Autor(a) |
Alessandra Cristina Matheus de Paiva Pereira |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Marco Wandercil |
Coorientador(a) |
Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda |
Título |
EFICÁCIA ESCOLAR E VULNERABILIDADE SOCIAL: MAPEANDO
ESCOLAS NO ABC PAULISTA |
Resumo |
No contexto educacional brasileiro, a educação é vista tanto como um reflexo dos
desafios socioeconômicos quanto como uma ferramenta para superá-los. A despeito
dos avanços no acesso e qualidade educacional, questionamentos surgem sobre o
reconhecimento da eficácia escolar evidenciada por meio de dados provenientes de
avaliações em larga escala, sobretudo as do Saeb, divulgadas à sociedade através
dos resultados do Ideb. Evidencia-se que no geral, as avaliações padronizadas,
concentram-se principalmente na dimensão cognitiva da aprendizagem, com ênfase
em leitura e solução de problemas, cujos melhores resultados tendem a ser
alcançados pelos filhos de famílias com maior capital econômico e cultural, enquanto
aqueles provenientes de ambientes familiares marcados pela pobreza e baixa
escolaridade, especialmente materna, apresentam resultados aquém do esperado.
Diante dessas considerações emergiram questionamentos, cuja pesquisa buscou
responder: Com base na interpretação de dados públicos secundários, qual seria a
metodologia para identificar escolas eficazes de uma região? Quais escolas
estaduais, localizadas na Região Metropolitana do Grande ABC Paulista, suplantaram
o contexto de vulnerabilidade, superando as metas estabelecidas pelo Ideb nos
últimos seis ciclos (2011-2021), levando em conta critérios de eficácia e equidade? O
objetivo principal foi desenvolver uma metodologia baseada na análise de dados
secundários para mapear escolas estaduais nesta região que superaram as metas do
Ideb de 2011 a 2021, considerando critérios de eficácia e equidade. Através de
métodos mistos, a dissertação apoiou-se inicialmente em uma revisão bibliográfica,
seguida da coleta e análise de dados secundários sobre indicadores complexos e
contextuais. O estudo, organizado em capítulos expõe, origem e aplicação dos termos
'eficácia' e 'eficiência' no ambiente educacional; traz uma revisão da literatura sobre
pesquisas científicas relacionadas à eficácia escolar, publicadas em português, na
década de 2012 a 2022 e apresenta um mapeamento das escolas eficazes da região
metropolitana do ABC, analisando a influência e relevância de índices contextuais nas
avaliações nacionais. A metodologia empregada identificou 27 escolas estaduais na
Região Metropolitana do Grande ABC que demonstraram eficácia ao longo dos seis
ciclos do Ideb. Como produto final, propôs-se um e-book com ferramentas e
metodologias para o acompanhamento dos dados do Ideb, bem como sua utilização
na elaboração de um planejamento estratégico alinhado às metas de qualidade
educacional, destacando a relevância destes dados, mas rejeitando seu uso para a
prática de ranqueamento. |
Palavras-Chave |
eficácia escolar; indicadores; avaliação em larga escala;
vulnerabilidade; gestão escolar. |
Ano |
2023 |
Material |
Visualizar Material |
|
Autor(a) |
Aline Alves |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Marta Regina Paulo da Silva |
Título |
A FORMAÇÃO CONTINUADA DAS DOCENTES DE UMA ESCOLA
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL NO MUNICÍPIO DE SÃO
PAULO NO CONTEXTO PANDÊMICO (2020-2021) |
Resumo |
No período de isolamento social a formação continuada docente foi de suma
importância, acontecendo com peculiaridades decorrentes daquele momento. Por
isso, a pergunta norteadora da pesquisa centrou-se em saber, como a formação
continuada em serviço subsidiou a prática docente na pré-escola, durante o período
pandêmico 2020-2021, segundo as percepções das docentes? O presente estudo
teve como objetivo compreender como a formação continuada em serviço subsidiou
o fazer docente em uma escola municipal de Educação Infantil, em São Paulo, no
contexto pandêmico (2020-2021), segundo as percepções das professoras. Por
objetivos específicos: 1. identificar como ocorreu a formação em serviço durante o
período pandêmico (2020-2021). 2. analisar, segundo as percepções das
professoras, indicadores de contribuição da formação continuada em serviço para
qualificar o fazer docente durante o período de isolamento social (2020-2021) e pós
pandemia; 3. verificar possíveis avanços e/ou obstáculos ocorridos na formação
continuada durante a pandemia; 4. elaborar um e-book com as narrativas das
docentes com o propósito de dar visibilidade às aprendizagens do professorado que
estiveram à frente das demandas educacionais ocorridas nos anos 2020/2021.Tratou-
se de uma investigação de caráter qualitativo exploratório. Como procedimentos
metodológicos foram utilizados os relatos das experiências de cinco docentes,
ocorridas nos processos formativos (2020-2021), por meio das cartas pedagógicas e
investigação das pautas formativas vinculadas ao período de isolamento social. As
pautas formativas e as cartas foram analisadas por meio da análise de conteúdo tendo
como inspiração os estudos de Laurence Bardin. O referencial teórico, pautou-se nos
trabalhos de pesquisadores/as da formação continuada, dentre eles/as: António
Nóvoa, Bernadette Gatti, Francisco Imbernón, Marcelo Garcia, Paulo Freire, Selma
Garrido Pimenta, assim como nas legislações que tratam dos direitos da criança em
espaços coletivos. Os dados coletados revelaram que o isolamento social demandou
muitas ações do professorado como o trabalho em equipe, a superação de barreiras
tecnológicas e o excesso de trabalho compondo o seu fazer docente. Entretanto,
diante desse cenário imposto pela pandemia, houve uma formação continuada em
serviço subsidiando o trabalho do professor e professora da Educação Infantil,
demonstrando que houve mais avanços do que obstáculos na formação docente
ocorrida no período. A partir dos resultados, dessa investigação será elaborado, como
produto educacional, um e-book com as experiências das professoras durante seu
percurso formativo, construído por meio das narrativas descritas nas cartas
pedagógicas. |
Palavras-Chave |
formação continuada; pandemia; educação infantil; cartas
pedagógicas; ensino remoto. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Aline Aparecida Souza de Carvalho Veiga |
Orientador(a) |
Prof.a Dr.a Marta Regina Paulo da Silva |
Título |
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA CRECHE: PRÁTICAS QUE
INCENTIVAM O RESPEITO AO “OUTRO” |
Resumo |
A sociedade brasileira é caracterizada por suas diferenças, sejam estas políticas,
econômicas, culturais e fenotípicas. Essas diferenças estão presentes já na
educação infantil – primeira etapa da educação básica – e, por conseguinte, na
creche, um dos primeiros espaços sociais no qual bebês e crianças bem pequenas
encontram-se com seus pares e vivenciam práticas pedagógicas que podem ou não
reforçar a discriminação, o preconceito e a estigmatização, que impactam na
constituição da identidade e da autoestima de todas as crianças. No intuito de se ter
uma creche em que todos e todas possam se sentir pertencentes, a presente
pesquisa objetivou compreender, segundo as percepções das docentes e
assistentes pedagógicas entrevistadas, o modo como a temática das relações
étnico-raciais é trabalhada no cotidiano da creche no município de Santo André.
Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, que teve como
procedimentos metodológicos: a investigação documental e a realização de dois
grupos focais, sendo um com quatro professoras atuantes em creche e outro com
quatro assistentes pedagógicas. O referencial teórico dialogou com os estudos da
sociologia da infância, da pedagogia e das relações étnico-raciais. Os resultados
revelam que as creches do município de Santo André possuem ações pontuais em
relação à temática das relações étnico-raciais, seja na oferta de formações em
serviço, as quais são realizadas pelos(as) assistentes pedagógicos(as), seja no
planejamento efetuado pelos(as) docentes, o qual não envolve todas e todos na
construção de uma educação antirracista, algo que tem por consequência a
manutenção do preconceito racial e da discriminação nos espaços da creche.
Ademais, observam-se relatos de uma prática pedagógica marcada por dúvidas
referentes a como incluir a temática das relações étnico-raciais no cotidiano da
creche e, por conseguinte, como atender às crianças negras, assegurando-lhes a
construção de uma identidade positiva. As assistentes pedagógicas e as docentes
entrevistadas evidenciam a carência de formações acerca das relações étnico-
raciais que partam da Secretária de Educação do Município, bem como a falta de
materiais que auxiliem neste processo. Como produto educacional e desdobramento
dessa investigação, a partir das necessidades e sugestões das participantes,
elaborar-se-á um caderno de apoio pedagógico com sugestões para formação
dos(as) docentes e de práticas a serem desenvolvidas nas salas referências e nos
espaços das creches. O objetivo do produto é fomentar mudanças educacionais por
meio da inserção de práticas pedagógicas decoloniais e emancipatórias, uma vez
que a creche deve constituir-se como um ambiente de possibilidades e de combate
a qualquer forma de discriminação. |
Palavras-Chave |
creche; relações étnico-raciais; prática pedagógica; identidade
negra; interculturalidade. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
ANA LUCIA RODRIGUES CARDOSO ABRANTES |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Maria de Fátima Ramos de Andrade |
Título |
ENSINO REMOTO EMERGENCIAL EMERGENCIAL SOB A ÓTICA
DAS CRIANÇAS DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL |
Resumo |
A pandemia causada pela covid-19 nos anos de 2020/2021 afetou diversos setores
da sociedade, entre eles o educacional. O ensino remoto emergencial (ERE) foi a
solução encontrada pelas Secretarias de Educação dos estados e municípios tanto
do Brasil quanto de outros países para manter em funcionamento a escola, de forma
que as crianças continuassem seu aprendizado e não fossem prejudicados
pedagogicamente. O presente estudo tem como objetivo geral investigar, sob a
ótica das crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, como foram as
aprendizagens no período de ERE durante a pandemia de covid-19. Como objetivos
específicos, definiram-se: analisar as experiências vivenciadas pelas crianças no
período do ERE, durante a pandemia de covid-19; analisar, sob a ótica das
professoras, as aprendizagens das crianças no período do ERE durante a pandemia
de covid-19; analisar dificuldades e facilidades encontradas pelas crianças nas aulas
remotas, seja no formato on-line ou não; elaborar, no formato de e-book, material de
apoio aos professores, com estratégias consideradas bem-sucedidas sob a ótica das
crianças, desenvolvidas no período do ERE. Quanto ao referencial teórico, contou-
se com as contribuições de Willian Corsaro, Peter Moss e Júlia Formosinho, que
tratam de questões relacionadas ao campo da educação de crianças. Além disso,
utilizaram-se os estudos de Maria da Graça N. Mizukami, Delia Lerner e António
Nóvoa, que discutem o conceito de aprendizagem e a função da escola e, por fim,
de Luís Saldanha e Patrícia Behar, que abordam o ERE. A fim de realizar a
pesquisa, optou-se por uma abordagem qualitativa e natureza exploratória. O
universo investigado foi uma escola pública localizada no município de Santo André
(SP) e, para a análise dos dados, utilizou-se os procedimentos da técnica
denominada análise de conteúdo, desenvolvida por Laurence Bardin. De modo
geral, verificou-se que a experiência vivenciada, sob a ótica das crianças, foi difícil e
permeada por muitos obstáculos e desafios. Elas evidenciaram a preferência pelo
formato presencial, pois facilitava o aprendizado. Com relação às dificuldades
enfrentadas, as crianças apontaram a conectividade e o acesso à internet como
elementos que interferiram na qualidade das aulas remotas. Ademais, mencionou-se
que, nos momentos nos quais a ludicidade estava presente, as aulas foram mais
motivadoras. Desse modo, constatou-se que a tecnologia, o empenho das
professoras e o envolvimento das famílias foram fatores essenciais para que o ERE
pudesse acontecer adequadamente. Como proposta de produto, organizou-se um
material de apoio aos professores, dispondo de estratégias consideradas bem-
sucedidas pelas crianças, no formato de e-book. |
Palavras-Chave |
educação; ensino remoto emergencial; anos iniciais do ensino
fundamental; formação docente; aprendizagem. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Andréa Moraes de Oliveira |
Orientador(a) |
Prof.ª Dra. Elizabete Cristina Costa Renders |
Título |
PRÁTICAS DE ENSINO ACESSÍVEIS A PARTIR DO DESENHO
UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM |
Resumo |
O processo de inclusão escolar dos alunos elegíveis à Educação Especial ainda é
um desafio, não só no que tange à demanda do acesso, mas também à
permanência exitosa dos discentes. Nesse sentido, é necessário o suporte tanto da
estrutura física quanto das ações pedagógicas, acessíveis a todos os estudantes.
Partindo dessa premissa, a abordagem educacional proposta pelo Desenho
Universal para Aprendizagem (DUA) foi a principal base teórica para o
desenvolvimento da presente pesquisa, que partiu da seguinte pergunta: Como o
Desenho Universal para Aprendizagem apoia o desenvolvimento de práticas
pedagógicas inclusivas, favorecendo processos de ensino e aprendizagem
acessíveis? Assim, o objetivo geral desta investigação foi identificar, descrever e
compreender como o DUA pode apoiar a prática pedagógica inclusiva nos anos
finais do Ensino Fundamental. Quanto aos objetivos específicos, definiram-se: (1)
Identificar as principais barreiras que estudantes elegíveis à Educação Especial
encontram nos processos de ensino e aprendizagem; (2) Aplicar, com as
professoras e os professores participantes, as diretrizes do Desenho Universal para
Aprendizagem nas práticas de ensino, garantindo a acessibilidade para todos os
estudantes; (3) Construir, com as professoras e os professores participantes, um
objeto de aprendizagem que os apoie no planejamento de aulas acessíveis e
participativas. A pesquisa pautou-se em uma abordagem qualitativa, que se deu de
forma aplicada e foi realizada com quatro professores atuantes em uma escola
pública da prefeitura municipal de São Caetano do Sul, na região do Grande ABC.
Para tal, utilizaram-se instrumentos da pesquisa narrativa como a carta pedagógica
e a roda da conversa. Do ponto de vista teórico, o trabalho fundamentou-se nas
seguintes categorias: Educação Especial, educação inclusiva, ensino acessível e
desenho universal para aprendizagem. Os resultados evidenciam a importância de
planejar aulas acessíveis com o suporte dos princípios do DUA, que pode contribuir
para viabilizar a inclusão escolar de todos os estudantes elegíveis ou não à
Educação Especial. Todavia, é necessário um processo formativo coletivo e
colaborativo no contexto do ambiente escolar. Como produto educacional,
desenvolveu-se uma ação formativa a ser aplicada durante o horário de formação na
escola, visando à formação docente para o desenvolvimento de práticas de ensino
acessíveis, favorecendo a aprendizagem de todos os educandos. |
Palavras-Chave |
educação especial; educação inclusiva; ensino acessível;
formação de professores; desenho universal para aprendizagem. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Ariana Silva Pessoa |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Leandro Campi Prearo |
Título |
INFLUÊNCIA DO PERFIL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE
EDUCAÇÃO NO DESEMPENHO ESTUDANTIL |
Resumo |
A discussão acadêmica acerca da gestão educacional no país transita entre o
ambiente escolar e os órgãos de maior instância dos Poderes Públicos, ambos os
espaços são implementadores e monitoradores das Políticas Públicas de Educação,
sendo seus gestores os principais responsáveis pelas ações organizadoras do
sistema de ensino. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo analisar quais
variáveis influenciam no desempenho dos estudantes do ensino fundamental do Brasil
a partir da relação com o perfil de Secretarias Municipais de Educação e do perfil dos
secretários municipais de educação. Trata-se de um estudo quantitativo de finalidade
descritiva. Os dados utilizados para análise são advindos do SAEB, sendo microdados
que não passaram por qualquer tratamento analítico. Como parâmetro para análise
no que tange ao desempenho do estudante foram considerados os microdados da
Prova Brasil de 2017 e 2019, e para o perfil da Secretaria Municipal de Educação, o
questionário do secretário referente ao ano de 2019. A partir dos dados foi possível
buscar subsídios para sustentar o estudo, que visa caracterizar os perfis da secretaria
e do secretário, analisar os resultados das avaliações de português e matemática dos
alunos de 5o e 9o ano e mensurar a correlação existente entre esse órgão central e o
desempenho dos estudantes. Para dar conta de tal empreitada foi utilizada na análise
a técnica estatística de Regressão Logística Binária. De forma geral, os resultados
apontaram correlação positiva entre as caracterizações inicialmente propostas nos
objetivos do estudo. Constatou-se que quando o secretário tem experiência prévia no
cargo ou experiência como profissional da equipe técnica da secretaria, bem como ter
na estruturação da secretaria o Fórum Permanente de Educação, o Conselho
Municipal de Educação e utilizar os resultados do IDEB para determinados subsídios,
dentre outras variáveis de maior impacto, influencia positivamente no desempenho
dos estudantes. A presente pesquisa contribui para futuros trabalhos que pretendam
analisar com especificidade a relação entre a figura do secretário municipal de
educação, enquanto gestor educacional, e o desempenho estudantil. Como produto
final deste estudo, foi proposta uma Carta de Recomendação Educacional que poderá
servir para possíveis reflexões que possam otimizar ações gestoras que resultem no
melhoramento do desempenho escolar dos estudantes. |
Palavras-Chave |
Gestão da educação; Secretaria Municipal de Educação;
Desempenho estudantil; SAEB; Políticas públicas. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Ariane Vitoriano Duarte Santos Nunes |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa-Renders |
Título |
O ENSINO NA ESCOLA INCLUSIVA: APROXIMAÇÕES COM O
DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM |
Resumo |
Esta pesquisa discorre sobre o acesso e permanência dos estudantes elegíveis à
educação especial nas escolas regulares. A partir disso, inicia-se uma grande
demanda quanto ao acesso ao currículo por todos os estudantes. Trata-se de uma
mudança de paradigma do modelo médico ao modelo social da deficiência, que
compreende o ser humano como um ser social e a deficiência como resultante da
interação entre as pessoas com e sem deficiência e o meio em que vivem. Nesta
pesquisa, explanamos as experiências dos professores e professoras e encontramos
as diferentes abordagens na prática docente, reconhecendo as barreiras e apontando
um caminho possível para superá-las. A partir desse cenário, esta pesquisa pretendeu
responder à seguinte questão: Como os professores de Atendimento Educacional
Especializado – AEE e professores generalistas têm considerado o paradigma da
inclusão em sua prática de ensino na sala regular? O objetivo geral desta pesquisa é
investigar as formas de ensino declaradas como prática educacional inclusiva pelos
professores e professoras no contexto da inclusão escolar. Especificamente, temos
os seguintes objetivos: 1. Caracterizar e tematizar uma abordagem pedagógica
inclusiva segundo a percepção dos professores de AEE e dos professores
generalistas; 2. Oportunizar a reflexão de professores e professoras sobre a
contribuição do Desenho Universal para Aprendizagem - DUA para a prática de ensino
inclusiva e 3. Construir um objeto de aprendizagem que apoie o ensino inclusivo com
base no desenho universal para aprendizagem. Os sujeitos de pesquisa são
professoras de ensino fundamental que atuam na Zona Leste do Município de São
Paulo e na região do ABC Paulista. Metodologicamente, trabalha com a pesquisa
narrativa combinada com a pesquisa de desenvolvimento. O instrumento de pesquisa
foi a carta pedagógica escrita pelas professoras, descrevendo as experiências que
contribuem para a prática de ensino mais inclusiva. Como resultado, destaca-se o
reconhecimento do DUA como uma abordagem curricular que valoriza a todos os
estudantes. O DUA é capaz de promover uma dinâmica de ensino pautada no diálogo,
no trabalho coletivo, nas trocas de experiências, no uso de diferentes ferramentas e
diferentes linguagens, por meio das suas múltiplas formas ação e expressão, de
acessar a informação e de manter os estudantes engajados. Ao final da pesquisa um
produto educacional foi construído com base nas narrativas recolhidas e nos estudos
aprofundados sobre a prática do ensino inclusivo, resultando em um E-book interativo,
disponibilizado em formato online. |
Palavras-Chave |
inclusão escolar; ensino inclusivo; currículo acessível; desenho
universal para aprendizagem; formação docente. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Bruna Fernandes Corrêa |
Orientador(a) |
Prof.a Dr.a Ana Sílvia Moço Aparício |
Título |
A TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA DO CURRÍCULO PAULISTA DO
ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS – NA AULA DE LÍNGUA
INGLESA: UMA ABORDAGEM DOS GÊNEROS DIGITAIS
MULTIMODAIS |
Resumo |
Os gêneros digitais multimodais fazem parte do universo dos alunos da educação
básica e podem ser uma forma de vivenciar situações reais de uso da língua inglesa.
Tais gêneros, quando abordados em sala de aula, podem contribuir com a
aprendizagem da língua inglesa e com o desenvolvimento dos multiletramentos, pois
requerem práticas de leitura e escrita adequadas às suas características. Esta
pesquisa objetivou investigar como esses gêneros podem ser mobilizados pelo
professor no processo de transposição didática na prática de sala de aula. O
embasamento teórico pauta-se, especialmente, na pedagogia dos multiletramentos,
tendo como referência o manifesto do Grupo Nova Londres e estudos de Roxane
Rojo; no conceito de inglês como língua franca, com base em estudos de Jennifer
Jenkins e Telma Gimenez; na noção de transposição didática de Yves Chevallard;
bem como nos documentos curriculares em vigência, como a Base Nacional Comum
Curricular e o Currículo Paulista. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de método
intervencionista na própria prática, em que a professora-pesquisadora desenvolveu
uma sequência de atividades focadas nos gêneros vídeo e comentário de YouTube,
com duas turmas de 6o ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. A partir de
uma lesson presente nos materiais de apoio ao Currículo Paulista — os Cadernos do
Aluno e do Professor —, a professora-pesquisadora fez adaptações, utilizou recursos
diversos e elaborou novas atividades, a fim de que os gêneros fossem trabalhados de
maneira a simular seus contextos reais de leitura e produção. No processo de
intervenção, foram utilizadas estratégias diversas, como exibição de vídeo, seleção,
leitura e escrita de comentários, produção de vídeos e utilização da plataforma Padlet,
para compartilhamento. As atividades realizadas contribuíram para que os alunos
desenvolvessem habilidades de compreensão e produção oral e escrita em língua
inglesa, na perspectiva dos multiletramentos. A intervenção gerou reflexões sobre o
papel do professor na transposição didática interna dos gêneros em foco. O produto
desta pesquisa consiste em um protótipo didático, que apresenta sugestões ao
professor a respeito de como trabalhar os gêneros digitais multimodais em sala de
aula. |
Palavras-Chave |
multiletramentos; gêneros digitais multimodais; transposição
didática; Língua Inglesa; BNCC. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Cacilda Oliveira da Silva |
Orientador(a) |
Prof.ª Dra. Elizabete Cristina Costa Renders |
Título |
BASES DE SUSTENTAÇÃO DA ESCOLA INCLUSIVA: A
RELEVÂNCIA DA REDE DE APOIO NA ESCOLA |
Resumo |
A escola necessita orientar e criar redes de apoio para que ocorra a inclusão de todos
os alunos, assim como conhecer estratégias e averiguar a eficiência delas. Partindo
de tal premissa, propõe-se, como objeto de estudo deste trabalho, a constituição da
rede de apoio para a inclusão escolar dos alunos elegíveis à Educação Especial.
Diante disso, emergiram algumas inquietações que motivaram e direcionaram o
desenvolvimento desta pesquisa, cuja pergunta investigativa foi: Como tem se
constituído a rede de apoio para a inclusão escolar dos alunos elegíveis à Educação
Especial numa rede de ensino pública? Como objetivo geral, pretendeu-se identificar
e analisar as estratégias de construção de uma rede de apoio para a inclusão escolar
dos alunos elegíveis à Educação Especial. Quanto aos objetivos específicos,
elencaram-se: descrever como se compõe a rede de apoio para os alunos elegíveis à
Educação Especial; interpretar a percepção da equipe escolar sobre a relevância de
uma rede de apoio para a inclusão escolar; desenvolver, com a comunidade escolar,
um produto educacional que apoie a construção ou consolidação da rede de apoio na
escola. Partindo dos objetivos apresentados, seguiu-se uma metodologia de natureza
qualitativa, que buscou compreender as experiências dos participantes da
investigação, por meio de um questionário de sondagem e de cartas pedagógicas que
evidenciem a construção da rede de apoio para os alunos elegíveis à Educação
Especial na unidade escolar. A investigação fundamentou-se nos seguintes
referenciais teóricos: educação inclusiva, ensino colaborativo e gestão democrática
da escola. Os resultados apontam que cada unidade escolar constrói sua rede de
apoio com os profissionais e recursos que lhe são apresentados. Nesse sentido, a
constituição dessa rede deve ter como referência a educação inclusiva e o ensino
colaborativo, a fim de fortalecer a comunidade escolar. Contudo, faz-se necessário
que: a comunidade escolar enfrente as barreiras atitudinais; tenha políticas públicas
para qualificar o atendimento nas instituições de ensino, diminuindo a quantidade
alunos por sala e ampliando o investimento em profissionais da educação; promova a
formação inicial e continuada; desenvolva a parceria família e escola; e disponibilize
horário para planejamento e diálogos reflexivos. A partir dos achados, desenvolveu-
se o produto educacional, caracterizado como um guia de orientações sobre a
constituição da rede de apoio para a inclusão escolar, com vistas a orientar os
profissionais nesse processo. |
Palavras-Chave |
educação inclusiva; rede de apoio; formação docente. |
Ano |
2023 |
Material |
Visualizar Material |
|
Autor(a) |
Cristiane Nunes de Oliveira Sousa |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa Renders |
Título |
DESENHO UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM COMO SUPORTE
PARA O ENSINO INCLUSIVO: EM PERSPECTIVA A
ACESSIBILIDADE PEDAGÓGICA PARA OS ALUNOS COM TEA |
Resumo |
Esta pesquisa propôs a reflexão sobre a importância da prática pedagógica acessível
em uma sala de aula onde há estudantes com e sem TEA, tendo como suporte o
desenho universal para aprendizagem (DUA). Partiu da seguinte questão: Como
construir uma prática pedagógica acessível em uma sala de aula onde há estudantes
com e sem TEA? O objetivo geral foi investigar como os princípios do DUA podem
contribuir para a construção de uma aula acessível em sala de aula onde há
estudantes com e sem TEA. Os objetivos específicos foram: elencar e compreender
a percepção dos professores e professoras sobre as principais barreiras enfrentadas
pelos estudantes com TEA no cotidiano de uma sala de aula; promover a reflexão,
junto aos professores e professoras, sobre o DUA como novo paradigma para a
prática pedagógica acessível; construir, com base nos princípios do DUA, um produto
educacional que apoie a prática pedagógica acessível em sala de aula onde há
estudantes com e sem TEA. Esta foi uma pesquisa narrativa, cujos instrumentos foram
a carta pedagógica e a roda de conversa. Quanto aos resultados, a partir da percepção
dos professores e professoras, foram levantadas algumas barreiras enfrentadas pelos
estudantes com TEA no cotidiano de uma sala de aula, como: os poucos recursos e
a inexistência de apoio para trabalhar a inclusão escolar do aluno com TEA, bem
como o desafio de atuar em demandas com as quais os professores ainda não
possuem conhecimentos específicos. Foi possível observar também que a maioria
dos professores não conhecem a proposta do desenho universal para aprendizagem.
Ao final da pesquisa, foi proposto um produto educacional, intitulado “Construindo uma
prática pedagógica inclusiva”. Trata-se de um site com materiais de apoio aos
professores que atuam no processo de inclusão escolar de estudantes com TEA. |
Palavras-Chave |
desenho universal para aprendizagem; estudantes com TEA;
inclusão escolar; prática pedagógica; acessibilidade. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Eclerson Pio Mielo |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Leandro Campi Prearo |
Título |
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO:
RELAÇÃO COM DESEMPENHO DOS ESTUDANTES DO ENSINO
FUNDAMENTAL |
Resumo |
O presente estudo tem como objetivo identificar o impacto do investimento na
Educação no desempenho dos estudantes do ensino fundamental (Anos Iniciais e
Finais) nas esferas municipal e estadual, sendo o banco de dados analisado por
município brasileiro. Ainda, utilizou-se o IDHM com o objetivo de relacionar o impacto
do investimento por cidades com melhor ou pior índice de desenvolvimento humano.
O estudo contou com 10.754 casos, sendo a análise realizada por meio de
Modelagem de Equações Estruturais PLS, por meio de dois modelos, um utilizando
os dados do Ideb de 2019 e o investimento em Educação em 2014 e outro utilizando
os dados de variação do Ideb entre 2015 e 2019 e o investimento em Educação em
2014. Ambos os modelos foram moderados pelas variáveis IDHM (Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal), Rede de Ensino (Estadual e Municipal) e anos
escolares (Iniciais e Finais). Como resultado, encontrou-se significância estatística
apenas no modelo que se utilizou da variação do Ideb entre 2015 e 2019, sendo os
municípios que apresentam IDHM muito baixo os que mais apresentaram explicação
entre as variáveis. Mesmo encontrando resultados, é possível concluir que o baixo
impacto do investimento em Educação no desempenho dos estudantes se dá pelo
fato de o desempenho ser relacionado à qualidade da Educação, como a
infraestrutura escolar, formação de professores e também da escolaridade dos pais.
Como produto de pesquisa, uma carta de recomendação aos administradores
públicos da área de educação será elaborada utilizando como base os achados
deste trabalho. |
Palavras-Chave |
avaliação da educação; investimento em educação; políticas
públicas educacionais; modelagem de equações estruturais; educação básica. |
Ano |
2023 |
Material |
Visualizar Material |
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Autor(a) |
Fabio Roberto Pierre |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Carlos Alexandre Felício Brito |
Título |
GAMIFICAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO FINANCEIRA: UMA
PROPOSTA PRÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL |
Resumo |
A educação financeira é um estudo interdisciplinar envolvendo as dimensões
culturais, sociais, políticas, psicológicas e econômicas sobre as questões do
consumo, trabalho e dinheiro. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a utilização
da gamificação como estratégia pedagógica para engajar os alunos no processo de
ensino e de aprendizagem sobre educação financeira. Foi utilizado o método Design
Science Research, que tem como principal premissa a criação de um artefato para
solução do problema, em nosso caso, o desenvolvimento de um protótipo de um
jogo de tabuleiro, denominado SaveTheMoney. Os participantes da pesquisa (n =
13) foram alunos do ensino fundamental de uma escola da cidade de São Bernardo
do Campo, localizada no ABC Paulista. O instrumento utilizado foi o questionário de
avaliação de jogos educacionais baseado nas estratégias motivacionais do modelo
ARCS, de John Keller, na área de experiência do usuário de jogos (game user
experience), bem como taxonomia de objetivos educacionais de Bloom. Os
principais achados foram: no que diz respeito ao domínio da motivação, a maioria
dos indicadores se mostraram com um alto valor de concordância entre os usuários,
uma vez que a atenção (11%), a relevância (9,9%) e a satisfação (10,5%) não
tiveram um valor superior a 30% no coeficiente de variação. Ou seja, isto indica que
os alunos reagiram ao jogo de forma favorável na situação de aprendizagem sobre o
conteúdo proposto. Entretanto, no indicador confiança houve um alto valor de
discordância – foi possível observar um coeficiente de variabilidade de 63,2%. Em
relação à experiência do usuário, pode-se observar que todos os indicadores se
mostraram com alto valor de concordância, pois a imersão (7,7%), o desafio
(11,4%), a competência (12,5%), a interação social (11,9%) e o divertimento (14,5%)
tiveram baixo coeficiente de variação. Como considerações finais, o estudo permitiu
observar a possibilidade de algumas melhorias (redesign) diante de algumas
dificuldades observadas ao longo da aplicação do jogo. A escolha de cartas em um
jogo de tabuleiro como o componente principal de interação com o sistema de jogo,
apesar de tornar a experiência mais prática e fácil, permitiu a vivência dos
participantes. Como produto idealizado, construído e testado na presente pesquisa,
o jogo educacional SaveTheMoney pode ser aplicado em outros contextos
educacionais na educação básica, especificamente no ensino fundamental. |
Palavras-Chave |
gamificação; educação financeira; ensino fundamental; escola;
formação docente. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Fernanda de Menezes Angelo |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa Renders |
Título |
A TECNOLOGIA ASSISTIVA NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA: APROXIMAÇÃO COM AS DIRETRIZES DO DESENHO
UNIVERSAL PARA APRENDIZAGEM |
Resumo |
Esta investigação insere-se no campo da educação inclusiva e tem como objeto de
estudos o uso das tecnologias assistivas na escola. A questão norteadora da pesquisa
foi: como o Desenho Universal para Aprendizagem contribui para a ressignificação do
uso da Tecnologia Assistiva na perspectiva da educação inclusiva? O objetivo geral
consistiu em identificar as contribuições dos princípios do DUA para a ressignificação
do uso da Tecnologia Assistiva no processo inclusivo. Os objetivos específicos se
delinearam da seguinte maneira: a) mapear e descrever como tem se dado o uso da
Tecnologia Assistiva na escola. b) compreender qual é o conceito atribuído à
Tecnologia Assistiva pelos/as professores/as que participaram da pesquisa. c)
promover uma reflexão com base nos princípios do DUA, juntamente com
professores/as, sobre o uso e sentidos atribuídos à Tecnologia Assistiva na escola
inclusiva. d) desenvolver um produto educacional que promova a reflexão sobre a
contribuição da Tecnologia Assistiva nos processos de ensino e aprendizagem de
forma emancipatória. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que fez uso dos
procedimentos da pesquisa narrativa, como as cartas pedagógicas e rodas de
conversa, a fim de compreender as experiências educativas de professores/as que
fazem ou já fizeram uso da TA na escola. O referencial teórico que fundamentou a
pesquisa ancorou-se no paradigma da educação inclusiva, no desenho universal para
aprendizagem e na tecnologia assistiva. A tematização das cartas apontou que os/as
professores/as reconhecem como Tecnologia Assistiva todos os suportes e recursos
disponíveis aos estudantes elegíveis à educação especial, assim sendo, não
expandem seu uso aos demais estudantes. A tematização mostrou, ainda, que o
Desenho Universal para Aprendizagem contribui para a ressignificação da TA à
medida que privilegia a diversidade e a variabilidade dos estudantes sem categorizá-
los, ofertando, a todos os estudantes, múltiplos meios de aprendizagem, considerando
a Tecnologia Assistiva uma tecnologia que deve ser estar disponível a todos que dela
necessitam ou desejem utilizar. O produto educacional que resultou desta pesquisa
foi um e-book, o qual busca contribuir com a formação docente, apresentando o
Desenho Universal de Aprendizagem e o uso da Tecnologia Assistiva como aliados à
educação inclusiva. |
Palavras-Chave |
educação inclusiva; desenho universal para aprendizagem;
tecnologia assistiva; cartas pedagógicas; educação especial. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Gezabel Francisco de Oliveira |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Maria de Fátima Ramos de Andrade |
Título |
O PROCESSO DE INDUÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE DE
CRECHE |
Resumo |
O presente trabalho tem como objetivo geral investigar, sob a ótica do professor, os
desafios, as expectativas e os obstáculos que os professores iniciantes de creche
enfrentam no processo de indução no contexto escolar. O problema de pesquisa está
descrito da seguinte forma: Quais os desafios, as expectativas e os obstáculos que os
professores iniciantes de creche enfrentam no processo de indução no contexto
escolar? Como objetivos específicos, estabeleceram-se: identificar os desafios e
obstáculos enfrentados pelos professores iniciantes de creche no processo de
indução no contexto escolar; identificar e analisar as estratégias de enfrentamento dos
professores nos primeiros anos da docência no contexto da creche; analisar as
expectativas dos professores iniciantes no contexto de creche em relação ao processo
de indução; elaborar um plano de ação com estratégias formativas para a indução do
professor iniciante de creche. Quanto ao referencial teórico, contou-se com as
contribuições de Marli André, Julia Formosinho, Carlos Marcelo Garcia, Michael
Huberman, Antônio Nóvoa, Lee .S. Shulman, Denise Vaillant e H.K. Wong, que
tratam de conceitos relacionados ao campo da formação docente. Além disso, lançou-
se mão de documentos oficiais, a saber: Base Nacional Comum Curricular,
Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil, e Diretrizes Curriculares de
Educação Infantil, direcionados ao campo da Educação Infantil. Para a realização do
estudo, optou-se pela pesquisa qualitativa de cunho descritivo-analítico. Como
instrumentos de coleta de dados, utilizaram-se a aplicação de questionários e a
realização de entrevistas. Os dados gerados na pesquisa de campo foram analisados
a partir de quatro categorias: perfil dos participantes: escolha da profissão;
dificuldades, obstáculos e desafios no exercício da profissão; estratégias de
enfrentamento: aprendizagem da docência; e apontamentos para o processo de
indução: expectativas dos professores. Por meio da análise, constatou-se que a
elaboração da documentação pedagógica (planejamentos, relatórios, semanários
etc.) tem sido um desafio para os professores iniciantes. Como estratégias de
enfrentamento, eles têm buscado o apoio da equipe gestora e de colegas mais
experientes, com a intenção de ampliar a sua formação. Por fim, em relação às
expectativas, os participantes destacaram a necessidade de ampliar o conhecimento
profissional sobre Educação Infantil, de aprimorar o acolhimento das crianças e das
famílias e de desenvolver uma escuta mais atenta as crianças da creche. Não foram
identificadas, nas falas dos docentes, ações que pudessem se caracterizar como
resultantes de alguma proposta de indução propiciada pelas instituições de ensino.
Logo, aponta-se a necessidade de se organizarem programas de indução para o
professor iniciante que atua na creche, com vistas a favorecer o desenvolvimento de
sua identidade profissional, considerando suas necessidades formativas. Como
produto, elaborou-se um plano de ação com estratégias formativas para o processo
de indução do professor iniciante de creche, no formato de e-book. |
Palavras-Chave |
professor iniciante; educação infantil; processo de indução; creche;
formação docente. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Jéssica Camila da Silva |
Orientador(a) |
Ivo Ribeiro de Sá |
Título |
A MOTRICIDADE E APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL:
CONTRIBUIÇÕES À PRÁTICA PEDAGÓGICA |
Resumo |
A infância é uma fase extremamente importante para o indivíduo, pois, nesse período,
são proporcionadas às crianças experiências que podem contribuir ou não às outras
fases da vida. Um bom trabalho com a motricidade desde a Educação Infantil,
portanto, é capaz de proporcionar à criança realizar as atividades do dia a dia para se
tornar mais independente, marcando sua importância para vida da criança no hoje,
seu desenvolvimento e aprendizagem, a construção da sua identidade e no caso do
corpo o fato de que as crianças aprendem com todo o seu corpo. Partiu da seguinte
questão: Qual a compreensão que as professores e professores de educação infantil
possuem sobre a motricidade da criança e que relações estabelecem com suas
práticas pedagógicas? O objetivo geral foi compreender como os professores e as
professoras da educação infantil entendem a motricidade da criança e como a
consideram em suas práticas pedagógicas. Os objetivos específicos foram: Identificar
a compreensão que os professores possuem sobre a motricidade da criança; verificar
a aplicabilidade da motricidade em suas práticas pedagógicas; construir um projeto
de trabalho para as crianças da educação infantil. Nesta perspectiva, realizamos uma
pesquisa descritiva e exploratória de cunho qualitativo com a finalidade de averiguar
a presença, ou inexistência, do trabalho voltado a motricidade na prática pedagógica.
Foi organizada em quatro etapas de pesquisa, sendo a primeira destinada à revisão
bibliográfica. Na segunda etapa foram elaborados os tópicos de discussão dos grupos,
já na terceira se deu em campo, com professores da educação infantil da rede privada
de Santo André. Para complementar os dados obtidos da pesquisa de campo foi
elaborado um questionário com base nos tópicos discutidos no grupo focal, através
do Google Forms, e enviado a todos os participantes da pesquisa, via WhatsApp. Por
último, foi realizada a elaboração do produto final. Quanto aos resultados, os
professores entendem que psicomotricidade desempenha um papel crucial na
educação infantil, pois está diretamente relacionada ao desenvolvimento global da
criança. Ao final da pesquisa, foi proposto uma sequência didática, intitulado
“Motricidade e aprendizagem na educação infantil: contribuições à prática
pedagógica”. |
Palavras-Chave |
formação de professores; motricidade; educação infantil. práticas
pedagógicas; sequência didática. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
JOYCE LIMA BRANDÃO |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Marta Regina Paulo da Silva |
Título |
A RELAÇÃO PRÉ-ESCOLA E FAMÍLIA EM TEMPOS DE PANDEMIA |
Resumo |
A parceria entre as instituições educacionais e as famílias, na educação das
crianças, constituiu-se, ainda, um grande desafio à educação brasileira. Esse
desafio, nos anos de 2020 e 2021, em decorrência da pandemia da Covid-19 e o
atendimento não presencial, tornou-se ainda maior, visto a necessidade dessa
relação de parceria para a manutenção dos vínculos e continuidade do trabalho
pedagógico. No intuito de compreender esse cenário, esta pesquisa tem como
objeto de estudo a relação entre pré-escola e família no contexto pandêmico. As
questões que norteadoram a pesquisa foram: como ocorreu a relação entre a pré-
escola e a família no período de 2020-2021? Quais as aprendizagens adquiridas
desse momento a serem consideradas no retorno presencial? Os objetivos gerais
foram compreender como ocorreu a relação entre a pré-escola e família no período
de 2020-2021 e verificar quais as aprendizagens adquiridas desse momento da
pandemia para o retorno ao atendimento presencial. Para atingir tal objetivo, teve por
objetivos específicos: 1) identificar os canais de comunicação entre a pré-escola e
família; 2) conhecer o que pensam as famílias sobre a educação dos seus filhos e
filhas nesse cenário pandêmico; 3) verificar as percepções das famílias quanto às
parcerias com a pré-escola e a percepção das docentes acerca da parceria com as
famílias; 4) a partir dos resultados da pesquisa, elaborar um documento com
algumas orientações que auxiliem as instituições nessa parceria com as famílias.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa e exploratória, que teve como procedimento
metodológico as entrevistas semiestruturadas com as famílias e as professoras das
turmas de pré-escola que atuam com crianças de cinco anos. O referencial teórico
utilizado contou com os trabalhos de Paulo Freire, Jane Margareth Castro,
Boaventura Souza Santos, Carlos Gil e Marli André, dentre outros. A análise dos
dados produzidos revelou que, no período pandêmico, docentes e famílias tiveram
que se reinventar na construção de uma relação mediada pelas tecnologias digitais,
o que permitiu a manutenção dos vínculos e a realização das propostas pedagógicas
com as crianças. Contudo, demonstrou que algumas famílias enfrentaram mais
dificuldades, evidenciando a desigualdade socioeconômica do município de Santo
André. A sobrecarga de trabalho, tanto das professoras quanto das mães, também
se fizeram presente nos depoimentos das entrevistadas, revelando o acúmulo de
funções desempenhadas pelas mulheres nas esferas pública e privada. Com relação
às aprendizagens desse período, docentes e mães apontam a maior proximidade
entre a pré-escola e as famílias, o que permitiu às últimas conhecerem um pouco
mais o trabalho realizado na Educação Infantil. Ao retornar presencialmente, espera-
se que a relação entre as instituições de Educação Infantil e as famílias configure-se
em uma parceria efetiva, marcada pela escuta, pelo diálogo e pela participação das
famílias no cotidiano educativo, visando sua contribuição na educação das crianças.
O produto educacional apresentado nesta pesquisa visa, justamente, contribuir com
a manutenção desta parceria, essencial para o desenvolvimento pleno das crianças.
Consiste em um caderno de apoio, em formato de e-book, destinado aos
educadores e às educadoras da rede municial de Santo André. Seu objetivo é
apresentar orientações acerca da manutenção de vínculos entre família e pré-
escola, considerando algumas práticas que podem/devem ser mantidas após o
retorno às aulas presenciais. |
Palavras-Chave |
pré-escola; família; parceria; educação remota; pandemia. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Juliana Frosch |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Elizabete Costa-Renders |
Título |
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE NO CAMPO DA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O OLHAR DAS PROFESSORAS DOS
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL |
Resumo |
Esta pesquisa apresenta uma análise a respeito da formação docente em educação
especial na perspectiva inclusiva, passando pelos aspectos sociais, políticos e legais.
Tem como pergunta central da investigação a seguinte: como tem se dado a formação
de professores na perspectiva da educação inclusiva sob o olhar das próprias
professoras? Os objetivos específicos foram: 1. Investigar a inserção dos temas
relativos à educação especial e educação inclusiva nos projetos pedagógicos dos
cursos de Pedagogia; 2. Inventariar as demandas do desenvolvimento profissional
docente no campo da educação inclusiva na perspectiva dos próprios educadores/as;
3. Desenvolver um objeto de aprendizagem que apoie os professores no ensino
inclusivo, tendo fundamentados os princípios da educação inclusiva e do desenho
universal para aprendizagem. A base teórica desta pesquisa pautou-se pelos
seguintes conceitos: educação inclusiva, educação especial, desenvolvimento
profissional docente e desenho universal para aprendizagem. Esta foi uma pesquisa
narrativa que utilizou-se de cartas pedagógicas e roda de conversa com um grupo de
professoras da rede pública de ensino, oportunizando que apresentassem suas
experiências em processos formativos sobre a inclusão escolar. Os resultados
apontaram para a percepção da necessidade de formações constantes, houve o
entendimento de que a reflexão sobre a própria prática, aliada à experiência
profissional, é fundamental para o desenvolvimento profissional docente. O produto
educacional, resultado desta pesquisa, consiste em uma sequência didática. Ela
apresenta questões fundantes e necessárias para a atuação do docente que respeita
a heterogeneidade presente em salas de aula regulares. |
Palavras-Chave |
formação de professores; desenvolvimento profissional docente;
educação inclusiva; cartas pedagógicas; desenho universal para aprendizagem. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Luana Grigoleti Rocha |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Ana Silvia Moço Aparício |
Título |
O USO DO INSTAGRAM COMO RECURSO PEDAGÓGICO EM SITUAÇÕES DE
ENSINO E DE APRENDIZAGEM |
Resumo |
Os avanços referentes à utilização das tecnologias digitais têm proporcionado
experimentações e novas formas de comunicação, considerando os sujeitos
aprendizes como nativos digitais, estes que dominam redes sociais (como o
Instagram) e se dedicam à elaboração e visualização de publicações de textos e
vídeos curtos, práticas que despertam o interesse dos alunos. Nesse contexto,
considerando o uso do Instagram por esta pesquisadora, professora do ensino técnico
de Administração, com o objetivo de proporcionar aos alunos engajamento e interação
com o conteúdo, frente às dificuldades no período de isolamento social durante a
pandemia da COVID-19, verificaram-se possibilidades de ensino e de aprendizagem
na utilização dessa ferramenta. Tendo em vista compreender melhor essas
possibilidades, o objetivo geral da pesquisa é identificar e analisar estratégias de uso
do Instagram como recurso pedagógico do professor em situações de ensino e de
aprendizagem. O estudo, de natureza qualitativa, utilizou o método exploratório,
apresentando, inicialmente, uma revisão sistemática de literatura, consultando as
principais bases de dados de teses, dissertações e artigos, a respeito da temática do
trabalho. Além disso, foram considerados para a análise os dados gerados no perfil
do Instagram da professora-pesquisadora, buscando identificar os conteúdos e suas
características de publicação, bem como analisar estratégias utilizadas na utilização
do Instagram como ferramenta de ensino e de aprendizagem. Os resultados
evidenciam que o Instagram permite interações e possibilidades de utilização no
processo de ensino-aprendizagem, sobretudo em ferramentas como stories,
permitindo problematizar questões; ou como a ferramenta reels, com possibilidade de
microvídeos com a utilização nano e microlearning; e também lives, aprofundando o
relacionamento e proporcionando reflexões para os alunos. Como produto
educacional, foi desenvolvido um curso on-line com a apresentação e orientação aos
professores para utilização das principais ferramentas do Instagram como recurso
pedagógico em sua prática docente junto aos alunos. |
Palavras-Chave |
Instagram. Formação de professores. Redes sociais. Ensino e
aprendizagem. Tecnologias e educação. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Luce Elena Diogo da Silva |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Sanny S. da Rosa |
Título |
A CONSTRUÇÃO COLABORATIVA DE UM CURRÍCULO
ANTIRRACISTA E DECOLONIAL EM UMA ESCOLA PARTICULAR
SITUADA NA CIDADE DE SÃO PAULO |
Resumo |
Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar como uma escola particular, que
atende a uma parcela da elite econômica da cidade de São Paulo e declarou
compromisso com o planejamento e execução de ações antirracistas, traduz a Lei
10.639/03 no seu currículo. Ao estabelecer a obrigatoriedade do ensino de História e
Cultura Afro-brasileira e Africana em todos os componentes curriculares e níveis de
escolarização, a Lei 10.639/03 desafiou a Constituição Federal de 1988 e a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) a promover a reeducação das
relações étnico-raciais, pautada na valorização das diferenças, na justiça social e na
igualdade racial. Por meio de uma abordagem teórica e metodológica que se
enquadra no campo das pesquisas colaborativas, esta investigação é resultado de um
trabalho coletivo de (re)construção de um currículo antirracista na perspectiva
decolonial, realizado com a equipe gestora de uma escola particular de elite situada
em um bairro nobre de São Paulo. Nesse sentido, a pesquisa se configurou como um
trabalho coletivo, que se propôs a cumprir os seguintes objetivos específicos, por meio
de sessões reflexivas: a) conhecer as ações desenvolvidas pela equipe gestora,
desencadeadas pelo movimento das famílias para a implementação lei 10.639/03 no
currículo escolar; b) analisar, com os gestores escolares, a proposta curricular da
escola, com base nas políticas de combate ao racismo; c) desenvolver, com a equipe
escolar, uma revisão crítica da proposta curricular antirracista, da Educação Infantil
ao Ensino Médio. O trabalho resultou na produção de três documentos norteadores
para a construção de um currículo antirracista: Diretrizes para uma educação
antirracista (item revisão curricular); Indicadores de avaliação (coleta de dados da
percepção dos educadores sobre a pauta antirracista); apresentação dos dados e
proposta de ações a curto, médio e longo prazo. Como produto final do presente
estudo, propôs-se a elaboração de um "Caderno de Escrevivências" sobre a
experiência de construção de um currículo antirracista com vistas a fomentar reflexões
e práticas transformadoras e decoloniais em outras comunidades educativas
dispostas a reverter a lógica excludente criada pela modernidade/colonialidade. |
Palavras-Chave |
Lei 10.639/03; educação antirracista; currículo decolonial; políticas
curriculares; gestores escolares. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Luciana Vieira da Silva |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia |
Título |
A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E COORDENADORES
PEDAGÓGICOS: CONHECIMENTOS, ATUAÇÃO E NECESSIDADES
FORMATIVAS |
Resumo |
A avaliação educacional recebe pouca atenção nos cursos de formação de
professores no Brasil, contexto em que também se formam os coordenadores
pedagógicos. Partindo dessa premissa, o objetivo geral da presente pesquisa foi
compreender os conhecimentos, a atuação e as necessidades formativas de
coordenadoras pedagógicas experientes do ensino fundamental, anos iniciais, em
relação à avaliação. Para tal, utilizou-se a abordagem qualitativa de pesquisa, com
base em entrevistas com um grupo de participantes. Os resultados mostraram que as
coordenadoras pedagógicas, em geral, conheciam pouco sobre a avaliação da
aprendizagem e as externas em larga escala. Seus saberes eram mais intuitivos e
associados ao senso comum do que atrelados às teorias e práticas sobre o tema. A
atuação das participantes secundarizava as avaliações, seja no planejamento, seja
nas formações ou em reuniões e encontros. Em geral, pouco tempo era dedicado ao
estudo sobre o tema e para a formação de professores. As profissionais apresentaram
várias necessidades formativas e estavam desejosas de realizá-las, uma situação
favorável à realização de formação continuada. Destaca-se, portanto, que a avaliação
ainda não está presente de forma sistemática no trabalho dessas participantes, ou
seja, o tema não é considerado prioridade no cotidiano escolar. O quadro descrito,
muito possivelmente, traz desdobramentos e consequências para a aprendizagem dos
alunos: as orientações dadas pelas coordenadoras às professoras, sobre práticas
avaliativas, instrumentos, critérios, entre outros, podem não ser significativas para a
melhoria da aprendizagem; os processos avaliativos podem ocorrer de forma
aligeirada e sem a devida reflexão, entre outras questões. Os dados serão utilizados
para a elaboração de uma formação continuada, produto desta investigação, e podem
ser alvo de debates nas secretarias de educação das cidades do Grande ABC e
outras. |
Palavras-Chave |
avaliação; coordenador pedagógico; ensino fundamental. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
MARIA CECILIA JARDIM |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Nonato Assis de Miranda |
Título |
FORMAÇÃO DE PROFESSORAS COORDENADORAS DA
SEDUC/SP: ANÁLISE DE UM AGRUPAMENTO |
Resumo |
Este estudo foi realizado com o intuito de analisar a formação de professoras
coordenadoras de um agrupamento escolar, através do Projeto de
Acompanhamento Pedagógico Formativo da Secretaria de Educação do Estado de
São Paulo. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujos dados foram
adquiridos por meio de análise documental da Resolução 46/2021 e dos Roteiros e
relatórios das sessões de Acompanhamento Pedagógico Formativo. O eixo de
análise considerou o alinhamento entre os roteiros e a resolução que instituiu o
projeto de APF, levando em conta o planejamento, organização e desempenho dos
estudantes. Os resultados mostraram que a implementação do Acompanhamento
Pedagógico Formativo foi realizada com êxito, no sentido de alinhar as escolas
selecionadas às diretrizes da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Apesar de aspectos positivos frente à organização da rotina pedagógica das
professoras coordenadoras, o projeto mostrou-se insuficiente para fortalecer a
autonomia das Unidades Escolares em relação às suas especificidades. Por esse
motivo, como produto final, foi apresentado um instrumento de autoavaliação com
foco na atribuição do Coordenador de Gestão Pedagógica, possibilitando que esse
profissional se autoajuste às especificidades das Unidades Escolares que coordena. |
Palavras-Chave |
políticas públicas educacionais; formação continuada;
acompanhamento pedagógico formativo; Secretaria da Educação do Estado de São
Paulo; professor coordenador. |
Ano |
2023 |
Material |
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|
Autor(a) |
Maria de Fátima de Souza |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Carlos Alexandre Felício Brito. |
Título |
EXPERIMENTANDO VOLEITEC NAS AULAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA: REVELANDO AS ATITUDES E SUAS REPRESENTAÇÕES |
Resumo |
A Educação Física Escolar utiliza-se de atividades valorizadas culturalmente num
dado grupo para proporcionar uma base motora que permita aos alunos, a partir das
práticas corporais, compreender, usufruir, criticar e transformar a sua realidade
concreta. Com efeito, espera-se construir competências e habilidades nas aulas de
educação física integrando valores e atitudes de cooperação a partir de estratégias
pedagógicas que possam fazer sentido a eles. Uma possibilidade é explorar
didaticamente, a partir da construção de eventos esportivos, essa construção. Assim,
o objetivo geral deste trabalho é desenvolver, nas aulas de Educação Física Escolar,
na modalidade de Ensino Médio, com Habilitação Profissional de Técnico (Mtec), a
noção de conteúdos atitudinais, após experimentarem um evento esportivo,
denominado Voleitec. A pesquisa ora apresentada classifica-se como qualitativa de
natureza descritiva e interpretativa com características do Design Experiment
Research (DER) como proposto por Cobb et al. (2003). Para a compreensão dos
procedimentos de pesquisa existem três fases a serem elucidadas como: fase
Prospectiva (prepara a DE), fase Reflexiva (conduz a DE) e fase Retrospectiva
(analisa o que ocorreu na DE). O estudo foi desenvolvido no município de Santa
Bárbara D ́Oeste. Os sujeitos foram selecionados intencionalmente (n=168),
considerando, como critério de inclusão, somente a série inicial dessa modalidade de
ensino, para que pudessem replicar essa vivência em outros contextos da cultura
corporal de movimento, nos anos seguintes à sua formação. Como instrumento de
pesquisa foi utilizado questionário para coleta dos dados a partir da Técnica de
Evocação Livre de Palavras (TALP). A análise dos resultados foi baseada na análise
de matrizes tendo como suporte o software IRaMuTeQ (Interface de R pour les
Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires). Após inserção dos
dados brutos foi possível viabilizar a contagem de frequência, cálculo de Qui-quadrado
(κ2), análise de similitude e análise prototípica. Na análise prototípica, o software criou
um diagrama de quatro casas para representar a centralidade, bem como as suas
periferias. A saliência observada, a partir dos achados, revelou a centralidade do
esporte escolar como definidora dos sentidos percebidos pelos alunos após
vivenciarem o evento esportivo, a qual nomeamos como os princípios básicos da
Prática Pedagógica do Esporte Escolar (Hipótese da condicionalidade) quando a
intenção for explorar os conhecimentos atitudinais, quais sejam: o Princípio da
Organização; o Princípio da Responsabilidade; o Princípio da União, assim como o
Princípio do Respeito. Com efeito, eles guiarão as atitudes dos alunos, portanto,
sendo o laço organizador dos significados desprendidos dos participantes, quer sejam
de forma direta (jogadores e organizadores), que sejam de forma indireta
(espectadores do evento). À guisa de produto, pretende-se apresentar um material
técnico-tecnológico na forma de um Guia Didático. A intenção é apresentar as
diretrizes de como se deve organizar um evento esportivo escolar que possa
desenvolver conteúdos atitudinais, com foco na cooperação. |
Palavras-Chave |
Representações Sociais, Formação de Professores, Sequência
Didática, Educação Física, Conteúdo Atitudinal. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Michele Matos de Souza |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Marta Regina Paulo da Silva |
Título |
A PRODUÇÃO DAS CULTURAS INFANTIS EM CONTEXTOS
BRINCANTES NO RETORNO PRESENCIAL À CRECHE |
Resumo |
A presente pesquisa debruçou-se sobre a seguinte questão: como crianças
de 3 a 4 anos produzem suas culturas, sob em contextos brincantes, no
retorno presencial à creche? O estudo teve como objetivo compreender as
produções culturais infantis em situações de brincadeiras no retorno
presencial à creche no município de Santo André, estado de São Paulo.
Como referencial teórico foram adotados os estudos da Sociologia da
Infância e da Pedagogia da Infância. Trata-se de uma pesquisa de inspiração
etnográfica, tendo como sujeitos do estudo crianças entre 3 e 4 anos de uma
creche municipal. Os instrumentos para a produção de dados foram: a
observação participante, registros escritos em diário de campo, gravações
audiovisuais, fotografias, entrevistas com a professora e com a agente de
desenvolvimento infantil da turma, bem como a leitura e interpretação do
Projeto Político Pedagógico da instituição pesquisada e da proposta curricular
municipal, permitindo, assim, o cruzamento de informações. Para a análise
dos dados, inspirou-se no método de Análise de Conteúdo, proposto por
Laurence Bardin. Os resultados da pesquisa revelam que, apesar de imersas
no contexto pandêmico, a temática da Covid-19 não se constituiu como uma
preocupação das crianças durante suas brincadeiras no retorno presencial à
creche, sendo as relações familiares e os elementos das mídias/literatura
infantil os temas que emergiram com mais frequência. Contudo, isso não
significou que as crianças estivessem alheias aos acontecimentos e que
estes não tenham impactado suas vidas, haja vista que, no retorno
presencial, em 2021, segundo as educadoras entrevistadas, as crianças
tiveram que reaprender a conviver com a diversidade e a brincar. A análise
dos dados reitera a potência das crianças em se apropriarem e inserirem
novos elementos nas informações advindas da cultura, por meio de um
processo coletivo de reelaboração com seus pares. As relações entre elas
foram marcadas por demonstrações de afeto e gentilezas, mas também por
negociações e conflitos que logo se resolviam, dando lugar às brincadeiras.
A partir dos resultados da pesquisa, pretende-se elaborar um produto
educacional, por meio de um E-book, com narrativas que proporcionem
visibilidade às produções culturais infantis em situações de brincadeira. |
Palavras-Chave |
culturas infantis; brincadeira; creche; pandemia; práticas
pedagógicas. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Neliane de Fátima Ferreira |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa Renders |
Título |
O PAPEL FORMADOR DO PROFESSOR ITINERANTE NO
CONTEXTO DA ESCOLA INCLUSIVA |
Resumo |
O presente trabalho tematiza os desafios e avanços enfrentados pelos professores
itinerantes para a promoção da educação inclusiva. Buscou-se, por meio deste
estudo, responder à seguinte pergunta investigativa: Quais os desafios e avanços que
os professores itinerantes enfrentam ao promover formação docente para a educação
inclusiva? Assim, o objetivo geral foi investigar, em interface com o desenho universal
para a aprendizagem (DUA), qual a contribuição da formação oferecida pelos
professores itinerantes ao desenvolvimento profissional docente na perspectiva da
educação inclusiva. Quanto aos objetivos específicos, delimitaram-se: 1. Caracterizar
como tem se dado o serviço de itinerância na rede de ensino pesquisada; 2. Promover
a reflexão, com os/as professores/as itinerantes e os professores/as regentes, sobre
como a prática de ensino tem contribuído para a inclusão escolar; 3. Construir, com
os/as professores/as, um produto educacional baseado no DUA, que apoie a prática
de ensino inclusiva. Metodologicamente, a pesquisa classifica-se como qualitativa e
aplicada, valendo-se da pesquisa narrativa com vistas a destacar os relatos dos
docentes acerca de sua experiência educativa. Após um questionário de sondagem,
foram escolhidos, como participantes, seis professores itinerantes que atuam em
escolas públicas do município pesquisado. Em uma roda de conversa, na qual foi
possível refletir sobre as suas experiências educativas, os educadores redigiram uma
carta pedagógica, direcionada a uma professora iniciante, discorrendo sobre seu
trabalho e a relevância dele para a construção da escola na perspectiva inclusiva.
Como fundamentação teórica, partiu-se dos princípios da educação inclusiva,
desenho universal para aprendizagem e reflexões acerca da profissionalidade dos
professores itinerantes, a partir de publicações de autores renomados como Maria
Teresa Eglér Mantoan, Elizabete Cristina Costa Renders e Sandra Maria Gomes
Scaravelli. Os resultados apontaram para a necessidade de investimentos em
políticas públicas no sentido da valorização dos professores itinerantes e da
qualificação dos serviços prestados no processo de inclusão escolar. Apesar dos
avanços significativos na profissionalidade e na atuação docente, ainda há desafios
importantes nesse campo, tais como :a necessidade de estabelecer critérios mais
claros quanto à contratação de profissionais para atendimento mais qualificado e ao
desafio burocrático da atuação docente. Por fim, desenvolveu-se, como produto
educacional, um material instrucional para professores itinerantes que atuam na
educação especial na perspectiva inclusiva, intitulado ”Estratégias para práticas
inclusivas na docência itinerante”. |
Palavras-Chave |
inclusão escolar; formação docente; atendimento educacional
especializado; professor Itinerante; desenho universal para aprendizagem. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Paula Gabriele Brasil de Lucca |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Ana Sílvia Moço Aparício |
Título |
A LEITURA DE TEXTOS MULTIMODAIS E MULTISSEMIÓTICOS NOS
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: CONTRIBUIÇÕES DA
PEDAGOGIA DOS MULTILETRAMENTOS |
Resumo |
Desde 2020 vivemos um momento de muita reflexão sobre o processo de ensino e
aprendizagem devido à pandemia do Covid-19. Com as escolas fechadas por mais de
um ano, os professores tiveram de buscar novas alternativas, recursos e estratégias
para planejarem suas aulas e se aproximarem da aprendizagem dos seus alunos. Um
dos desafios encontrados, no processo de ensino e aprendizagem das crianças dos
anos iniciais do ensino fundamental, foi a utilização de recursos digitais distanciando-
se do uso dos livros didáticos e alternando conteúdos abordados não somente com
textos escritos impressos, mas também com textos multissemióticos e multimidiáticos,
veiculados por outros recursos, como áudios, fotos, vídeos, disponibilizados nas redes
sociais e outros ambientes da Web. Refletindo sobre esse novo contexto e
considerando que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), desde sua publicação
em 2017, já defendia a perspectiva dos multiletramentos com o uso de múltiplas
linguagens no processo de ensino e aprendizagem, reconhecemos a importância de
(re)discutir as práticas de leitura na escola, uma vez que a leitura está presente em
todo o processo de construção de novos saberes e, além disso, é um conteúdo de
ensino que desencadeia a aprendizagem dos demais conteúdos, nas diferentes áreas
de conhecimento, seja matemática, história, geografia, arte, etc. Tendo isso em vista,
nesta pesquisa buscamos identificar contribuições da pedagogia dos multiletramentos
para o ensino e aprendizagem da leitura de textos multimodais e multissemióticos nos
anos iniciais do ensino fundamental. A fundamentação teórica da pesquisa está
pautada em estudos, desenvolvidos principalmente por Roxane Rojo e seus
colaboradores, sobre a leitura e os multiletramentos; como também nas contribuições
dos pesquisadores do Grupo de Didática das Línguas de Genebra, principalmente
Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly, sobre o dispositivo sequência didática de gênero
textual. Trata-se de uma pesquisa colaborativa intervencionista, em que construímos
uma parceria com uma colega professora e, colaborativamente, desenvolvemos uma
sequência didática em sala de aula com o gênero “meme”, em uma turma de 4o. ano
de uma escola pública municipal da região do Grande ABC paulista. Os resultados da
pesquisa mostraram que o trabalho colaborativo realizado por meio da sequência
didática, tendo por referência a perspectiva da pedagogia dos multiletramentos, com
foco na leitura e produção de um texto multimodal (meme), proporcionou aos alunos,
e também às professoras (esta pesquisadora e a professora colaboradora), uma
aprendizagem envolvendo diferentes linguagens. O trabalho com o gênero meme
envolveu as crianças, despertou a criatividade, a motivação e o interesse delas, em
um contexto de ensino e aprendizagem que consideramos inovador. Após este
trabalho, entendemos que não é mais possível, na escola, lidar somente com a
linguagem escrita. Como produto final da pesquisa elaboramos um protótipo de ensino
tendo por referência a sequência didática desenvolvida com o gênero meme. Com
esse protótipo pretendemos contribuir com o trabalho do professor no ensino da leitura
de gêneros multimodais e multissemióticos na perspectiva dos multiletramentos. |
Palavras-Chave |
leitura; anos iniciais; pedagogia dos multiletramentos; gêneros
multimodais e multissemióticos; trabalho colaborativo. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Paulo Roberto Rego dos Santos |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia |
Título |
AVALIAÇÃO DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR: EM DESTAQUE AS
CRECHES DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE
SÃO PAULO |
Resumo |
O Município de São Paulo, devido sua extensa área territorial e população, enfrentou
a questão da falta de vagas para as crianças nas creches. O aumento da demanda
por matrículas na primeira infância, e a legislação que abrange a educação infantil,
levaram a Secretaria Municipal de Educação (SME) a tomar a decisão de estabelecer
convênios com ONGs e criar parceiras para a instalação e manutenção de creches,
ao invés de investir na criação desses espaços, de forma que hoje no município de
São Paulo existem creches diretas, indiretas e conveniadas. Este estudo teve como
objetivo avaliar a infraestrutura física das creches da Secretaria Municipal de
Educação de São Paulo a partir de critérios próprios elaborados. Para tal, utilizou-se
a abordagem qualitativa exploratória a partir da análise de quadros de tabelas,
incluindo algumas técnicas estatísticas. Os resultados revelaram que a maior
quantidade de convênios com ONGs, parcerias realizadas pela secretaria de
educação, 88% das creches do município, abrangendo 82% dos bebês matriculados,
está localizada na iniciativa privada. Nesse contexto, a rede direta possuía uma maior
proporção de creches que foram classificadas nas categorias adequada e avançada,
enquanto a rede conveniada esteve mais centralizada nas categorias adequada e
básica. Isso pode ser justificado, uma vez que a infraestrutura da rede direta foi
projetada mas não é aceitável, pois as crianças são atendidas de maneiras diferentes,
configurando um processo de discriminação. Esse modelo de gerenciamento das
crianças, adotado pela SME com base na privatização, não garante a equidade nas
condições de atendimento entre as redes. Além disso, essa privatização da educação
municipal pode gerar maior competição entre as instituições que ofertam vagas para
a educação infantil, maior desigualdade no acesso, variação na qualidade de
atendimento às crianças, foco nos resultados financeiros. Esse modelo pode também
fragilizar o sistema público e reduzir seu controle. Esperamos que com este estudo a
avaliação da infraestrutura escolar ganhe maior corpo entre os temas nas pesquisas
brasileiras, possibilitando mais robustez e discussão dentro das universidades, tanto
na formação inicial como continuada. Para contribuir neste debate, elaboramos o
produto desta pesquisa, qual seja: “Orientações para a Montagem de Creches:
Infraestrutura Física das creches”. |
Palavras-Chave |
avaliação; gestão; creche; educação infantil; infraestrutura;
convênios; qualidade. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Priscila de Castro Garcia |
Orientador(a) |
Prof.ª Dra. Maria do Carmo Romeiro |
Título |
PROFISSIONALIZAÇÃO DO GESTOR ESCOLAR: UM ESTUDO SOBRE
CONTEÚDOS E PROCEDIMENTOS DA FORMAÇÃO
EMPREENDEDORA |
Resumo |
A gestão escolar é um tema latente na educação brasileira, sendo um objeto de estudo
para diversos autores. Atendo-se a essa questão, a gestão dos centros educacionais
torna-se ponto fulcral para discutir a qualidade da educação e pensar no reverso do
fracasso, orientando práticas para a solidificação de elementos produtores direta ou
indiretamente do sucesso escolar dos estudantes. Portanto, evidencia-se que o
profissional da gestão escolar necessitaria estar imbuído de características, para além
da formação de base (a pedagogia), que o auxiliarão na tomada de decisões
assertivas sobre o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes. Evidenciando
o problema dessa pesquisa: com quais conteúdos e procedimentos formar gestores
em empreendedorismo educacional? O objetivo geral do trabalho é buscar atributos
da gestão da unidade escolar empreendedora. O objetivo específico é evidenciar a
descrição das atividades, responsabilidades e necessidades do processo, segundo
uma perspectiva da gestão escolar empreendedora. Através disso, observar
características/competências que operacionalizam o perfil de gestor escolar
empreendedor. Desse modo, demonstrar lacunas pessoais e profissionais do gestor
que suscitem a necessidade de formação diante das exigências do perfil de gestor
empreendedor. Então, evidenciar lacunas profissionais que suscitem a necessidade
de formação do gestor diante das exigências da gestão escolar empreendedora. A
escolha do tema perpassa por vivências da autora em escolas públicas e particulares,
fruto de atividades profissionais desenvolvidas nos últimos 20 anos. Os procedimentos
metodológicos desse estudo foram pautados na perspectiva qualitativa levando em
consideração a natureza do problema de pesquisa, bem como o seu desdobramento
operacionalizado por meio dos objetivos específicos. Conclui-se que o produto dessa
pesquisa visa elaborar, um programa de formação de gestor educacional
empreendedor, contemplando conteúdo programático, carga horária, estratégias e
técnicas para formação e instrumentos de avaliação do processo formativo, segundo
uma perspectiva da gestão escolar empreendedora. |
Palavras-Chave |
formação empreendedora; gestão escolar; profissionalização do
gestor; empreendedorismo educacional; avaliação. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Regina Izabel D’ Andrea Coutinho |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Elizabete Cristina Costa Renders |
Título |
O DESAFIO DO ENSINO COLABORATIVO NA ESCOLA INCLUSIVA |
Resumo |
Esta pesquisa coloca em questão os desafios da inclusão escolar, especialmente,
considerando as demandas dos profissionais da educação envolvidos com a inclusão
nas salas regulares. Os profissionais especializados, que trabalham nas salas de
recursos multifuncionais, também enfrentam o desafio de ter seu trabalho
reconhecido, o que facilitaria a parceria com a família e com o professor regente. Os
professores regentes e os professores especialistas, enfrentam o desafio de qualificar
seu trabalho junto aos alunos elegíveis à educação especial, surgindo assim uma
nova perspectiva de trabalho colaborativo. De acordo com Miranda (2017), se
partimos do princípio da escola para todos, a sala de recursos multifuncionais é um
espaço de contribuição e fortalecimento para a inclusão escolar. Como descreve
Marquezine (2012), ao aluno será garantido o direito ao apoio especializado, a fim de
completar seu aprendizado em período diverso daquele em que frequenta na classe
regular. A partir destas novas demandas no processo de ensino aprendizagem
advindas do paradigma da educação inclusiva, emerge nossa pergunta de pesquisa:
quais as contribuições do ensino colaborativo para a inclusão escolar? O objetivo geral
desta investigação é o de identificar e problematizar como tem se dado o ensino
colaborativo entre professores especialistas e professores regentes no processo de
inclusão escolar. Desta forma, os objetivos específicos são: 1. Identificar se, e como
ocorre a parceria do professor especialista e o professor regente no processo de
inclusão dos alunos elegíveis à educação especial na escola; 2. Promover, juntamente
com os/as professores/as, a reflexão sobre quais fatores atrapalham e quais fatores
facilitam o ensino colaborativo na escola;3. Desenvolver, num processo colaborativo,
um produto educacional que difunda a proposta do ensino colaborativo na rede de
ensino. Esta foi uma pesquisa narrativa, cujo instrumento para a recolha do material
documentário foi a escrita de cartas pedagógicas. Com este instrumento em mãos,
em rodas de conversa, interpretaremos as mensagens explícitas e implícitas escritas
nas cartas dos professores. A questão disparadora que alavancou a escrita destas
cartas foi como estes profissionais analisam as efetivas contribuições da prática
colaborativa entre o professor da sala de recursos multifuncionais e os professores
das salas regulares, vivenciado um único espaço no compartilhamento de saberes.
Os participantes da pesquisa foram professores concursados da Rede Municipal de
Santo André, sendo quatro professoras generalistas e duas professoras especialistas.
Os resultados apontaram que ensino colaborativo em sua verdadeira concepção ainda
não ocorre na unidade escolar pesquisada. No entanto, foi possível constatar que
existem diversas ações colaborativas que permeiam o trabalho do professor da sala
regular e dos professores especialistas, como a troca de materiais e de informações
sobre o desenvolvimento dos estudantes. Contudo, é necessário proporcionar aos
profissionais tempo e espaço para estas interações. O produto decorrente deste
trabalho é um caderno de formação, o qual poderá apoiar a formação dos profissionais
da educação sobre o ensino colaborativo. |
Palavras-Chave |
inclusão escolar; formação docente; ação colaborativa; sala de
recursos multifuncionais; ensino colaborativo. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Renata Cristina dos Santos |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Sanny Silva da Rosa |
Título |
DESIGUALDADES EDUCACIONAIS NO RETORNO À ESCOLA: UM
ESTUDO SOBRE OS CONSELHOS DE CICLO NA REDE MUNICIPAL
DE SANTO ANDRÉ (SP) |
Resumo |
O fechamento das escolas, em 2020 e 2021, em decorrência da pandemia de covid-
19, desorganizou os sistemas de ensino, incidiu sobre o planejamento curricular e
sobre o aproveitamento escolar dos estudantes, aprofundando as desigualdades
educacionais do país. As consequências desse período foram sentidas, de forma
mais concreta, no retorno às atividades presenciais no ano de 2022. Como objetivo
geral, esta pesquisa se propôs a examinar a percepção das equipes gestoras das
escolas da rede municipal de Santo André (SP) sobre a organização e o
funcionamento dos conselhos de ciclo no cenário pós-pandêmico. Trata-se de um
estudo exploratório, de abordagem mista, que combinou dados documentais, obtidos
em levantamento das normativas da Secretaria de Educação de Santo André entre
2020 e 2022, e dados empíricos, coletados por meio de um questionário estruturado
aplicado a diretores, vice-diretores, assistentes pedagógicos e professores
assessores de educação inclusiva, que integram as equipes gestoras das Escolas
Municipais de Educação Infantil e de Ensino Fundamental (EMEIEF) dessa rede de
ensino. O estudo fundamentou-se em contribuições teóricas de autores que
analisam a finalidade, a organização e o funcionamento dos conselhos de
classe/ciclo na perspectiva da gestão democrática do ensino público. Os resultados
obtidos apontam a existência de tensões e contradições entre as iniciativas da
Secretaria de Educação e o posicionamento dos gestores, no que diz respeito às
avaliações diagnósticas realizadas durante a pandemia e ao retorno às atividades
presenciais, que incidiram sobre as decisões e os encaminhamentos dos conselhos
de ciclo. Os dados da pesquisa também permitem inferir que parcela significativa
das equipes escolares compreende a importância desse espaço colegiado para
repensar a finalidade das avaliações e a reorganização das estratégias pedagógicas,
a fim de reduzir as desigualdades educacionais no contexto pós-pandêmico. Como
produto desta pesquisa, propõe-se a elaboração de um conjunto de diretrizes que
auxilie as escolas da rede a fortalecer esse órgão colegiado como espaço de
reflexão e tomadas de decisão, com vistas a garantir o direito de aprendizagem de
todos, tendo, como horizonte, uma sociedade mais justa e democrática. |
Palavras-Chave |
conselhos de classe/ciclo; gestão democrática; desigualdades
educacionais; pós-pandemia; rede municipal de Santo André. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Roberta José da Silva |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Ivo Ribeiro de Sá |
Título |
A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES NOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E A LUDICIDADE NA REDE
MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ |
Resumo |
A presença de práticas lúdicas nos processos de ensino e aprendizagem têm se
apresentado como importante recurso para estimular o interesse e participação dos
estudantes. Atividades lúdicas dão oportunidade para que as crianças se
expressem e se desenvolvam integralmente, é uma importante ferramenta no
processo de aprendizagem, podendo torná-la prazerosa e significativa. Para que o
docente a contemple em sua prática pedagógica, é necessário ampliar seus
conhecimentos acerca das contribuições e possibilidades das atividades lúdicas.
Esta dissertação tem como problema de pesquisa investigar quais as relações que
os professores do primeiro ano do Ensino Fundamental estabelecem entre a
ludicidade e o processo de alfabetização. O seu objetivo é identificar e
compreender as relações que o professor estabelece entre sua ação pedagógica e
a ludicidade no processo de alfabetização das crianças do primeiro ano do Ensino
Fundamental. Desse modo, pretende-se identificar sua concepção sobre
alfabetização e sobre ludicidade, além de como pensam sua prática. Para tal
primeiramente buscamos conhecer a trajetória política para alfabetização à partir
da Constituição brasileira de 1988, o que inclui o estudo dos Planos Nacional e
Municipal, BNCC e o Documento Curricular Municipal da cidade de Santo André.
Também nos debruçamos sobre as concepções, métodos e estratégias
relacionadas à alfabetização, incluindo a ludicidade neste percurso da pesquisa. A
metodologia baseia-se em uma abordagem qualitativa exploratória e, com base em
entrevistas com professores do primeiro ano do Ensino Fundamental,
categorizados e analisados na perspectiva da análise automatizada de conteúdo,
utilizando-se o software Iramuteq. O referencial teórico dialoga com os estudos e
pesquisas na área da ludicidade, da alfabetização, do letramento, dos
multiletramentos e da formação docente. A análise dos dados revelou que os
entrevistados validam a importância da ludicidade e o quanto as crianças se
aproximam e se interessam pelo conteúdo compartilhado na perspectiva lúdica,
porém os educadores têm dificuldade em inseri-la em sua rotina pedagógica.
Nesse sentido, diferentes justificativas foram apresentadas, a fragilidade na
formação inicial, o pouco investimento em cursos de formação continuada, os
equívocos na compreensão da ludicidade e as possibilidades de inseri-la no
processo de alfabetização. Diante disso, com vistas a atenuar as dificuldades
conceituais e ampliar o olhar dos docentes para a ludicidade nos fazeres
pedagógicos, foram propostas, como produto educacional, diretrizes para a
elaboração de uma formação destinada a educadores que atuam no primeiro ano
do Ensino Fundamental, buscando qualificar os processos educacionais e a
formação continuada dos professores alfabetizadores. |
Palavras-Chave |
alfabetização e letramento; multiletramentos; prática pedagógica;
ludicidade; formação docente. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Rodrigo Gomes Abreu |
Orientador(a) |
Prof.a Dr.a Sanny Rosa da Silva |
Título |
O POSICIONAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENSINO FRENTE
ÀS PAUTAS CONSERVADORAS NA EDUCAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES DE
UM ESTUDO NA REGIÃO DO GRANDE ABC PAULISTA |
Resumo |
O presente estudo disserta e visa fazer uma análise exploratória sobre o
posicionamento dos profissionais da educação na região do ABC Paulista e os
impactos das pautas conservadoras na educação, expressas por políticos e grupos
conservadores. O problema da pesquisa refere-se em como esses profissionais dessa
região percebem essa ascensão dessas pautas e de como eles se posicionam diante
delas. Como objetivo geral, a pesquisa foi a análise de que modo as pautas
conservadoras de educação se refletem no posicionamento e na compreensão dos
profissionais de ensino que atuam nas redes municipais da Região do ABC Paulista,
além de uma revisão narrativa de literatura no período entre 2015 a 2022. Os
procedimentos metodológicos possibilitaram a realização de uma pesquisa no portal
de periódico da CAPES, colocando como parâmetro o período acima supracitado, a
utilização das seguintes palavras-chave: “políticas e gestão”; “educação e
neoconservadorismo”; “educação e neoliberalismo”; “políticas públicas”;
“neoliberalismo”. Além disso, foi feito um questionário do tipo Likert com dez questões
sobre homeschooling, militarização, vigilância dos pais sobre o professores e
liberdade docente. Para subsidiar a interpretação dos resultados, foi utilizado um
escopo teórico de estudiosos brasileiros e estrangeiros acerca das pautas
neoconservadoras e neoliberais na educação brasileira. Logo, os resultados
mensurados foram que uma maioria dos profissionais da área conhece essas pautas
e, de forma geral, possui discordância sobre algumas delas, visto que podem incorrer
em um ambiente mais vigiado e restrito à liberdade docente. Nas considerações finais
dispõem-se de que os docentes reconhecem que essas pautas neoconservadoras
que adentram ao ambiente de ensino e também, de certa maneira, alteram o clima
escolar, interferem em sua liberdade docente, na produção de conhecimentos e
possibilidades da sua práxis, com possíveis criações de legislações que afastam o
aluno do ambiente institucionalizado da escola. Como produto desta pesquisa propõe-
se um acervo bibliográfico com os materiais escritos e vídeos acerca da temática,
disponibilizado em um site próprio, de livre acesso a estudantes e pesquisadores. |
Palavras-Chave |
política e gestão; educação e neoconservadorismo; educação e
neoliberalismo; políticas públicas; escola sem partido. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
SHEILA SIMÕES BONFIM |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Maria de Fátima Ramos de Andrade |
Título |
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS E A NOÇÃO DE FUNÇÃO NOS ANOS
FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: A CONSTRUÇÃO DE UMA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA |
Resumo |
A educação, ao longo das últimas décadas, passa por profundas mudanças tendo em
vista as novas demandas curriculares, o uso de novas tecnologias, o perfil dos
profissionais, dentre outros aspectos. Por isso, a matemática não pode estar alheia
ao contexto social e cultural dos estudantes. As avaliações de larga escala têm
apontado, entre muitos aspectos, dificuldades na realização de atividades que
envolvam o pensamento algébrico. O presente estudo teve como objetivo geral
investigar quais as contribuições da Teoria das Situações Didáticas de Guy Brousseau
para o ensino da Álgebra. Estabelecemos como objetivos específicos: (1) Conhecer e
descrever concepções que os estudantes têm a respeito do pensamento algébrico;
(2) Identificar e analisar estratégias para o ensino de expressões algébricas e a noção
de função que propiciem o desenvolvimento do pensamento algébrico; (3) Elaborar e
aplicar uma sequência didática que contribua com o trabalho pedagógico dos
professores, com foco nos processos de ensino e de aprendizagem das expressões
algébricas e da noção de função. Para a realização do estudo, optou-se pela
abordagem da pesquisa qualitativa do tipo aplicada de cunho intervencionista.
Inicialmente, foi realizado um levantamento de pesquisas na Biblioteca Digital de
Teses e Dissertações, do Instituto Brasileiro em Ciência e Tecnologia. Na sequência
buscou-se compreender como a álgebra é tratada nos documentos oficiais, como os
Parâmetros Curriculares Nacionais, a Base Nacional Comum Curricular e o Currículo
da Cidade de São Paulo. Por último, desenvolvemos e aplicamos uma sequência
didática pautada na Teoria das Situações didáticas de G. Brousseau, com a
concepção de sequência didática de Dolz e Schneuwly, para tratar de ensino e
aprendizagem de expressões algébricas e a noção de função. Os dados gerados
foram analisados tendo como referencial teórico os estudos que tratam do ensino da
Matemática feitos por Márcia Aguiar, Carmen Sessa, Kátia Gil, entre outros.
Constatamos, com a realização da pesquisa, que o trabalho com sequências
didáticas, pautadas na Teoria das Situações Didáticas, é uma prática pedagógica que
pode contribuir para o planejamento do professor e para a aprendizagem dos alunos.
Com os resultados, temos como proposta de produto a escrita de um material de
apoio, no formato de e-book, para apresentar os objetos de ensino expressões
algébricas e a noção de função nos anos finais do Ensino Fundamental. |
Palavras-Chave |
ensino da álgebra; formação docente; sequência didática; teoria das
situações didática; ensino fundamental. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Sônia Maria Marchiori De Oliveira |
Orientador(a) |
Prof.a Dr.a Sanny Silva da Rosa |
Título |
DESIGUALDADES EDUCACIONAIS E GESTÃO PEDAGÓGICA DA
ESCOLA NO CONTEXTO PÓS-PANDÊMICO: UM ESTUDO NA REDE
MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ |
Resumo |
As desigualdades da população brasileira foram expostas de forma inequívoca e se
aprofundaram durante a pandemia de Covid-19. O afastamento das crianças das
escolas, em decorrência do prolongado período de isolamento social, ampliou ainda
mais as desigualdades educacionais, sobretudo, nos sistemas públicos de ensino,
acarretando grandes e novos desafios aos profissionais de educação durante e após
o período pandêmico. Esta pesquisa teve o propósito de problematizar essas
questões na rede municipal do município de Santo André, localizado na região do ABC
Paulista na perspectiva dos atores que atuam na gestão pedagógica das escolas.
Como aportes teóricos, o estudo fundamentou-se em contribuições do campo das
políticas públicas e da gestão educacional, explorando, particularmente, os conceitos
de direito à educação, gestão democrática e as atribuições do coordenador
pedagógico. Metodologicamente, trata-se de um estudo exploratório, de abordagem
qualitativa, que articulou dados obtidos em fontes documentais e empíricas, com o
objetivo de analisar as estratégias propostas pela Secretaria de Educação do
município de Santo André e as ações efetivamente implementadas nas escolas com
vistas ao enfrentamento das desigualdades educacionais no contexto pós-pandêmico.
Para tanto, realizou-se uma roda de conversa com quatro assistentes pedagógicas
que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental em escolas localizadas em regiões
de grandes contrastes socioeconômicos. Os dados obtidos permitiram identificar a
existência de tensões e contradições entre as iniciativas e orientações dos órgãos
centrais do sistema de ensino e as condições objetivas dos atores escolares e das
famílias de atenderem as reais necessidades dos alunos no que diz respeito ao
acolhimento, ao direito de aprender e de ter acesso a uma educação de qualidade.
Ademais, os resultados indicam que os efeitos do período pandêmico tendem a
perdurar por muito tempo ainda, o que exigirá dos gestores pedagógicos uma grande
capacidade de administrar as demandas externas à escola e as prioridades
identificadas pelas equipes escolares no retorno às atividades presenciais. Como
produto desta pesquisa, e por demanda dos próprios atores participantes do estudo,
propõe-se a construção de um acervo documental, registrado em formato de podcast,
com depoimentos e análises sobre os efeitos e desafios do período pandêmico e pós-
pandêmico na educação brasileira e, particularmente, na rede municipal estudada. |
Palavras-Chave |
políticas públicas educacionais; desigualdades educacionais gestão
pedagógica; contexto pós-pandemia; Santo André/SP. |
Ano |
2023 |
Material |
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Autor(a) |
Vanessa Figueiredo Bonfante |
Orientador(a) |
Prof.a Dra. Marta Regina Paulo da Silva |
Título |
FORMAÇÃO DOCENTE: UMA TRAVESSIA POSSÍVEL E POTENTE
NA EFETIVAÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NA
CRECHE |
Resumo |
O presente estudo teve, como objetivo geral, identificar e analisar o que docentes e
gestoras consideram como pressupostos para um trabalho formativo que intente
efetivar práticas antirracistas desde a creche. Partindo de tal premissa, definiram-se,
como objetivos específicos: identificar a compreensão do grupo em relação à
educação para e nas relações étnico-raciais; identificar a compreensão sobre
educação antirracista; verificar quais ações antirracistas já acontecem na creche;
identificar quais fatores interferem na efetivação de práticas antirracistas ou a
favorecem; levantar os aspectos que as docentes e gestoras compreendem como
fundamentais para um trabalho formativo que tenha, como perspectiva, uma
educação antirracista; construir, a partir dos resultados do estudo, como produto
educacional, um documento com preceitos e sugestões para formação docente
visando à efetivação de práticas antirracistas na creche. A pesquisa classifica-se
como qualitativa, de cunho exploratório, cujos procedimentos metodológicos foram:
entrevista com docentes, gestoras e auxiliar de desenvolvimento infantil; e
observação dos espaços e materialidades em relação à organização,
representatividade e diversidade. Para a análise de dados, tomou-se, como base, a
análise de conteúdo. O referencial teórico pautou-se nas legislações e documentos
que regulamentam o trabalho na Educação Infantil e que orientam uma educação
antirracista, além de estudos sociais da infância e nas pedagogias decoloniais. Os
resultados revelam que apesar de vinte anos da lei 10.639/03, a compreensão sobre
as relações étnico-raciais e as práticas pedagógicas antirracistas, sobretudo com
bebês e crianças bem pequenas, ainda é superficial. Demonstram ainda a ausência
de uma formação contínua que possa contribuir para a construção de conhecimento
sobre a temática e, consequentemente, oportunizar ações antirracistas no cotidiano
das creches, a fim de que sejam discutidas e organizadas com propriedade e de
maneira mais sistemática. Diante disso, o produto educacional proposto é um Plano
Formativo, cuja premissa é contribuir para o processo de formação de docentes e
gestoras, com vistas a repertoriá-los com relação às possibilidades de trabalho com
essa temática nas creches. Ademais, pretende-se junto às políticas públicas,
reafirmar a urgência da efetivação de uma educação antirracista, pois não se pode
admitir que crianças negras continuem sendo negligenciadas, já que o tempo das
infâncias não espera; ele é o agora. |
Palavras-Chave |
creche; infâncias negras; racismo; formação docente; práticas
antirracistas. |
Ano |
2023 |
Material |
Visualizar Material |
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Autor(a) |
VERONICA LUZIA DA SILVA |
Orientador(a) |
Prof. Dr. Paulo Sérgio Garcia |
Título |
PANDEMIA E EDUCAÇÃO INFANTIL: EM TELA A ATUAÇÃO DE
FAMÍLIAS PARA O ATENDIMENTO DAS ORIENTAÇÕES DAS
CRECHES |
Resumo |
O contexto pandêmico iniciado no Brasil em 2020 trouxe inúmeras mudancas para as
organizações escolares, que tiveram de fechar seus espaços por algum tempo. Diante
desse cenário, difícil para os profissionais que trabalhavam nas instituições e para os
familiares, o objetivo desta pesquisa foi analisar a atuação das famílias de diferentes
níveis de vulnerabilidade socioeconômica, atuaram com as crianças no período de
pandemia para atender às orientações promovidas pelas creches municipais de Santo
André Para a sua consecução, utilizou-se uma abordagem qualitativa, com base na
teoria fundamentada, a fim de coletar e analisar os dados. O estudo contou com três
fases: na primeira, ocorreu a revisão da literarura especializada; na segunda,
analisaram-se alguns documentos, quais sejam, os projetos político-pedagógicos das
instituições e as fichas de caracterização, preenchidas pelas famílias que residiam em
regiões de maior ou menor vulnerabilidade socioeconômica do município; na terceira,
realizaram-se entrevistas com as famílias de diferentes classes sociais, que
vivenciaram a oferta de atendimento remoto. Os resultados mostraram que as quatro
famílias de maior vulnerabilidade indicaram dificuldades para o acompanhamento das
orientações das instituições. Nesse sentido, os motivos foram variados:
incompatibilidade de horários de trabalho; grande demanda de organização
doméstica; tempo de cuidados essenciais à criança; dificuldades pela rotina de estudo;
falta de equipamentos eletrônicos, como o celular e o computador; ausência de
espaços propícios para o desenvolvimento de algumas propostas; falta de materiais
domésticos (papéis de texturas diferentes ou coloridos, e até mesmo tintas). Desses
dados, depreende-se pouca ou nenhuma atuação das famílias mais vulneráveis em
relação às orientações das creches. No período em questão, essa situação explicitou
que as crianças mais pobres não tiveram seus direitos garantidos, ao contrário
daquelas de origem mais abastada. Assim, as diferenças estruturais das famílias
mostraram que os atendimentos às infâncias foram distintos e impactaram
diretamente o desenvolvimento das crianças, com possíveis influências futuras
desfavoráveis para elas e para a sociedade. Cabe ressaltar que as instituições, ao
padronizarem o atendimento, ainda que não intencionalmente, deixaram de
oportunizar a efetiva atuação das famílias de maior vulnerabilidade, fato contrário aos
direitos das crianças mais pobres e a seu desenvolvimento. Tal padronização revelou
como as unidades, por não prestarem atenção às diferenças sociais, transformaram-
nas em diferenças escolares. Em suma, a pesquisa A pesquisa desvelou que a
condição socioeconômica foi um dos fatores relevantes para garantir o direito à
educação, diante de evidências como: a dificuldade de acesso a espaços, materiais e
aparelhos necessários para o acompanhamento das orientações das creches; a
terceirização de cuidados essenciais das crianças a pessoas de fora da ambiente
familiar; a exposição ao vírus, entre outras necessidades de apoio psicológico ao qual
as famílias mais vulneráveis não tiveram acesso. Todos esses elementos
apresentados comporão um e-book, o produto deste trabalho, que ficará à disposição
daqueles que estudam o tema. Por fim, espera-se ter contribuído para o debate na
área. |
Palavras-Chave |
pandemia; educação infantil; creche; desigualdade social;
atendimento remoto. |
Ano |
2023 |
Material |
Visualizar Material |
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Autor(a) |
Viviane da Rocha Elias |
Orientador(a) |
Profa. Dra. Ana Sílvia Moço Aparício |
Título |
CONSTRUÇÃO COLABORATIVA DE SEQUÊNCIA DIDÁTICA: UMA
ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO DO PROFESSOR INICIANTE |
Resumo |
A pesquisa investigou as contribuições da parceria entre o professor coordenador e
os professores iniciantes, na construção de sequências didáticas, para o
desenvolvimento profissional do professor iniciante. A fundamentação teórica está
apoiada, principalmente, nos estudos de Lee Shulman sobre a aprendizagem da
docência e de Carlos Marcelo Garcia, sobre a indução docente e o professor iniciante;
como também nas contribuições dos pesquisadores do Grupo de Didática das Línguas
de Genebra, especialmente, Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly, sobre o dispositivo
sequência didática de gênero textual. Trata-se de pesquisa colaborativa
intervencionista, em que construímos uma parceria com um professor e uma
professora, dos anos iniciais, do ensino fundamental e, colaborativamente,
desenvolvemos sequências didáticas de gêneros textuais em sala de aula,
trabalhando com o gênero “biografia” na turma de 3.o ano, da professora, e com o
gênero “carta de reclamação”, na turma de 5.o ano, do professor, ambas as turmas de
uma escola pública municipal da região do Grande ABC paulista. A parceria com os
dois docentes foi constituída por meio de encontros formativos realizados em duas
etapas: na primeira, foram realizados encontros para conhecer o percurso de
formação dos docentes, suas experiências, expectativas e desafios no início da
docência, como também para leitura e discussão de textos sobre a concepção de
sequência didática adotada e o planejamento da situação inicial a ser realizada em
sala de aula; os encontros da segunda etapa ocorreram de forma mais personalizada
ao longo do desenvolvimento das duas sequências didáticas. O conjunto de dados
gerados é composto de videogravações sem áudio dos encontros com os professores;
de gravações dos áudios e imagens das aulas; de registros em diário de campo da
pesquisadora; e das produções escritas realizadas pelos alunos ao longo das
sequências didáticas. Os resultados da pesquisa indicam que a parceria do professor
coordenador com os professores iniciantes, na construção da sequência didática,
possibilitou a constituição de um espaço de reflexão na/da/sobre a prática, no contexto
escolar, contribuindo para a aprendizagem da docência do professor em início de
carreira. O trabalho colaborativo, por um lado, estimulou o pensamento crítico sobre
o próprio fazer pedagógico, bem como a autoria docente, por meio da reflexão e do
desenvolvimento da prática compartilhada, para a superação de desafios em sala de
aula, contribuindo, consequentemente, para o desenvolvimento profissional docente
dos participantes. Por outro lado, proporcionou a melhora das capacidades de
linguagem dos alunos, evidenciadas na produção final das sequências didáticas.
Como produto, elaborou-se um protótipo de ensino a partir das referências das
sequências didáticas realizadas, por meio do qual pretende-se contribuir para a
formação de professores, sobretudo, iniciantes. |
Palavras-Chave |
professor iniciante; sequência didática; aprendizagem da docência;
trabalho colaborativo; desenvolvimento profissional docente. |
Ano |
2023 |
Material |
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