gestores em empreendedorismo educacional? O objetivo geral do trabalho é buscar atributos da gestão da unidade escolar empreendedora. O objetivo específico é evidenciar a descrição das atividades, responsabilidades e necessidades do processo, segundo uma perspectiva da gestão escolar empreendedora. Através disso, observar características/competências que operacionalizam o perfil de gestor escolar empreendedor. Desse modo, demonstrar lacunas pessoais e profissionais do gestor que suscitem a necessidade de formação diante das exigências do perfil de gestor empreendedor. Então, evidenciar lacunas profissionais que suscitem a necessidade de formação do gestor diante das exigências da gestão escolar empreendedora. A escolha do tema perpassa por vivências da autora em escolas públicas e particulares, fruto de atividades profissionais desenvolvidas nos últimos 20 anos. Os procedimentos metodológicos desse estudo foram pautados na perspectiva qualitativa levando em consideração a natureza do problema de pesquisa, bem como o seu desdobramento operacionalizado por meio dos objetivos específicos. Conclui-se que o produto dessa pesquisa visa elaborar, um programa de formação de gestor educacional empreendedor, contemplando conteúdo programático, carga horária, estratégias e técnicas para formação e instrumentos de avaliação do processo formativo, segundo uma perspectiva da gestão escolar empreendedora.
Palavras-Chave formação empreendedora; gestão escolar; profissionalização do gestor; empreendedorismo educacional; avaliação.
Ano 2023
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Autor(a) Regina Izabel D’ Andrea Coutinho
Orientador(a) Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa Renders
Título O DESAFIO DO ENSINO COLABORATIVO NA ESCOLA INCLUSIVA
Resumo Esta pesquisa coloca em questão os desafios da inclusão escolar, especialmente, considerando as demandas dos profissionais da educação envolvidos com a inclusão nas salas regulares. Os profissionais especializados, que trabalham nas salas de recursos multifuncionais, também enfrentam o desafio de ter seu trabalho reconhecido, o que facilitaria a parceria com a família e com o professor regente. Os professores regentes e os professores especialistas, enfrentam o desafio de qualificar seu trabalho junto aos alunos elegíveis à educação especial, surgindo assim uma nova perspectiva de trabalho colaborativo. De acordo com Miranda (2017), se partimos do princípio da escola para todos, a sala de recursos multifuncionais é um espaço de contribuição e fortalecimento para a inclusão escolar. Como descreve Marquezine (2012), ao aluno será garantido o direito ao apoio especializado, a fim de completar seu aprendizado em período diverso daquele em que frequenta na classe regular. A partir destas novas demandas no processo de ensino aprendizagem advindas do paradigma da educação inclusiva, emerge nossa pergunta de pesquisa: quais as contribuições do ensino colaborativo para a inclusão escolar? O objetivo geral desta investigação é o de identificar e problematizar como tem se dado o ensino colaborativo entre professores especialistas e professores regentes no processo de inclusão escolar. Desta forma, os objetivos específicos são: 1. Identificar se, e como ocorre a parceria do professor especialista e o professor regente no processo de inclusão dos alunos elegíveis à educação especial na escola; 2. Promover, juntamente com os/as professores/as, a reflexão sobre quais fatores atrapalham e quais fatores facilitam o ensino colaborativo na escola;3. Desenvolver, num processo colaborativo, um produto educacional que difunda a proposta do ensino colaborativo na rede de ensino. Esta foi uma pesquisa narrativa, cujo instrumento para a recolha do material documentário foi a escrita de cartas pedagógicas. Com este instrumento em mãos, em rodas de conversa, interpretaremos as mensagens explícitas e implícitas escritas nas cartas dos professores. A questão disparadora que alavancou a escrita destas cartas foi como estes profissionais analisam as efetivas contribuições da prática colaborativa entre o professor da sala de recursos multifuncionais e os professores das salas regulares, vivenciado um único espaço no compartilhamento de saberes. Os participantes da pesquisa foram professores concursados da Rede Municipal de Santo André, sendo quatro professoras generalistas e duas professoras especialistas. Os resultados apontaram que ensino colaborativo em sua verdadeira concepção ainda não ocorre na unidade escolar pesquisada. No entanto, foi possível constatar que existem diversas ações colaborativas que permeiam o trabalho do professor da sala regular e dos professores especialistas, como a troca de materiais e de informações sobre o desenvolvimento dos estudantes. Contudo, é necessário proporcionar aos profissionais tempo e espaço para estas interações. O produto decorrente deste trabalho é um caderno de formação, o qual poderá apoiar a formação dos profissionais da educação sobre o ensino colaborativo.
Palavras-Chave inclusão escolar; formação docente; ação colaborativa; sala de recursos multifuncionais; ensino colaborativo.
Ano 2023
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Autor(a) Renata Cristina dos Santos
Orientador(a) Profa. Dra. Sanny Silva da Rosa
Título DESIGUALDADES EDUCACIONAIS NO RETORNO À ESCOLA: UM ESTUDO SOBRE OS CONSELHOS DE CICLO NA REDE MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ (SP)
Resumo O fechamento das escolas, em 2020 e 2021, em decorrência da pandemia de covid- 19, desorganizou os sistemas de ensino, incidiu sobre o planejamento curricular e sobre o aproveitamento escolar dos estudantes, aprofundando as desigualdades educacionais do país. As consequências desse período foram sentidas, de forma mais concreta, no retorno às atividades presenciais no ano de 2022. Como objetivo geral, esta pesquisa se propôs a examinar a percepção das equipes gestoras das escolas da rede municipal de Santo André (SP) sobre a organização e o funcionamento dos conselhos de ciclo no cenário pós-pandêmico. Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem mista, que combinou dados documentais, obtidos em levantamento das normativas da Secretaria de Educação de Santo André entre 2020 e 2022, e dados empíricos, coletados por meio de um questionário estruturado aplicado a diretores, vice-diretores, assistentes pedagógicos e professores assessores de educação inclusiva, que integram as equipes gestoras das Escolas Municipais de Educação Infantil e de Ensino Fundamental (EMEIEF) dessa rede de ensino. O estudo fundamentou-se em contribuições teóricas de autores que analisam a finalidade, a organização e o funcionamento dos conselhos de classe/ciclo na perspectiva da gestão democrática do ensino público. Os resultados obtidos apontam a existência de tensões e contradições entre as iniciativas da Secretaria de Educação e o posicionamento dos gestores, no que diz respeito às avaliações diagnósticas realizadas durante a pandemia e ao retorno às atividades presenciais, que incidiram sobre as decisões e os encaminhamentos dos conselhos de ciclo. Os dados da pesquisa também permitem inferir que parcela significativa das equipes escolares compreende a importância desse espaço colegiado para repensar a finalidade das avaliações e a reorganização das estratégias pedagógicas, a fim de reduzir as desigualdades educacionais no contexto pós-pandêmico. Como produto desta pesquisa, propõe-se a elaboração de um conjunto de diretrizes que auxilie as escolas da rede a fortalecer esse órgão colegiado como espaço de reflexão e tomadas de decisão, com vistas a garantir o direito de aprendizagem de todos, tendo, como horizonte, uma sociedade mais justa e democrática.
Palavras-Chave conselhos de classe/ciclo; gestão democrática; desigualdades educacionais; pós-pandemia; rede municipal de Santo André.
Ano 2023
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Autor(a) Roberta José da Silva
Orientador(a) Prof. Dr. Ivo Ribeiro de Sá
Título A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E A LUDICIDADE NA REDE MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ
Resumo A presença de práticas lúdicas nos processos de ensino e aprendizagem têm se apresentado como importante recurso para estimular o interesse e participação dos estudantes. Atividades lúdicas dão oportunidade para que as crianças se expressem e se desenvolvam integralmente, é uma importante ferramenta no processo de aprendizagem, podendo torná-la prazerosa e significativa. Para que o docente a contemple em sua prática pedagógica, é necessário ampliar seus conhecimentos acerca das contribuições e possibilidades das atividades lúdicas. Esta dissertação tem como problema de pesquisa investigar quais as relações que os professores do primeiro ano do Ensino Fundamental estabelecem entre a ludicidade e o processo de alfabetização. O seu objetivo é identificar e compreender as relações que o professor estabelece entre sua ação pedagógica e a ludicidade no processo de alfabetização das crianças do primeiro ano do Ensino Fundamental. Desse modo, pretende-se identificar sua concepção sobre alfabetização e sobre ludicidade, além de como pensam sua prática. Para tal primeiramente buscamos conhecer a trajetória política para alfabetização à partir da Constituição brasileira de 1988, o que inclui o estudo dos Planos Nacional e Municipal, BNCC e o Documento Curricular Municipal da cidade de Santo André. Também nos debruçamos sobre as concepções, métodos e estratégias relacionadas à alfabetização, incluindo a ludicidade neste percurso da pesquisa. A metodologia baseia-se em uma abordagem qualitativa exploratória e, com base em entrevistas com professores do primeiro ano do Ensino Fundamental, categorizados e analisados na perspectiva da análise automatizada de conteúdo, utilizando-se o software Iramuteq. O referencial teórico dialoga com os estudos e pesquisas na área da ludicidade, da alfabetização, do letramento, dos multiletramentos e da formação docente. A análise dos dados revelou que os entrevistados validam a importância da ludicidade e o quanto as crianças se aproximam e se interessam pelo conteúdo compartilhado na perspectiva lúdica, porém os educadores têm dificuldade em inseri-la em sua rotina pedagógica. Nesse sentido, diferentes justificativas foram apresentadas, a fragilidade na formação inicial, o pouco investimento em cursos de formação continuada, os equívocos na compreensão da ludicidade e as possibilidades de inseri-la no processo de alfabetização. Diante disso, com vistas a atenuar as dificuldades conceituais e ampliar o olhar dos docentes para a ludicidade nos fazeres pedagógicos, foram propostas, como produto educacional, diretrizes para a elaboração de uma formação destinada a educadores que atuam no primeiro ano do Ensino Fundamental, buscando qualificar os processos educacionais e a formação continuada dos professores alfabetizadores.
Palavras-Chave alfabetização e letramento; multiletramentos; prática pedagógica; ludicidade; formação docente.
Ano 2023
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Autor(a) Rodrigo Gomes Abreu
Orientador(a) Prof.a Dr.a Sanny Rosa da Silva
Título O POSICIONAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENSINO FRENTE ÀS PAUTAS CONSERVADORAS NA EDUCAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES DE UM ESTUDO NA REGIÃO DO GRANDE ABC PAULISTA
Resumo O presente estudo disserta e visa fazer uma análise exploratória sobre o posicionamento dos profissionais da educação na região do ABC Paulista e os impactos das pautas conservadoras na educação, expressas por políticos e grupos conservadores. O problema da pesquisa refere-se em como esses profissionais dessa região percebem essa ascensão dessas pautas e de como eles se posicionam diante delas. Como objetivo geral, a pesquisa foi a análise de que modo as pautas conservadoras de educação se refletem no posicionamento e na compreensão dos profissionais de ensino que atuam nas redes municipais da Região do ABC Paulista, além de uma revisão narrativa de literatura no período entre 2015 a 2022. Os procedimentos metodológicos possibilitaram a realização de uma pesquisa no portal de periódico da CAPES, colocando como parâmetro o período acima supracitado, a utilização das seguintes palavras-chave: “políticas e gestão”; “educação e neoconservadorismo”; “educação e neoliberalismo”; “políticas públicas”; “neoliberalismo”. Além disso, foi feito um questionário do tipo Likert com dez questões sobre homeschooling, militarização, vigilância dos pais sobre o professores e liberdade docente. Para subsidiar a interpretação dos resultados, foi utilizado um escopo teórico de estudiosos brasileiros e estrangeiros acerca das pautas neoconservadoras e neoliberais na educação brasileira. Logo, os resultados mensurados foram que uma maioria dos profissionais da área conhece essas pautas e, de forma geral, possui discordância sobre algumas delas, visto que podem incorrer em um ambiente mais vigiado e restrito à liberdade docente. Nas considerações finais dispõem-se de que os docentes reconhecem que essas pautas neoconservadoras que adentram ao ambiente de ensino e também, de certa maneira, alteram o clima escolar, interferem em sua liberdade docente, na produção de conhecimentos e possibilidades da sua práxis, com possíveis criações de legislações que afastam o aluno do ambiente institucionalizado da escola. Como produto desta pesquisa propõe- se um acervo bibliográfico com os materiais escritos e vídeos acerca da temática, disponibilizado em um site próprio, de livre acesso a estudantes e pesquisadores.
Palavras-Chave política e gestão; educação e neoconservadorismo; educação e neoliberalismo; políticas públicas; escola sem partido.
Ano 2023
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Autor(a) SHEILA SIMÕES BONFIM
Orientador(a) Profa. Dra. Maria de Fátima Ramos de Andrade
Título EXPRESSÕES ALGÉBRICAS E A NOÇÃO DE FUNÇÃO NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: A CONSTRUÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Resumo A educação, ao longo das últimas décadas, passa por profundas mudanças tendo em vista as novas demandas curriculares, o uso de novas tecnologias, o perfil dos profissionais, dentre outros aspectos. Por isso, a matemática não pode estar alheia ao contexto social e cultural dos estudantes. As avaliações de larga escala têm apontado, entre muitos aspectos, dificuldades na realização de atividades que envolvam o pensamento algébrico. O presente estudo teve como objetivo geral investigar quais as contribuições da Teoria das Situações Didáticas de Guy Brousseau para o ensino da Álgebra. Estabelecemos como objetivos específicos: (1) Conhecer e descrever concepções que os estudantes têm a respeito do pensamento algébrico; (2) Identificar e analisar estratégias para o ensino de expressões algébricas e a noção de função que propiciem o desenvolvimento do pensamento algébrico; (3) Elaborar e aplicar uma sequência didática que contribua com o trabalho pedagógico dos professores, com foco nos processos de ensino e de aprendizagem das expressões algébricas e da noção de função. Para a realização do estudo, optou-se pela abordagem da pesquisa qualitativa do tipo aplicada de cunho intervencionista. Inicialmente, foi realizado um levantamento de pesquisas na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, do Instituto Brasileiro em Ciência e Tecnologia. Na sequência buscou-se compreender como a álgebra é tratada nos documentos oficiais, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, a Base Nacional Comum Curricular e o Currículo da Cidade de São Paulo. Por último, desenvolvemos e aplicamos uma sequência didática pautada na Teoria das Situações didáticas de G. Brousseau, com a concepção de sequência didática de Dolz e Schneuwly, para tratar de ensino e aprendizagem de expressões algébricas e a noção de função. Os dados gerados foram analisados tendo como referencial teórico os estudos que tratam do ensino da Matemática feitos por Márcia Aguiar, Carmen Sessa, Kátia Gil, entre outros. Constatamos, com a realização da pesquisa, que o trabalho com sequências didáticas, pautadas na Teoria das Situações Didáticas, é uma prática pedagógica que pode contribuir para o planejamento do professor e para a aprendizagem dos alunos. Com os resultados, temos como proposta de produto a escrita de um material de apoio, no formato de e-book, para apresentar os objetos de ensino expressões algébricas e a noção de função nos anos finais do Ensino Fundamental.
Palavras-Chave ensino da álgebra; formação docente; sequência didática; teoria das situações didática; ensino fundamental.
Ano 2023
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Autor(a) Sônia Maria Marchiori De Oliveira
Orientador(a) Prof.a Dr.a Sanny Silva da Rosa
Título DESIGUALDADES EDUCACIONAIS E GESTÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA NO CONTEXTO PÓS-PANDÊMICO: UM ESTUDO NA REDE MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ
Resumo As desigualdades da população brasileira foram expostas de forma inequívoca e se aprofundaram durante a pandemia de Covid-19. O afastamento das crianças das escolas, em decorrência do prolongado período de isolamento social, ampliou ainda mais as desigualdades educacionais, sobretudo, nos sistemas públicos de ensino, acarretando grandes e novos desafios aos profissionais de educação durante e após o período pandêmico. Esta pesquisa teve o propósito de problematizar essas questões na rede municipal do município de Santo André, localizado na região do ABC Paulista na perspectiva dos atores que atuam na gestão pedagógica das escolas. Como aportes teóricos, o estudo fundamentou-se em contribuições do campo das políticas públicas e da gestão educacional, explorando, particularmente, os conceitos de direito à educação, gestão democrática e as atribuições do coordenador pedagógico. Metodologicamente, trata-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, que articulou dados obtidos em fontes documentais e empíricas, com o objetivo de analisar as estratégias propostas pela Secretaria de Educação do município de Santo André e as ações efetivamente implementadas nas escolas com vistas ao enfrentamento das desigualdades educacionais no contexto pós-pandêmico. Para tanto, realizou-se uma roda de conversa com quatro assistentes pedagógicas que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental em escolas localizadas em regiões de grandes contrastes socioeconômicos. Os dados obtidos permitiram identificar a existência de tensões e contradições entre as iniciativas e orientações dos órgãos centrais do sistema de ensino e as condições objetivas dos atores escolares e das famílias de atenderem as reais necessidades dos alunos no que diz respeito ao acolhimento, ao direito de aprender e de ter acesso a uma educação de qualidade. Ademais, os resultados indicam que os efeitos do período pandêmico tendem a perdurar por muito tempo ainda, o que exigirá dos gestores pedagógicos uma grande capacidade de administrar as demandas externas à escola e as prioridades identificadas pelas equipes escolares no retorno às atividades presenciais. Como produto desta pesquisa, e por demanda dos próprios atores participantes do estudo, propõe-se a construção de um acervo documental, registrado em formato de podcast, com depoimentos e análises sobre os efeitos e desafios do período pandêmico e pós- pandêmico na educação brasileira e, particularmente, na rede municipal estudada.
Palavras-Chave políticas públicas educacionais; desigualdades educacionais gestão pedagógica; contexto pós-pandemia; Santo André/SP.
Ano 2023
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Autor(a) Vanessa Figueiredo Bonfante
Orientador(a) Prof.a Dra. Marta Regina Paulo da Silva
Título FORMAÇÃO DOCENTE: UMA TRAVESSIA POSSÍVEL E POTENTE NA EFETIVAÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NA CRECHE
Resumo O presente estudo teve, como objetivo geral, identificar e analisar o que docentes e gestoras consideram como pressupostos para um trabalho formativo que intente efetivar práticas antirracistas desde a creche. Partindo de tal premissa, definiram-se, como objetivos específicos: identificar a compreensão do grupo em relação à educação para e nas relações étnico-raciais; identificar a compreensão sobre educação antirracista; verificar quais ações antirracistas já acontecem na creche; identificar quais fatores interferem na efetivação de práticas antirracistas ou a favorecem; levantar os aspectos que as docentes e gestoras compreendem como fundamentais para um trabalho formativo que tenha, como perspectiva, uma educação antirracista; construir, a partir dos resultados do estudo, como produto educacional, um documento com preceitos e sugestões para formação docente visando à efetivação de práticas antirracistas na creche. A pesquisa classifica-se como qualitativa, de cunho exploratório, cujos procedimentos metodológicos foram: entrevista com docentes, gestoras e auxiliar de desenvolvimento infantil; e observação dos espaços e materialidades em relação à organização, representatividade e diversidade. Para a análise de dados, tomou-se, como base, a análise de conteúdo. O referencial teórico pautou-se nas legislações e documentos que regulamentam o trabalho na Educação Infantil e que orientam uma educação antirracista, além de estudos sociais da infância e nas pedagogias decoloniais. Os resultados revelam que apesar de vinte anos da lei 10.639/03, a compreensão sobre as relações étnico-raciais e as práticas pedagógicas antirracistas, sobretudo com bebês e crianças bem pequenas, ainda é superficial. Demonstram ainda a ausência de uma formação contínua que possa contribuir para a construção de conhecimento sobre a temática e, consequentemente, oportunizar ações antirracistas no cotidiano das creches, a fim de que sejam discutidas e organizadas com propriedade e de maneira mais sistemática. Diante disso, o produto educacional proposto é um Plano Formativo, cuja premissa é contribuir para o processo de formação de docentes e gestoras, com vistas a repertoriá-los com relação às possibilidades de trabalho com essa temática nas creches. Ademais, pretende-se junto às políticas públicas, reafirmar a urgência da efetivação de uma educação antirracista, pois não se pode admitir que crianças negras continuem sendo negligenciadas, já que o tempo das infâncias não espera; ele é o agora.
Palavras-Chave creche; infâncias negras; racismo; formação docente; práticas antirracistas.
Ano 2023
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Autor(a) VERONICA LUZIA DA SILVA
Orientador(a) Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia
Título PANDEMIA E EDUCAÇÃO INFANTIL: EM TELA A ATUAÇÃO DE FAMÍLIAS PARA O ATENDIMENTO DAS ORIENTAÇÕES DAS CRECHES
Resumo O contexto pandêmico iniciado no Brasil em 2020 trouxe inúmeras mudancas para as organizações escolares, que tiveram de fechar seus espaços por algum tempo. Diante desse cenário, difícil para os profissionais que trabalhavam nas instituições e para os familiares, o objetivo desta pesquisa foi analisar a atuação das famílias de diferentes níveis de vulnerabilidade socioeconômica, atuaram com as crianças no período de pandemia para atender às orientações promovidas pelas creches municipais de Santo André Para a sua consecução, utilizou-se uma abordagem qualitativa, com base na teoria fundamentada, a fim de coletar e analisar os dados. O estudo contou com três fases: na primeira, ocorreu a revisão da literarura especializada; na segunda, analisaram-se alguns documentos, quais sejam, os projetos político-pedagógicos das instituições e as fichas de caracterização, preenchidas pelas famílias que residiam em regiões de maior ou menor vulnerabilidade socioeconômica do município; na terceira, realizaram-se entrevistas com as famílias de diferentes classes sociais, que vivenciaram a oferta de atendimento remoto. Os resultados mostraram que as quatro famílias de maior vulnerabilidade indicaram dificuldades para o acompanhamento das orientações das instituições. Nesse sentido, os motivos foram variados: incompatibilidade de horários de trabalho; grande demanda de organização doméstica; tempo de cuidados essenciais à criança; dificuldades pela rotina de estudo; falta de equipamentos eletrônicos, como o celular e o computador; ausência de espaços propícios para o desenvolvimento de algumas propostas; falta de materiais domésticos (papéis de texturas diferentes ou coloridos, e até mesmo tintas). Desses dados, depreende-se pouca ou nenhuma atuação das famílias mais vulneráveis em relação às orientações das creches. No período em questão, essa situação explicitou que as crianças mais pobres não tiveram seus direitos garantidos, ao contrário daquelas de origem mais abastada. Assim, as diferenças estruturais das famílias mostraram que os atendimentos às infâncias foram distintos e impactaram diretamente o desenvolvimento das crianças, com possíveis influências futuras desfavoráveis para elas e para a sociedade. Cabe ressaltar que as instituições, ao padronizarem o atendimento, ainda que não intencionalmente, deixaram de oportunizar a efetiva atuação das famílias de maior vulnerabilidade, fato contrário aos direitos das crianças mais pobres e a seu desenvolvimento. Tal padronização revelou como as unidades, por não prestarem atenção às diferenças sociais, transformaram- nas em diferenças escolares. Em suma, a pesquisa A pesquisa desvelou que a condição socioeconômica foi um dos fatores relevantes para garantir o direito à educação, diante de evidências como: a dificuldade de acesso a espaços, materiais e aparelhos necessários para o acompanhamento das orientações das creches; a terceirização de cuidados essenciais das crianças a pessoas de fora da ambiente familiar; a exposição ao vírus, entre outras necessidades de apoio psicológico ao qual as famílias mais vulneráveis não tiveram acesso. Todos esses elementos apresentados comporão um e-book, o produto deste trabalho, que ficará à disposição daqueles que estudam o tema. Por fim, espera-se ter contribuído para o debate na área.
Palavras-Chave pandemia; educação infantil; creche; desigualdade social; atendimento remoto.
Ano 2023
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Autor(a) Viviane da Rocha Elias
Orientador(a) Profa. Dra. Ana Sílvia Moço Aparício
Título CONSTRUÇÃO COLABORATIVA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA: UMA ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE
Resumo A pesquisa investigou as contribuições da parceria entre o professor coordenador e os professores iniciantes, na construção de sequências didáticas, para o desenvolvimento profissional do professor iniciante. A fundamentação teórica está apoiada, principalmente, nos estudos de Lee Shulman sobre a aprendizagem da docência e de Carlos Marcelo Garcia, sobre a indução docente e o professor iniciante; como também nas contribuições dos pesquisadores do Grupo de Didática das Línguas de Genebra, especialmente, Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly, sobre o dispositivo sequência didática de gênero textual. Trata-se de pesquisa colaborativa intervencionista, em que construímos uma parceria com um professor e uma professora, dos anos iniciais, do ensino fundamental e, colaborativamente, desenvolvemos sequências didáticas de gêneros textuais em sala de aula, trabalhando com o gênero “biografia” na turma de 3.o ano, da professora, e com o gênero “carta de reclamação”, na turma de 5.o ano, do professor, ambas as turmas de uma escola pública municipal da região do Grande ABC paulista. A parceria com os dois docentes foi constituída por meio de encontros formativos realizados em duas etapas: na primeira, foram realizados encontros para conhecer o percurso de formação dos docentes, suas experiências, expectativas e desafios no início da docência, como também para leitura e discussão de textos sobre a concepção de sequência didática adotada e o planejamento da situação inicial a ser realizada em sala de aula; os encontros da segunda etapa ocorreram de forma mais personalizada ao longo do desenvolvimento das duas sequências didáticas. O conjunto de dados gerados é composto de videogravações sem áudio dos encontros com os professores; de gravações dos áudios e imagens das aulas; de registros em diário de campo da pesquisadora; e das produções escritas realizadas pelos alunos ao longo das sequências didáticas. Os resultados da pesquisa indicam que a parceria do professor coordenador com os professores iniciantes, na construção da sequência didática, possibilitou a constituição de um espaço de reflexão na/da/sobre a prática, no contexto escolar, contribuindo para a aprendizagem da docência do professor em início de carreira. O trabalho colaborativo, por um lado, estimulou o pensamento crítico sobre o próprio fazer pedagógico, bem como a autoria docente, por meio da reflexão e do desenvolvimento da prática compartilhada, para a superação de desafios em sala de aula, contribuindo, consequentemente, para o desenvolvimento profissional docente dos participantes. Por outro lado, proporcionou a melhora das capacidades de linguagem dos alunos, evidenciadas na produção final das sequências didáticas. Como produto, elaborou-se um protótipo de ensino a partir das referências das sequências didáticas realizadas, por meio do qual pretende-se contribuir para a formação de professores, sobretudo, iniciantes.
Palavras-Chave professor iniciante; sequência didática; aprendizagem da docência; trabalho colaborativo; desenvolvimento profissional docente.
Ano 2023
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